FOCO NA REGIÃO

Suíça: Esportes de Inverno e Seleção de Resorts

No verão, as cidades lotam; no outono as folhas caem com os preços dos hotéis; na primavera, vemos as mais lindas paisagens; no inverno, muita neve e o melhor do esporte no gelo. Em resumo, esta é a Suíça, país que foi tema de alguns posts na Revista Digital da Spïcy em abril. Neste último texto você confere os melhores destinos para praticar esqui, snowboard, outras atividades exclusivas das montanhas alpinas, e algumas curiosidades sobre os esportes populares do país.

Esqui, snow e hóquei: três paixões nacionais

O esqui na Suíça é como o futebol para os brasileiros. Desde cedo — estamos falando de três, quatro anos de idade — os nativos aprendem a esquiar nas centenas de opções de pistas que o país possui. O esporte é também parte da cultura local, pois é uma atividade relacionada à história do país, à consciência nacional e ao mito das montanhas.

As cidades de Zermatt, Verbier, Davos, Laax e St. Moritz são as mais procuradas por visitantes. Nos cantões de Valais e Grisões, onde existem a maioria dos resorts de inverno, o esqui chega a ser importante componente econômico da região.

Os primeiros clubes de esqui surgiram entre 1893 e 1901. Na década de 50, com o advento dos transportes, que passaram a ligar estações de esqui, regiões montanhosas e diversos pontos estratégicos, o esporte se popularizou mundialmente, e o país então passou a ser muito visitado por causa disso.

O snowboard é outra modalidade bastante popular, principalmente entre os jovens. A Suíça possui vários campeões mundiais e medalhistas na modalidade. Pudera: com tantas pistas de treino, não poderia ser diferente.

O hóquei no gelo é outro esporte que mexe com os helvéticos. Seu time mais conhecido é o HC Davos. Existem mais de 1.200 clubes, que disputam em torno de 16.000 jogos por ano, com média de público de 6.600 pagantes. O time de Berna possui um ginásio cuja média de público é de 16.000 pessoas por jogo. Muitos jogadores profissionais suíços jogam na liga de hóquei dos EUA, a NHL.

Outro esporte popular, mas não de inverno, é o tênis. Isso porque Roger Federer popularizou a modalidade graças às suas conquistas. O tenista é o embaixador da Jura, empresa especializada em produzir máquinas de café espresso, como este micro modelo que produz cafés com qualidade de barista. Deu água na boca? Então aproveite a deixa para tomar seu cafezinho, porque agora o que vai dar é a adrenalina nas veias.

Os principais destinos para quem curte as emoções da neve

Abaixo seguem onze dos principais resorts para os turistas de inverno. A maioria se localiza nos cantões de Valais (sul, fronteira com Itália) e Grisões (leste, fronteira com Áustria). Todas as opções oferecem pistas de esqui, portanto listamos apenas aquelas que se destacam também por outros quesitos além das pistas. Confira:

Arosa (Grisões): extensa área montanhosa; no verão é o paraíso das trilhas e, no inverno, dos esportes invernais, com 225 Km de pistas. Bate bastante sol e é livre de ventos fortes, o que faz dela uma estância famosa há mais de um século. Uma vantagem de Arosa é o cartão All-Included exclusivo da cidade, que dá acesso a todas as atividades por preço único.

St. Moritz (Grisões): uma das estâncias mais conhecidas e visitadas. Além de berço de turismo alpino em 1864, o local é estância de águas termais há três milênios, possui uma ótima infraestrutura (como o parque de lazer de inverno) e uma gastronomia de alta qualidade. St. Moritz já foi sede de duas edições dos Jogos Olímpicos de Inverno, o que quer dizer que todas, todas as modalidades de esporte na neve ou gelo serão supridas em sua visita.

Silvaplana (Grisões): por localizar-se num platô, possui estruturas como um completo ginásio de esportes de gelo, pistas de caminhada, acesso a St. Moritz, longos tobogãs de neve e atividades especiais, como a Semana da Noruega, o Festival da Raquete de Neve e a Coppa Romana (evento de curling), todas entre dezembro e janeiro.

Pontresina (Grisões): casais aventureiros e/ou esportistas vão se encantar com esta vila construída no estilo Belle Époque e cercada de paisagens pinheirais típicas de cenário de filme. Lá fica uma das descidas com maior inclinação dos Grisões (86%). Também conta com um parque aquático, atividades de arvorismo e uma montanha panorâmica com uma jacuzzi a 3.000 m de altitude.

Samnaun (Grisões, literalmente fronteira com Áustria): é uma região propícia para trilhas e montain bike, ou seja, vale a pena visitar no verão. Mas é popular também por conta de sua isenção de impostos, o que faz dela um paraíso de compras, inclusive de artigos de esqui e snowboard no inverno.

Aletsch Arena/Riederalp (Valais): snowboard, esqui e esqui nórdico são todos contemplados nessa região com cara de imenso parque temático e próxima a uma famosa geleira. São 35 teleféricos e pistas de todos os níveis de dificuldade, sendo algumas das pistas trajetos que levam diretamente até sua pousada. É o 1º Patrimônio da Humanidade da UNESCO localizada nos Alpes.

St-Luc (Valais): o resort está localizado numa encosta que recebe muito sol e proporciona panoramas espetaculares. Experimente o bungee-jump nessa região e não se arrependa. Tem até um observatório astronômico, e fica próximo de uma vila medieval chamada Fang.

Thyon (Valais): um resort adequado tanto às famílias, por causa dos diversos cursos de esqui destinado às crianças, quanto para os esquiadores, pois a região, que é porta de acesso aos  famosos Quatro Vales, possui mais de 400 Km de pistas e 90 teleféricos. Só Thyon tem dez deles, com alguns que acabam diretamente na vila onde os turistas se hospedam.

Blatten-Belalp (Valais): esta é para quem busca uma opção que agrade tanto à adrenalina quanto aos olhos. Seus vales férteis e o apego dos locais aos costumes e tradições fazem com que a região pareça ser concebida por um artista — e isso inclui seus restaurantes e a bela iluminação noturna das pistas.

Saas-Fee (Valais): outra opção para toda a família, pois possui tobogã noturno, parques temáticos, um famoso restaurante circular, desfiladeiros e centenas de quilômetros de pistas em todos os níveis de dificuldade. Este, que é conhecido como “a pérola dos Alpes”, é um dos quatro vilarejos de Saas, que é cercado por 13 picos com mais de 4 mil metros de altura.

Melchsee Frutt (Lucerna): um resort próprio para famílias, pois fica num local livre de trânsito, à beira de um lago de montanha, e com atrações divertidas para crianças, como o trenó na neve e o carrossel de esqui.

É impossível não se interessar por uma viagem a este país tão organizado e cheio de atrações que vão além do esporte de inverno. Cada local tem uma surpresa, e cada surpresa vai deixar rastros inesquecíveis na sua memória. Continue acompanhando o blog da Spïcy, a Revista Digital, para saber mais destinos inspiradores pelo mundo afora. Até o próximo post!

 

Fontes:

http://www.myswitzerland.com/pt/

https://www.eda.admin.ch/

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Cidades e roteiros: a Suíça apaixonante

A Suíça é um país charmoso, belo e muito civilizado. Duas de suas melhores cidades são Zurique e Geneva, que de tão humanizadas estão na lista das cinco melhores cidades para se viver, segundo ranking de 2013. Mas a Suíça ainda tem muito mais. Embarque nesse especial e confira os locais que mais valem a pena de se visitar em sua viagem ao país helvético.

(Este post dá continuidade à série sobre a Suíça. Confira os textos anteriores aqui [link do 1º texto] e aqui.)

Trens: tudo (e somente) o que você vai querer para se locomover

O trem é a principal forma de transporte na Suíça. Impecáveis, pontuais e confortáveis, eles cobrem mais de 5 mil quilômetros de trilhos, o que faz com que a Suíça tenha a segunda maior malha ferroviária do mundo, em proporções relativas ao tamanho do país e área abrangida.

Mas para o turista, o principal atrativo dentre os trens são as rotas cênicas. Alguns passam por vales, pastos ou contornando lagos; outros sobem as montanhas, e é nos trechos mais íngremes que as cremalheiras (rodas dentadas) entram em cena. Uma aventura e tanto, mas sempre segura. Listamos sete trechos abaixo para você considerar em seu roteiro quando for de uma cidade a outra.

  • Glacier Express: o mais famoso, vai de Zermatt a St. Morits (8 horas de viagem)
  • Bernina Express: de Chur a Tirano (4 horas)
  • Golden Pass Line: de Montreux a Lucerna (5 horas)
  • Guilherme Tell Express: de Lucerna a Lugano (5 horas)
  • Palm Express: de St. moritz a Lugano (3 horas e meia)
  • Pre Alpine Express: de St. Gallen a Lucerna (2 horas)
  • Regio Express Lötschberger: de Berna a Brig (2 horas)

Parte Francesa

Geneva (ou Genebra) é famosa por ter, em seu lago, a maior fonte de água do mundo. Mas a charmosa cidade, de arquitetura romanesca, também atrai atenção pelos restaurantes, museus e cena artística. No centro antigo, visite a Catedral de São Pedro e tenha, do alto de uma de suas torres, uma bela vista da cidade, das montanhas e de seu belo lago glacial. Outras atrações: Museu Etnográfico, Museu do Relógio; Grande Teatro de Geneva; Jardin Anglais; e a Fábrica de Relógios (Watch Industry).

Não longe dali, a apenas um cruzeiro de lago de distância, está Montreux, que, como dito no post anterior, tem em suas proximidades o Castelo de Chillon. A pequena cidade atrai muita gente tanto em julho, durante o seu conhecido Festival de Jazz, quanto em dezembro, para os eventos de Natal (Montreux Noel Christmas).

Em Lausane você deve visitar o Museu Olímpico, a Catedral de Lausanne, o Palácio de Runine e o Teatro da Cidade. Ainda na parte francesa, há alguns festivais locais bem animados, como o Marches Folkloriques, em Vevey, e o Foire de Martigny, na região de Valais.

Basileia (ou Basel) é a cidade mais acessível para quem vem de trem pela França. Estando lá, aproveite para conhecer a universidade antiga e o urbanismo da cidade que tem um importante papel mercantil na história da Europa. Basileia tem bastante inspiração artística (vá ao Art Museum), em especial na primavera, quando acontecem feiras de arte ao ar livre. Conheça também: o Museu da Música; a Ponte Mittlere; o Museu de Arte Antiga; o Zoológico; a Catedral da Basileia; e o festival Fasnatcht, carnaval que atrai milhares de pessoas festejando em fantasias na segunda-feira após a quarta de Cinzas.

Berna é uma cidade mais central, e portanto é destino de muitos roteiros que cruzam a Suíça. E mesmo se não fosse próxima, ainda teria motivos: a cidade é uma das preferidas pelos turistas pois além de ter sido construída em tempos medievais (século XI), suas ruas arcadas são belíssimas, consideradas patrimônio histórico pela Unesco. Seu principal apelo é histórico, pois suas maiores atrações são museus: o Museu Histórico; o Museu de História Nacional; o Museu de Belas Artes; o Museu Alpino Suíço; e a Casa de Einstein.

Parte Alemã

Zurique é a maior cidade suíça. Seu estilo arquitetônico gótico é bem interessante de ser apreciado nesta cidade tão cheia de civilidade. Um dos melhores passeios dela é a caminhada em torno do lago da cidade, além de Lindenhof, que oferece uma bela vista da cidade. Visite o centro antigo e sua catedral (Grossmünster), o Museu de História Nacional, o jardim botânico e, se for um apreciador das artes, o museu de arte contemporânea (Kunsthaus).

St. Gallen é uma cidade antiga que possui um centro com ares bastante medievais. Sua catedral, sua arquitetura e os afrescos de diversas construções são uma verdadeira imersão no tempo. A Abbey Library é famosa pelo estilo rococó e foi tombada pela Unesco. Uma das partes mais interessantes no norte do país.

Parte Italiana

Ticino é uma das cidades “italianas” da Suíça mais visitadas. Lugano e Locarno também têm seu próprio charme, mas é em Bellinzona que você vai apreciar uma verdadeira experiência ítalo-suíça: o festival de risotos e salsichas, que acontece em fevereiro. A parte italiana é a menos acessível do país, no entanto vale a pena conhecer esta faceta se você dispõe de tempo para visitar a região.

Sugestão de roteiro

Segundo o site de dicas turísticas Viaje na Viagem, a receita simples para quem quer conhecer a Suíça em poucos dias é: 1) uma cidade de beira de lago, como Geneva e Zurique; 2) um vilarejo de montanha; 3)Berna; 4) e o trajeto deve ser feito de trem panorâmico ou de trem de montanha, para que o percurso também seja a atração principal da viagem. Tendo tempo para mais uma cidade, prefira conhecer uma que seja de regiões diferentes (uma da parte francesa, e outra alemã, por exemplo).

Outra sugestão, e do site Segredos de Viagem, é uma viagem que começa em Basiléia (1 dia), vai a Zurique (3 dias, um dedicado a St. Gallen), depois Lucerna (2 dias, um dedicado ao Monte Pilatos), depois passando por Interlaken (dois dias de vistas maravilhosas), voltando para Berna (1 dia) e finalizando em Geneva (3 dias, sendo um para conhecer Montreux de barco).

Observação: o uso do Swiss Pass, que é um bilhete que serve para trem, bonde, ônibus, barco e transporte público, só vale a pena dependendo da quantidade de dias e pessoas que viajarem com você. A conta na ponta do lápis é complexa e tem muitas variáveis, como a época do ano e a antecedência da compra, mas existe uma matéria dedicada só para isso. Confira abaixo um link externo que leva para uma página com informações completíssimas sobre as vantagens da aquisição.

No próximo artigo da Revista Digital você conhecerá as principais atrações de inverno para quem quer ir à Suíça praticar esqui e outros esportes de neve. Aguarde!

 

Fontes:

http://segredosdeviagem.com.br/

http://www.viajenaviagem.com/

http://www.viajenaviagem.com/2013/09/roteiros-trem-suica-swiss-pass/

FOCO NA REGIÃO

Muito mais sobre a Suíça

Relógio suíço, chocolate suíço, queijo suíço, banco suíço. O país pode até ser pequeno, mas, onde a Suíça vira especialista, deixa sua marca registrada. O país helvético, porém, reserva diversas atrações para o turista que pretende visitá-lo na próxima viagem. Com tantos lagos, montanhas e vida cultural, existem razões de sobra para você encher seu roteiro de atividades, não importa se você vai sozinho, a dois ou com crianças em família. Quer saber mais? Continue a leitura.

Suíça: linda de natureza

Há exatamente um ano a Revista Digital fazia um especial sobre a Suíça, sua geografia, estilo de vida, cultura e os segredos de seu famoso chocolate (confira artigo aqui). Uma das principais características do país localizado na região dos Alpes é a paisagem. Se você ainda não se convenceu de que a mãe natureza é fantástica, é na Suíça que você se converterá. Qualquer trecho entre cidades, ou mesmo qualquer resort, vai proporcionar vistas incríveis de lagos, montanhas nevadas, pastos e vilazinhas.

As fotos que você vai tirar dispensam filtros; e seus pulmões vão se sentir renovados com a qualidade do ar fresco dos vales e montanhas. Com tanta paisagem bonita na Suíça, os passeios ao ar livre, como caminhadas e trilhas, não devem ser subestimados nem pelos turistas mais jovens e noturnos. Experimente a trilha do lago Zermatt, Graubunden ou a trilha histórica do lago Lucerna. Amantes da natureza devem conhecer o Swiss National Park, que, além de reunir lindas montanhas, lagos, florestas e pastagens, ainda chama atenção pela vida selvagem preservada.

Outra opção mais expressa para conhecer tanto deslumbre é pegar um trem que cruze certos trechos do país. Como dito antes, qualquer um deles renderá vistas inesquecíveis. Mas se você quer mesmo se surpreender, pegue um Glacier Express ou Bernina Express. Estas companhias oferecem trens com janelas panorâmicas e retardam o passeio justamente para dar tempo de você esgotar seu cartão de memória da câmera.

As montanhas alpinas são outro forte atrativo, mesmo que você não esteja lá para esquiar, como boa parte dos turistas. Existem opções para passeios de trenzinhos, teleféricos e até escaladas de todas as dificuldades. Uma das montanhas de neve mais populares e versáteis em termos de oferta de atividades é a do Monte Pilates (2.120m). Já para os mais ousados, o Matterhorn, em Zermatt, é o pico mais alto dos Alpes (4.478m); ele também possui um teleférico, atividades com ou sem esqui, além de reservar dois motivos extra para a visita: a cidade não possui carros, e a vida noturna é movimentada.

A maior queda d’água da Europa fica na Suíça. São as Rhine Falls. Além da vista estonteante das cachoeiras de água glacial, existem outras opções que pegam carona no atrativo da paisagem: trilhas, tours, e também a visita ao castelo local, em Schaffhausen.

Os lagos glaciais são outra delícia do país. Existem diversas companhias que oferecem o passeio de barco, então não tenha medo de tomar um mini-cruzeiro. O lago Geneva é um dos locais com maior oferta de cruzeiros. Você pode inclusive fazer parte do trajeto por meio dos lagos, como indo de Geneva a Montreux. Existem opções customizadas, que podem incluir roteiros históricos, como a viagem de Guilherme Tell em Lucerna, ou com paradas gastronômicas com as visitas a vinículas que margeiam os lagos.

Um dos principais passeios do lago Geneva é a visita ao Castelo de Chillon. Além de ter um visual imponente, vale a pena passar o dia descobrindo, em seus tours específicos, os afrescos, a arquitetura, a decoração, a mobília e até os calabouços do castelo.

Retiros e spas

O forte contato com a natureza faz com que a Suíça possua uma grande oferta de spas e resorts. Um dos retiros mais conhecidos é o da menor cidade suíça: a vila Chateau d’Oex, próximo ao lago Geneva. É o repouso ideal para almas que gostam de atividades outdoor e também balonismo, que é praticado na região. Outras opções de retiros: Wengen, Murren e Gandria.

O viajante que dispõe de mais recursos poderá esbanjar luxo em St. Moritz. Este é um verdadeiro “playground”, um resort que oferece todo tipo de atividade que você pode esperar na Suíça: esqui, esportes de inverno, banhos em águas minerais glaciais, terapias com lama das montanhas, spas, além de restaurantes finos e vida noturna agitada. Prepare a carteira.

Queijos e vinhos: conheça o país com gastronomia no pacote

Anote essa dica: a Suíça possui muitas boas e ótimas vinículas locais, com rolhas que não são exportadas. Aproveite, em especial as que margeiam os lagos, como em Ticino, Valais, Vaud e ao longo do lago Geneva.

E por falar em experiências gastronômicas, a Suíça faz bom proveito de seus atrativos. É claro que você vai provar uma das especialidades do país, que é o foundue. Se você passar por Friburgo, não deixe de provar a variação do prato: o queijo é feito num mágico amálgama entre gruyére local, vinho, toques de outros queijos, além de temperos, como o alho macerado, que libera sabores mais delicados da especiaria. (Confira neste link um espremedor de alho importado de marca suíça feito para atender à mais alta qualidade das receitas típicas, sem ter que descascar o dente de alho, ou seja, sempre útil ter no seu rol de utensílios de cozinha.)

Para quem quer imergir numa experiência chocólatra, este é o país ideal, pois só na Suíça o chocolate business é levado a sério, seguindo uma receita que chega a ser arte. A visita mais conhecida é na fábrica da Nestlé (Calier Factory), mas as chocolaterias Sprungli e Teuscher (Zurique), Poyet (Vevey) e Martel (Geneva) vão oferecer uma experiência mais gourmet. Mas fica o alerta: depois de um chocolate suíço, só um belga para fazer páreo.

Vai viajar com crianças? Então visite uma das fazendas e leve-as para conhecer as vaquinhas mais bem-de-vida do mundo: elas são bem alimentadas e tratadas para produzir o melhor leite possível. Muitas fazendas, mesmo pequenas, agendam visitas e tours guiados. Uma simpatia para os pequenos viajantes.

Outro atrativo do país é a facilidade de encontrar museus, galerias e opções para fruir da arte contemporânea. Mas esse é um assunto para o próximo post, onde a Revista Digital fará uma descrição mais detalhada das cidades e seus altos pontos turísticos. Se você quer saber mais sobre a Suíça, incluindo seus esportes de inverno, continue acompanhando o blog da Spïcy nesse mês da Páscoa. Fique de olho nas atualizações das próximas semanas!

Fontes:

http://www.fodors.com/

http://www.expatica.com/

http://www.worldtravelguide.net/

http://www.timeout.com/

FOCO NA REGIÃO

Viagem à Suíça, parte II – A diversificada gastronomia!

A diversificada gastronomia suíça

No post anterior você ficou sabendo sobre viagem à Suíça: falamos de fatos, curiosidades, dicas de viagem e o delicioso chocolate suíço. Mas e para comer? O que pedir no almoço, na janta, durante a viagem? Muita gente nos restaurantes fica com receio de arriscar e acaba pedindo só fondue. Por isso, a dica da semana é essa mesma: o que esperar dos menus da Suíça?

Você deve se lembrar que a nação alpina faz fronteira com quatro países, além de um principado. O resultado disso, num país pequeno como o deles, é que sua cultura é muito influenciada por seus vizinhos, em especial pela Alemanha, França e norte da Itália. Isso é uma ótima notícia para quem aprecia uma boa gastronomia. O que você vai provar na Suíça, dependendo de onde você visitar, são pratos típicos das cozinhas alemã, francesa e italiana, porém com o toque da cultura local. Ticino, por exemplo, que fica na “parte italiana” da Suíça, ao sul, tem ótimas mortadelas.

O queijo suíço

Um dos maiores desses toques locais é o queijo. Se o chocolate é o melhor do mundo porque o leite das simpáticas vacas alpinas são de altíssima qualidade, a mesma lógica vale para os queijos. E eles existem em torno de 450 tipos! E olha que a Suíça é quase do tamanho do Estado do Rio de Janeiro.

Exemplos de queijos famosos:  Vacherin (com massa mole que derrete), Appenzeller (picante) Téte de Moine (cortado em forma de rosetas), Raclette (que é nome também de um prato típico), além dos conhecidos Emmentaler Gruyère, usados para fazer fondue de queijo.

* Se você vai à Suíça e é alucinado por queijos, uma dica valiosa: visite as feiras semanais e compre direto dos camponeses que vendem nas barracas. Geralmente as peças vêm inteiras,  diretamente dos pastos dos Alpes, e são cortadas na hora para o freguês.

Pratos típicos à base de queijo

 Raclette vem do francês racler, que significa raspar. É por isso que o queijo tipo raclette é servido “raspado”: eles vêm em forma de roda e são cortados enquanto são derretidos.

O prato típico de mesmo nome vem da região de Valais, e nada mais é que o queijo raclette servido ainda derretido com batata cozida com casca (gschwellti) e legumes em conserva aquecidos (cebola e picles são mais comuns). As conservas são importante porque quebram o gosto do queijo e não deixam o prato enjoado. É bem fácil de fazer na sua casa: basta derreter o queijo em minifrigideiras ao forno, e usar uma grelha para os legumes.

Para fazer o conhecido fondue de queijo, os suíços derretem queijo emmentaler ou gruyère em uma panela de cerâmica (caquelon), que fica sobre uma fogareira. O fondue, mesmo, é o queijo comido com pão, mas é comum acompanhar com carnes, que são cozidas na hora em em uma panela de cerâmica separada.

Outros pratos típicos da Suíça

Uma grande conhecida da culinária suíça é a batata. No prato Alplermagronen, as batatasgschwellti são gratinadas, servidas com pasta, queijo, creme de leite e cebola, e o purê de maçã vem de acompanhamento. Rösti é outra pedida que vai batata gschwellti: são bolinhos achatados feitos de batata e fritos com manteiga ou banha de porco.

Em Zurique é comum carne picada de vitela ao molho de vinho branco, servida com cogumelos e batata frita. Por falar em carne, Olma Bratwurst é o que podemos chamar de churrasco suíço. É uma fartura de salsichas, salsichões e linguiças na grelha. Aliás, a salsicha é apreciada em todo o país — são mais de 350 tipos. A diferença é que em St. Galen, onde o prato é mais tradicional, não se come a salsicha com mostarda, o que é comum nas outras regiões. Bratwurtst é o nome da linguiça que se come sem talheres, apenas com as mãos.

Em Berna, o prato típico bernese é o berneplatte: misturam-se diversos tipos de carne bovina e/ou de porco, como joelho, lombo, ombro etc., além de ervas e condimentos para dar um sabor especial aos pedaços.

Por fim, se você almoçar ou jantar num restaurante de cidade próxima a lagos, como Genebra, experimente um dos peixes ainda frescos, como o arenque, a perca-europeia e a truta.

Os vinhos suíços não estão entre os melhores, mas são muito decentes. O cultivo e o número de adegas locais tem crescido, e não seria surpresa de você descobrisse uma rolha bem valiosa num cantão inesperado.

De sobremesa, vale a pena experimentar bichermüesli, que é feito com flocos de aveia, suco de limão, leite condensado, maçãs raladas, avelãs e/ou amêndoas. Há também a sobremesa típica de Berna, que é a tortinha de merengue. Além do chocolate, é claro, também servido com appenzell (pão de gengibre).

Estão sobrando motivos para você planejar sua viagem à Suíça. Com as dicas do blog da Spïcy você vai descobrir o país que, se na política é neutro, na gastronomia, de neutro não tem nada. Boa viagem e bom apetite!

Fonte: www.myswitzerland.com

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Viagem à Suíça, parte I – O país e o chocolate!

Mês de Páscoa é mês de chocolate. Em especial a isso, o post da semana vai falar sobre o país onde mais se consome chocolate no planeta. E não é à toa: lá eles têm um dos melhores chocolates do mundo, se não o melhor. Isso explica o consumo anual de quase 12 Kg por pessoa (no Brasil a média é 2,5 Kg). Estamos falando da Suíça, o pequeno país localizado nas lindas montanhas dos Alpes. Embarque nessa.

Fatos e curiosidades

A Suíça faz fronteira com a França, Itália, Áustria, Lietchtenstein e Alemanha. Falam-se quatro línguas. Dependendo da região, é alemão, francês ou italiano; mas a maioria da população sabe se comunicar em inglês pelo menos basicamente. Sua moeda é o franco suíço, hoje equivalente a R$ 2,50.

Os esportes mais praticados são hockey e esqui na neve. Se você for lá para esquiar, não se sinta humilhado pelos suíços: eles começam a praticar o esporte com 3 anos de idade e qualquer criança é capaz de deixar no chinelo um principiante brasileiro. Lá, esqui é como futebol pra gente.

É um povo que vive muito bem. São conhecidos por serem acolhedores, respeitosos e confiáveis, como seus relógios. E estáveis! Uma piada internacionalmente conhecida é dizer que os suíços são neutros. Isso porque o país nunca tomou lados nas mais recentes guerras e conflitos militares. Tudo porque a Suíça tem a segurança de suas cordilheiras, o que reflete na sua estabilidade econômica e na própria personalidade.

Viagem à Suíça

Aqui vão algumas dicas para você conhecer a Suíça muito além do relógio e do canivete. Em primeiro lugar, uma recomendação valiosa: procure um vôo que chegue à Suíça durante o dia. A vista dos Alpes de cima é uma das paisagens mais impressionantes que existem no planeta.

Uma vez lá, não deixe também de fazer uma viagem de trem, e pelo mesmo motivo: as paisagens. Além de montanhas, vales e geleiras, você pode ver lagos e lindos campos, em especial na primavera. O passeio de trilhos mais famoso é o Zarmatt – St. Moritz, e tem até slogan: “o mais lento trem expresso do mundo”, por causa da duração de 7 horas.

Outra opção que costuma agradar é o passeio de barco, seja pelo rio (o maior é o Reno), seja pelos lagos, indo de uma cidade à outra.

Cidades e temporadas

Existem duas épocas mais propícias para viajar à Suíça. A primeira é o inverno, de dezembro a fevereiro. Nessa época todas as montanhas ficam cheias de neve, inclusive as mais baixas — o que é ótimo para você pode aprender esqui ou snowboard com facilidade e em resorts mais em conta. Mas prepare-se para o frio se você não está acostumado!

A outra é a primavera, de março a maio, pois as temperaturas são amenas, as vistas são lindas e não é uma época cheia. Evite o verão, especialmente julho, pois as cidades ficam abarrotadas. Tudo fica lotado, nos restaurantes faltam lugar para sentar e, portanto, os passeios acabam gastando tempo e dinheiro.

As cidades mais bonitas na parte francesa da Suíça são Genebra, Basileia, Montreaux e Lausanne. O lado alemã conta com Zurique, Lucerna e Berna. Menos conhecida, a parte italiana esconde surpresas com Lugano e Bellinzona. Se você vai com dias contadinhos, foque nas cidades de Genebra, Zurique e, por que não, a charmosa Zermatt? O importante é que, mesmo com pouco tempo, você não tente concentrar muitas atividades num mesmo dia, pois pode ser cansativo e você não vai curtir o momento. E que momento!

Chocolates

Chocolate é uma sobremesa e por isso deixamos para o fim. Aliás, será mesmo sobremesa? A maioria das crianças na Suíça vai concordar que pão e chocolate (mais este do que aquele) são o principal snack da tarde. Porque a Suíça é quase sinônimo de chocolate e desde cedo eles aprendem a honrar essa fama.

Se você gosta de história, saiba que os suíços são pioneiros na produção de chocolate. Após Colombo voltar da América com o cacau, descobriu-se que era possível fazer com seus derivados a iguaria que todo mundo ama. Mas o chocolate ao leite que conhecemos hoje, e também o consumo em barras, foram invenções de Henri Nestlé, que é suíço.

Por falar em honrar a fama, dizem que um dos motivos que fazem com que o chocolate suíço seja tão bom é o fato de que no país os produtores se negam a usar óleos vegetais na composição: utilizam somente a manteiga extraída do próprio cacau. Mas isso é bastante polêmico, já que tal manteiga é cara e as barras de chocolate por lá são muito baratas. Uma de Lindt custa em média dois francos suíços, o equivalente a R$5.

Há outras duas explicações, e mais coerentes: o cacau se desenvolve melhor em locais de clima temperado e frio, como é o caso da Suíça. A agricultura de lá é bem avançada, o que contribui para o cultivo. Também há o fato de que o leite de vaca de lá é considerado o melhor do mundo. Com o melhor cacau e o melhor leite, não é por acaso que na Suíça até mesmo o chocolate da marca do supermercado, como Coop e Migros, seja tão bom pra nós, brasileiros.

Mas pra quê discutir isso, se é melhor experimentar o motivo da discussão? Anote agora: as principais marcas suíças de chocolate, além da mutinacional Nestlé, são Lindt, Toblerone e Cailler. Não pare por aí. É altamente recomendado provar também as iguarias da Teuscher (de Zurique), Frey, Maestrani e Alprose.

E se é para fazer uma degustação completa, não deixe de arriscar as trufas, pralinés, bolos e muffins. Dê uma de suíço e consuma com um café expresso, vinho, whisky ou conhaque.

Deu água na boca? Espere só até ler nosso próximo post, sobre fondue de queijo suíço e muito mais da culinária suíça!