FOCO NA REGIÃO

As Comidas Típicas da Holanda

No post anterior a Revista Digital indicou locais para você visitar e conhecer a gastronomia da Holanda, país que fica  a noroeste da Europa, próximo à Alemanha, Bélgica e França. Hoje você vai descobrir os pratos típicos do país.

Não que a cozinha holandesa tenha grande destaque perto de seus vizinhos e concorrentes tradicionais. Mas ela tem suas curiosidades. Por exemplo, os cafés costumam servir refeições o dia todo. No almoço e jantar é servida a opção do dagschotel (prato do dia), que geralmente é carne ou peixe com batata, vegetais e salada.

Mas a cozinha holandesa obviamente não se limita a isso. Há nas maiores cidades diversos restaurantes de outras culturas culinárias, como chinesa, índica, mediterrânea, turca e surinamesa. Além disso, traz algumas surpresas até mesmo no consumo de fast food. E, anime-se: fora a alta gastronomia, em geral os pratos holandeses são bem servidos.

Pratos típicos na Holanda

O café da manhã costuma ser simples, mas reforçado: nos hotéis ou cafés será comum começar o dia com folhados, pães, queijo, ovos cozidos, geleia, mel ou pasta de manteiga de amendoim.

Durante o dia os snacks vão surpreender você: os holandeses costumam comer batatas perfeitamente fritas com maionese, em especial a vlaamse, “flemish style”, que tem especiarias; ou também fricandel (legumes a la Frankfurt), kroketten (croquete), shwarna (doner kebab). Também vale ressaltar os bitterballen, pequenas bolas de ragu de carne fritas, ótima opção para acompanhar uma cerveja branca num terraço.

E peixes! Os peixes são muito consumidos, e neles vale a investida até mesmo em barracas pela cidade. O fast food com peixes ou frutos do mar são servidos durante o dia todo e valem por uma refeição leve. O haring (arenque) é o mais popular, e pode ser consumido com pão, cebolas e picles, ou da maneira tradicional (flemish style), que é segurando o peixe pela cauda.

Uma opção bastante comum nas refeições completas servidas nos restaurantes é o rijsttafel: é composto de arroz servido com dez a doze acompanhamentos, além de um molho. Serve duas pessoas ou mais, dependendo do estabelecimento.

Outra curiosidade da Holanda é que um de seus pratos “fim de noite” (para quem sai, passa a noite com amigos e decide matar a fome antes de voltar pra casa) se tornou tradição gastronômica. Ele é o uitsmijter, que nada mais é que pão com manteiga servido com ovos fritos, com uma camada de rosbife (ou presunto, ou queijo).

Duas cozinhas de ex-colônias chamam atenção na variedade holandesa: a indonesiana e a surinamesa. A indonesiana costuma ser apimentada, lembrando a tailandesa e vietnamita. Já a cozinha de Suriname traz bastante influência da cultura criola, como no prato chamato roti (pão tipo sírio servido com curry, ovos cozidos e vegetais).

Bebidas, doces e guloseimas.

Doces são bastantes consumidos na Holanda. Além da conhecida torta holandesa, os mais comuns são as panquecas, os waffles e os oliebollen (doces tipo dounuts, de massa frita). No caso dos waffles, experimente o stroopwafel, tradicionalmente servida com melaço para acompanhar o café ou chá. Já no caso das panquecas, vá de poffertjes, uma versão mais grossa e doce que é servida com açúcar e manteiga (e por isso muito popular entre crianças; uma dica se você tem filhos).

O doce alcaçuz (gominhas doces e azedinhas) é muito consumido por lá. Mas na Holanda ele pode ser tanto doce quanto salgado. Outro “prato” adorado por todas as idades é o hagelslag, um sanduíche com chocolate granulado. Por fim, é costume celebrar o nascimento de uma criança comendo muisjes; eles são confeitos de anis servidos sobre pão, com uma camada de açúcar colorida.

Fique de olho: os bolinhos e biscoitos vendidos em todo canto em Amsterdã e outras cidades, chamados “space-cakes”, não são sobremesas comuns: são recheados com a maconha. Consideramos importante alertar isso, pois depois de duas horas de aparente inofensividade, enquanto seu organismo digere, vêm uma sequência de dez horas de estado alterado.

Assim como na França e Bélgica, a cerveja na Holanda é consumida em doses menores, em taças de 250 mL. Em especial as cervejas “brancas”, geralmente muito refrescantes e servidas com limão ou lima, ou as cervejas sazonais, que dependem de safras e frutas de épocas específicas, mas que quando surgem se tornam preciosidades cervejeiras.

Mas a preferência nacional é a lager tipo pilsener, como a Heineken, Amstel e Grolsch. Para quem gosta de tomar cerveja, mas não quer uma bebida pesada, uma opção é a donkerbier, que é mais fraca em teor alcoólico. Já para quem não toma cerveja, a opção típica da Holanda é o licor holandês e o gim holandês (jenever), que é mais fraco e oleoso, mas leva aroma de frutas.

Experiências gastronômicas nos Países abaixo de zero

O inverno na Holanda traz às mesas duas experiências típicas da estação. Uma delas é a oferta e consumo de sopas e alimentos “de frio”, como:

  • sopa de ervilha (erwtensoep)
  • purê de batata e legumes (hutspot)
  • licor de ervas (krindenbitter)
  • leite de anis (anijsmelk)
  • biscoito com temperos (pepernoten)
  • e a tradicional sopa de ervilhas com salsichas e bacon defumado servida com pão preto de centeio (snert).

Mas a principal atração acontece por causa do Natal. Assim como em muitos países se consome o panetone, na Holanda o mais popular são os docinhos natalinos: o gevulde speculaas (biscoitos crocantes), boisplaat (doces de açúcar) e os adorados krindboten. Estes podem parecem meros biscoitinhos amanteigados sem atrativo para os olhos, mas são bastante complexos em relação a seus traços palativos, pois seu sabor envolve anis, canela, pimenta branca e gengibre. Uma delícia inspirada pelo Natal.

Apesar de a Holanda possuir, de típico, mais snacks e doces, ainda assim é um país para apreciar achados culinários. Não devemos esquecer que os queijos gouda e edam são crias holandesas, e mesmo um prato simples do dia pode ser servido de maneira bem especial, dependendo do café ou restaurante.

Mas o fato é que a gastronomia tem crescido nos Países Baixos e mais de cem restaurantes já foram estrelados no Michelin; considerando o tamanho do país, é um número razoável. Já existem até algumas marcas holandesas no ramo dos acessórios culinários que estão, depois de um tempo juntando tradição, ganhando destaque no mercado. Um exemplo é a Brabantia, que produz estas belas capinhas para utensílios de cozinha.

Continue com a Revista Digital na próxima semana e confira um pouco mais dos pontos turísticos do país famoso por seus moinhos de vento.

Fontes:

http://www.holland.com/br/turismo.htm

http://www.roughguides.com/

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