O café é parte de nossa identidade brasileira. Seja para dar uma acordada, estudar, fazer reuniões, dar uma pausa no trabalho, ou até mesmo relaxar após as refeições, perceba: no Brasil, tomar um cafezinho tem sentido cultural, praticamente ritualístico.
Mas não é só no Brasil que a bebida é tão presente no cotidiano. Em todos os continentes a bebida é apreciada, e o curioso é que cada país ou cultura tem uma forma diferente de tomar. O café árabe, por exemplo, é servido com especiarias, como canela. Lá, acrescentar cardomomo ao café é considerado sinal de hospitalidade.
Nos Estados Unidos é comum tomar café expresso diluído com água quente; os norteamericanos preferem tomar maiores quantidades da bebida, porém com corpo mais suave. No entanto, é o país onde mais existem coffee shops, o que mostra que o povo está se rendendo a outras maneiras de curtir a bebida.
Na Europa, merecem destaque a Itália e os países escandinavos. Os italianos são os inventores do café expresso e do Latte Art (desenhos na espuma do leite). Lá, o café é tradicional e preza por qualidade e sofisticação. Mas é na Suécia, Finlândia, Dinamarca e atéAlemanha onde mais se toma café na Europa. Entre café comum, café gourmet e orgânico, em algumas regiões o café chega a ser mais consumido que a cerveja (!).
É curioso como os asiáticos transformam tradições típicas ocidentais. Por exemplo, o ritmo agitado do Japão fez com que lá fosse popularizado o café gelado, por ser mais fácil de ser mantido e comercializado em máquinas de refrigerante. Já a China, onde impera o consumo de chá, o café tem ganhado cada vez mais espaço. A diferença é que os chineses, pouco acostumados com a intensidade do café, preferem misturá-lo com caramelo ou caldas.
Quer tomar um café de maneira bem diferente? Na Grécia ele é preparado misturando café moído bem fino, água e açúcar, fervidos 3x numa cafeteira de cobre sem tampa. Na Etiópia, a água utilizada tem infusão de folhas de café, especiarias, mel e até leite. No Timor Leste os grãos são torrados na panela e moídos ali mesmo, na hora, antes de se adicionar água fervente. E aí, vale a pena fazer uma turnê do café pelo mundo?
Café coado e café expresso
O café mais tomado no Brasil é o coado ou filtrado. Nesse processo, o pó do café fica no filtro, onde se despeja água quente, quase fervente. Seu sabor é mais suave. Também tem mais cafeína, pois o pó fica em maior contato com a água. Em Portugal, chama-se “café de saco”.
O café expresso surgiu na Itália na década de 40. Nesse processo, o pó do café é submetido à água quente, não fervente, em alta pressão. O espresso possui espuma por causa do choque entre a água e o pó; para os especialistas, ele possui todos os sabores e substâncias que o café pode oferecer em seu melhor estado.
Dúvida: Espresso ou Expresso? A palavra “espresso” é italiana; originalmente ela não existe em português, apenas “expresso”. Há quem prefira escrever eSpresso porque vem de pressão, já que no Brasil damos a eXpresso o sentido de rapidez. Mas a verdade é que na língua portuguesa a palavra tem etimologia em fontes diferentes: eXprimir eeSpremer têm as mesmas raízes, e no entanto ambas têm a ver com pressão. O fato é que, com X ou com S, o café expresso tem sentido tanto de pressão quanto de rapidez, pois uma coisa está vinculada à outra. Na dúvida, escreva “café expresso”, porque expresso é um adjetivo, ou somente “espresso”, porque assim você se refere à bebida enquanto nome próprio.
O café espresso é uma paixão tão grande no mundo que existem empresas especializadas apenas em produzir cafeteiras. Uma delas é a JURA, marca suíça que a Spïcy traz para você em uma linha completíssima de máquinas superautomáticas de café expresso. Confira no link abaixo o design dos produtos e veja como a tecnologia pode favorecer sua paixão por café.
Link da marca: http://www.spicy.com.br/jura
Diferentes maneiras de tomar café
Para terminar essa viagem ao mundo do café e deixar você com água na boca, veja abaixo diversas maneiras de pedir um café nas coffee shops.
Puros
Espresso: café submetido à água quente em alta pressão (35mL a dose).
Ristretto ou curto: é o espresso feito com menos água, sendo mais concentrado (20mL).
Lungo ou longo: espresso que leva mais água, sendo mais fraco (60mL)
Duplo: 60 mL do puro espresso, para quem quer mais dessa apaixonante bebida.
Com leite
Latte: espresso servido com leite vaporizado, com um pouco de espuma do leite.
Lagrima: é o latte, porém com um pouco mais de leite.
Macchiato: espresso com somente a espuma do leite vaporizado.
Cortado ou médio: espresso com um pouquinho de leite, para cortar a acidez.
Mocha ou mocaccino: nada mais é do que o latte, com um pouco de chocolate.
Cappuccino: leva ⅓ de espresso, ⅓ de leite vaporizado, ⅓ de espuma. No Brasil também é comum colocar canela ou chocolate em pó.
Breve: nos EUA, é o espresso servido com half-half (metade leite, metade creme de leite).
Espresso Panna: comum na Itália, leva creme de leite batido. No Brasil usa-se chantilly.
Frappuccino: é o cappuccino batido com gelo e servido com chantilly, caramelo ou outras variações. Curiosidade: o nome é uma marca registrada da rede Starbucks.
Afogatto: bem servido no calor, pois é uma bola de sorvete com calda de espresso quente.
Café em diversas nacionalidades
Americano: semelhante ao café coado, nada mais é que o espresso diluído em água.
Brasileiro ou Carioca: o cafezinho brasileiro é o café coado, mais fraco e geralmente preparado com açúcar.
Cubano: coloca-se açúcar ao pó do café antes de passar pela água em alta pressão.
Havaiano: é o café com leite – só que é leite de côco. Hmm…
Árabe: espresso com canela, cardomomo ou outras especiarias.
Caribenho: geralmente feito de espresso, rum, calda de açúcar e baunilha. Existem tantas variações para o café caribenho quanto países no Caribe.
Irlandês: a famosa mistura leva ⅓ de espresso, ⅓ de whisky e ⅓ de creme de leite ou chantilly. O Amaretto é a variação que, em vez de whisly, leva licor de amaretto.
Depois de tantas variedades, vale a pena até experimentar o preparo em sua casa, com sua própria máquina de café expresso. Mãos à obra e mãos à xícara.
Fonte: Espresso em Revista – Ed. 6 (Dez/2004), p. 15-16