FOCO NA REGIÃO

A Rota de Champagne: deguste o melhor desse passeio

Ninguém duvida que Champagne, por causa da bebida que leva seu nome, carrega todo o glamour do vinho mais presente nas celebrações e festividades. Porém, nem mesmo os franceses conhecem a variedade de tipos de champagne a as maneiras diferentes de produzí-lo. Se você tinha planos de visitar a região e descobrir uma ou mais de suas rotas de vinhos, aconchegue-se agora num lugar confortável e deixe nossas sugestões borbulharem em ideias para sua viagem!

A história da champagne

Uma breve explicação histórica. Champagne é sinônimo de celebração especial, e o motivo está no seu passado. Nos tempos em que o vinho champagne foi inventado, no século XVII, somente a nobreza detinha o privilégio de apreciar a bebida. Luís XIV, o rei sol, foi um dos consumidores desta invenção de Dom Perignon, o monge de uma abadia beneditina de Hautvilliers que, para criar o champagne como conhecemos, teve a ideia de misturar diferentes tipos de uvas.

Anos se passaram e diversos produtores conseguiram popularizar o champagne – que ainda é consumido, na maioria das vezes, em ocasiões comemorativas. Existem, atualmente, cerca de 300 marcas de dez grupos e diversos produtores independentes.

Cada marca tem um segredo de fabricação, uma “assinatura”, o que aumenta ainda mais o glamour da bebida. Não é à toa que em 2010 a chamada “refeição à francesa” (aquela que inclui o champagne) foi reconhecida patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. É de se ficar orgulhoso; e borbulhoso.

A região de Champagne-Ardenas

Localizada no nordeste francês, mais da metade do território Champagne-Ardenas é dedicado à agricultura. Dá pra ver pela paisagem e por seus campos de vinhedos que esta é a maior região agrícola francesa — para você ter uma ideia de quanto o champagne é importante para a economia local.

Saindo de Paris, sua primeira parada será Reims. Via TGV, que sai da estação Gare de l’Est, você chega à Gare de Reims em cerca de 45 minutos. Mas você também pode ir de carro alugado e fazer seu próprio destino — o que será ainda mais vantajoso e confortável se você estiver em família.

Champagne-Ardenas é dividida em quatro sub-regiões ou departamentos: na ordem norte a sul, há Ardenas (ou Ardennes), Marne, Aube e Haute Marne. Sua principal cidade é Reims, em Marne, e é uma parada obrigatória mesmo se você só queria provar vinhos. Além de ter sido local onde 29 reis franceses foram coroados, a cidade foi um grande pólo de trocas comerciais na Idade Média (as famosas feiras de Champagne, muito antes da bebida borbulhante ser inventada). Quando passar lá, não deixe de ver a Catedral de Reims, uma das mais incríveis construções medievais da era gótica, tombada pela Unesco como patrimônio mundial da humanidade.

Além do vinho, a região também é famosa por seus vitrais. São mais de duas mil obras espalhadas em trezentos edifícios; existem alguns vitrais que foram criados no século XIII, como os da basílica de Saint-Rémi e a catedral de Troyes.

A Rota do Vinho de Champagne

A França possui 17 rotas do vinho em seu território. A de Champagne é sem dúvida uma das mais visitadas. São cerca de 600 Km para percorrer e mais de 80 produtores e pontos de degustação para provar iguarias etílicas feitas a partir das uvas pinot noir, chardonnay e pinot meunier.  Desse número, a maior concentração está no departamento de Aube; ali existem quinze aldeias em cerca de 220 Km que são visitadas por apreciadores de champagne de todos os cantos do mundo.

Champagne tem cinco rotas planejadas para visita. A de Saint Thierry, mais ao norte, sai de Reims e segue por trilhas pitorescas. Reims Montaigne, ao sul de Reims, além de passar pelo coração do parque natural da região, cheio de caminhadas e esportes náuticos, tangencia as encostas da montanha local que compõe a paisagem.

O Vale de Marne sai de Épernay e possui uma vista panorâmica dos vinhedos de Champagne em Marne; é uma das melhores vistas dessas rotas. Já o trajeto de Côte des Blancs, ao sul de Épernay, tem um ar bucólico, especialmente pelos vilarejos e campos cujas uvas originaram a Chardonnay.

Por fim, Côte des Bar, que fica mais ao sul da região e é, dos cinco, o trajeto mais frequentado. Isso porque mistura um pouco de tudo: vilas típicas, paisagens de cair o queixo e contribuição histórica para o champagne que tanto amamos — ou seja, resume toda a região numa só área, o que é um bom motivo para quem só pode fazer um dos percursos.

Quando, onde e como visitar

A melhor época para fazer este passeio é no outono; mais especificamente no final de setembro, começo de outubro, quando é tempo de colheita da nova safra. Essa época também oferece toda a composição do cenário dos campos de videiras, que ficam lindas com as cores da estação. Mas a primavera, em termos visuais, também compete bastante aos olhos.

De qualquer forma, é fácil distinguir os viticultores dignos de visita: as placas “point accueil” indicam os locais aprovados por um júri composto por profissionais de turismo e enologia.

E como percorrer tantos caminhos? As opções mais comuns são:

  • você pode ir de carro, alugando na região ou vindo direto de Paris; é a opção recomendada para grupos de três ou mais pessoas, famílias e também para quem tem locomoção dificultada;
  • ir a pé e/ou transporte local, concentrando-se numa das cinco rotas planejadas acima. Nesse caso, a dica vital é combinar uma estadia por sete ou mais dias num hotel ou pousada que tenha acesso mais fácil para as extremidades dessas rotas, pois só assim você vai conhecer mais afundo uma região;
  • deixar a saúde em dia e ir de bicicleta, percorrendo rotas e vilas diferentes, já que os dias no outono ou primavera são muito propícios para atividades ao ar livre. Para quem vai percorrer Champagne assim, existe a possibilidade de acampar em campings ou locais que oferecem o quintal para aventureiros.

Uma das opções para passar as noites, em especial para quem quer percorrer o máximo de rotas possíveis, é (além de acampar) hospedar-se em bacchus, que são quartos em casas de moradores locais. É a melhor oportunidade de imergir na cultura e ter centenas de histórias pra contar na volta.

As bacchus são hospedagens a partir de 48 € para 2 pessoas com serviços básicos, mas que variam dependendo do luxo da estadia, número de visitantes e serviços disponibilizados. Confira a lista de casas que oferecem esse serviço neste link, onde há a relação de hospedagens familiares que fazem parte dessa rede turística organizada.

A boa e velha pousada sempre é a opção que passa por nossa cabeça. Neste site você confere uma lista confiável de locais para dormir, com indicação de preço, avaliação, fotos das acomodações e o contato de cada local.

Além de pousadas, hotéis são vantajosos se você quer traçar o roteiro de seus passeios na hora, pois as recepções costumam ter listas de opções e contato de produtores locais para agilizar sua escolha. Já que a região de Champagne é pequena para quem vai de carro, hotéis também são recomendados se você quer fazer de sua hospedagem um ponto fixo, de onde planejará seus passeios e de onde você partirá todos os dias.

Quanto aos produtores, na França os locais de visitação e degustação são chamados de caves — as de Pommery e Épernay são as mais famosas. É possível, com este site aqui, conhecer o endereço dos locais, marcar visitas (recomendado) e até combinar preços com os produtores, já que algumas visitações ou degustações podem até ser gratuitas.

Confira também

O lado bom da rota dos vinhos é que você pode combinar momentos de degustação com caminhadas e paradas históricas.

Além das caves de Champagne e da catedral de Reims, aproveite a proximidade e conheça Troyes. É considerada a capital histórica da região devido à sua importância no século XVII, quando passou pelo auge de sua indústria têxtil e metalúrgica. Além de suas casas de madeira, confira a Floresta d’Orient (parque natural), o centro urbano (com forma de rolha de champagne!), a basílica de Saint Urban e o parque da montanha de Reims (vilarejos).

Fora de Troyes, mas ainda na região, ainda tem pra ver:

  • o claustro romano e as construções religiosas de Châlons-en-Champagne que tornaram a região conhecida;
  • o festival de marionetes em Charleville Mézières, para apreciar teatro de bonecos do mundo inteiro — acontece todo ano ímpar, em setembro (mais um motivo para ir à França no outono);
  • as lindas muralhas medievais do vilarejo de Langres, onde nasceu Diderot;
  • o castelo de Sedan, maior fortaleza medieval da Europa;
  • e o memorial Charles de Gaulle em Colombey-les-Deux-Églises.

Dicas sobre taxas e visitas

As produtoras mais famosas vão cobrar uma taxa para visitar suas fábricas. Não deixe de conhecê-las, mas não fique somente nelas. Existem muitos produtores menores e/ou independentes que não cobram nem a degustação, nem a visita à produção. E provavelmente serão eles que vão diversificar suas experiências na experimentação de vinhos. É só entrar em contato e combinar.

Há também produtores que, devido à demanda, oferecem locais para hospedagem no melhor estilo pousada (com café da manhã incluso). É uma ótima pedida para consumir ali mesmo suas preciosidades borbulhantes sem se preocupar com dirigir nas estradinhas no caminho de volta.

E quem não fala francês?

Saber a língua facilita bastante numa viagem como essa. Nada muito aprofundado: quatro meses de curso são suficientes para você se comunicar e entender minimamente as explicações dos produtores. Mas se você sequer arranha o francês, não precisa se privar da experiência, pois, por se tratar de uma zona bastante visitada por turistas, muitos guias e receptores dos “point accueil” estão preparadas com, pelo menos, o básico do inglês.

Um dos mitos sobre o povo francês é que não gostam de quem fala inglês. Claro que, por motivos de rivalidade histórica, isso procede; mas só até certo ponto. O que francês não gosta, mesmo, é de turista que pensa que os franceses são obrigados a falar inglês (principalmente em Paris). Mas faça a prova: aprenda meia dúzia de frases “de abertura”, como as abaixo, e veja como o trato é diferente. O francês, ao perceber que você é um turista que se esforça para se comunicar na língua local, será mais amável e solícito.

Algumas frases que abrem portas; básicas, mas que fazem a diferença pra quem fala zero francês.

  • s’il vous plaît (por favor)
  • merci (obrigado)
  • bon jour (bom dia)
  • bonne nuit (boa noite, chegando)
  • Je ne parle pas français (eu não falo francês)
  • vous parlez anglais? (você fala inglês?)

Depois de tanta informação para sua viagem, a última dica é só esta: estoure uma rolha de champagne, sirva entre seus queridos e entre no clima do passeio. Tim-tim, e au revoir!

Fontes:

http://www.champagne-ardenne-tourism.co.uk/

http://www.clevacances.com/

http://dicasdefrances.blogspot.com.br/

http://www.france.fr/pt/

http://www.petitfute.com/

http://br.rendezvousenfrance.com/pt-br/

http://www.theguardian.com/travel/

FOCO NA REGIÃO

Áustria – O Glamour da Capital e o Charme de Seus Lagos

Viajar para a Áustria pode surpreender você. O país tem uma história muito rica e sua cultura grita à vista, em especial na capital Viena, que transparece, em sua arquitetura, o supra-sumo do estilo clássico da Europa ocidental. Então embarque nesse texto da Spïcy com diversas informações sobre cidades, presentes, gastronomia e muito mais.

Sobre a Áustria

O nome Áustria vem de Österreich, que significa império do leste. Isso porque o Império Autro-Húngaro foi dominante na Europa por um longo período antes da 1ª Guerra Mundial. Hoje, seu território é muito menor do que já foi, e o país é uma federação de nove estados. Cada um possui cultura distinta, mas para nós, brasileiros, talvez a única diferença escancarada seja aquela entre o lado rural e a região que abrange Viena — cidade que, sozinha, tem ¼ da população do país, e é considerada uma metrópole europeia. Em geral o povo se parece com os alemães, apesar dos austríacos serem patrióticos e não gostarem da comparação. A língua, pelo menos, é a mesma, com diferença apenas no sotaque.

As paisagens típicas da Áustria são as montanhas dos Alpes, os campos e os lagos. É um clima temperado continental, e o termômetro no verão costuma variar entre 25º e 35º C; no inverno, atinge os -10º C. Há diversos lagos de águas mais aquecidas que, protegidos pelas montanhas contra o vento, oferecem uma relaxante opção turística para quem curte nadar e se banhar ao ar livre.

Sempre que viajamos, gostamos de trazer lembranças típicas do local. No caso da Áustria, são três presentes típicos: a) o óleo de semente de abóbora verde, especialmente da região de Styria; b) a geléia de apricot (Aprikosengelee), muito comum no país para comer com pão, que por sinal é um alimento levado muito a sério; c) e por fim o ice wine (eiswein), uma obra prima da vitivinicultura; seu processo é tão complexo que uma videira inteira resulta em apenas uma garrafa. Não é à toa que seu preço é alto: é uma experiência única. Chegando ao Brasil, a melhor maneira de consumir a raridade é numa taça de cristal à altura, como as da Riedel, referência no ramo.

Link da marca: http://www.spicy.com.br/riedel

A capital Viena

Se existe uma capital cuja arquitetura sintetiza toda a cultura clássica europeia, ela é Viena. Suas construções remetem muito a um povo que respira cultura, e de fato a cidade tem muito disso. A Casa de Mozart, por exemplo, fica numa estreita e charmosa rua de Viena. Por falar nisso, não deixe de apreciar um concerto ou ópera ao vivo, encontradas também em preços acessíveis. Existem aos montes, e além disso a Vienna Opera House possui um tour de 40 minutos pelo backstage das produções.

Outro ponto essencial de parada é a Catedral de St. Stephen, no centro histórico. Outro cartão postal é o Schönbrunn Palace, com sua estrutura monumental rococó com mais de 1.400 quartos; sem contar seus jardins (Burggarten), em especial na primavera, onde há um festival de flores no parque em frente a palácio.

Viena é uma cidade que tem a cultura dos cafés, da moda e do alto estilo. Um passeio pelo centro histórico é prova viva disso: são diversos cafés entre uma loja de grife e outra. Isso faz com que a cidade seja mais cara que outras capitais europeias. Mas vale a pena. Além disso, o povo é tão educado e polido (especialmente os mais velhos) que os metrôs sequer possuem catracas: o respeito é muito grande entre todos. Uma aula de etiqueta!

Dica extra: aproveite um dia de sua estada em Viena e pegue um ônibus para Bratislava, a capital da Eslováquia. Elas são as capitais mais próximas do mundo (1h20 de viagem, com paradas), e o que vai impressionar é o choque arquitetônico entre uma cultura ocidental e outra que foi, por muitas décadas, dominada politicamente pela ex União Soviética.

Áustria muito além de Viena

Saindo da zona urbana, uma das opções é a vila alpina histórica dePinswang, muito próxima da região da Bavária, na Alemanha, e que por isso carrega a cultura bávara. Bregewz também é uma cidade bem charmosa, e fica na mágica região entre a montanha de Pfänder e Lake Constance. Para esquiar, vale a pena conhecer o ski resort em St. Anton.

Zell am See é um lago glacial de montanha e possui muitos resorts que valem a investida. De junho a setembro acontece o Magic Lake Show e torna a experiência ainda mais impressionante. Durante o verão, em todas as quartas-feiras acontecem festivais musicais e artísticos noturnos. O detalhe: a água do lago é perfeitamente potável.

E por falar em lago, não pode faltar na sua viagem uma visita a Wörthersee. Esta é uma das altas atrações europeias no verão e já foi, no sec. XIX, o local onde as famílias mais ricas vinham passar as férias. Ou seja, espere um certo glamour na alta temporada. O motivo é um só: imagine poder nadar num lago onde a temperatura da água varia de 21° a 25° C, sem ventos, de tons azulados e cristalinamente pura. Isso tudo rodeado por paisagens incríveis.

Culinária austríaca

Para apreciar a verdadeira gastronomia local, procure os restaurantesGasthaus ou Gasthof, que são mais tradicionais, têm respeito às receitas típicas e oferecem refeições variando entre 6 e 8 euros, dependendo da localidade em relação à zona turística. Quanto aos pratos, um dos mais pedidos é o Wiener Scnhitzel, o bife de vitela panado servido com batatas e rodelas de limão. É semelhante ao bife à milanesa, mas o schnitzel de viena é frito em manteiga ou banha de porco. Também há versões que, em vez de vitela, usa-se carne de porco ou de peru.

Knödel é um bolinho de massa frito e que pode ser de trigo, semolina, pão velho, batata inglesa etc. É ainda mais gostoso quando vem recheado.Tafelspitz é um corte de carne similar à picanha, e é cozida numa sopa de verduras e servida com purê de batata e/ou maçã, maionese de cebolinha picada e espinafres, ou de acordo com a moda da casa.

Para beber, arrisque um G’spritzer, vinho servido misturado com água mineral. Já para sobremesa, experimente um apfelstrudel, o conhecido folhado de maçã, que é tradicionalíssimo na Áustria e possui variações dependendo do restaurante ou da província.

Aproveite nossas dicas e faça uma boa viagem!

Fontes:

http://wikitravel.org/en/Austria

http://www.austria.info/

FOCO NA REGIÃO

Viagem à Suíça, parte II – A diversificada gastronomia!

A diversificada gastronomia suíça

No post anterior você ficou sabendo sobre viagem à Suíça: falamos de fatos, curiosidades, dicas de viagem e o delicioso chocolate suíço. Mas e para comer? O que pedir no almoço, na janta, durante a viagem? Muita gente nos restaurantes fica com receio de arriscar e acaba pedindo só fondue. Por isso, a dica da semana é essa mesma: o que esperar dos menus da Suíça?

Você deve se lembrar que a nação alpina faz fronteira com quatro países, além de um principado. O resultado disso, num país pequeno como o deles, é que sua cultura é muito influenciada por seus vizinhos, em especial pela Alemanha, França e norte da Itália. Isso é uma ótima notícia para quem aprecia uma boa gastronomia. O que você vai provar na Suíça, dependendo de onde você visitar, são pratos típicos das cozinhas alemã, francesa e italiana, porém com o toque da cultura local. Ticino, por exemplo, que fica na “parte italiana” da Suíça, ao sul, tem ótimas mortadelas.

O queijo suíço

Um dos maiores desses toques locais é o queijo. Se o chocolate é o melhor do mundo porque o leite das simpáticas vacas alpinas são de altíssima qualidade, a mesma lógica vale para os queijos. E eles existem em torno de 450 tipos! E olha que a Suíça é quase do tamanho do Estado do Rio de Janeiro.

Exemplos de queijos famosos:  Vacherin (com massa mole que derrete), Appenzeller (picante) Téte de Moine (cortado em forma de rosetas), Raclette (que é nome também de um prato típico), além dos conhecidos Emmentaler Gruyère, usados para fazer fondue de queijo.

* Se você vai à Suíça e é alucinado por queijos, uma dica valiosa: visite as feiras semanais e compre direto dos camponeses que vendem nas barracas. Geralmente as peças vêm inteiras,  diretamente dos pastos dos Alpes, e são cortadas na hora para o freguês.

Pratos típicos à base de queijo

 Raclette vem do francês racler, que significa raspar. É por isso que o queijo tipo raclette é servido “raspado”: eles vêm em forma de roda e são cortados enquanto são derretidos.

O prato típico de mesmo nome vem da região de Valais, e nada mais é que o queijo raclette servido ainda derretido com batata cozida com casca (gschwellti) e legumes em conserva aquecidos (cebola e picles são mais comuns). As conservas são importante porque quebram o gosto do queijo e não deixam o prato enjoado. É bem fácil de fazer na sua casa: basta derreter o queijo em minifrigideiras ao forno, e usar uma grelha para os legumes.

Para fazer o conhecido fondue de queijo, os suíços derretem queijo emmentaler ou gruyère em uma panela de cerâmica (caquelon), que fica sobre uma fogareira. O fondue, mesmo, é o queijo comido com pão, mas é comum acompanhar com carnes, que são cozidas na hora em em uma panela de cerâmica separada.

Outros pratos típicos da Suíça

Uma grande conhecida da culinária suíça é a batata. No prato Alplermagronen, as batatasgschwellti são gratinadas, servidas com pasta, queijo, creme de leite e cebola, e o purê de maçã vem de acompanhamento. Rösti é outra pedida que vai batata gschwellti: são bolinhos achatados feitos de batata e fritos com manteiga ou banha de porco.

Em Zurique é comum carne picada de vitela ao molho de vinho branco, servida com cogumelos e batata frita. Por falar em carne, Olma Bratwurst é o que podemos chamar de churrasco suíço. É uma fartura de salsichas, salsichões e linguiças na grelha. Aliás, a salsicha é apreciada em todo o país — são mais de 350 tipos. A diferença é que em St. Galen, onde o prato é mais tradicional, não se come a salsicha com mostarda, o que é comum nas outras regiões. Bratwurtst é o nome da linguiça que se come sem talheres, apenas com as mãos.

Em Berna, o prato típico bernese é o berneplatte: misturam-se diversos tipos de carne bovina e/ou de porco, como joelho, lombo, ombro etc., além de ervas e condimentos para dar um sabor especial aos pedaços.

Por fim, se você almoçar ou jantar num restaurante de cidade próxima a lagos, como Genebra, experimente um dos peixes ainda frescos, como o arenque, a perca-europeia e a truta.

Os vinhos suíços não estão entre os melhores, mas são muito decentes. O cultivo e o número de adegas locais tem crescido, e não seria surpresa de você descobrisse uma rolha bem valiosa num cantão inesperado.

De sobremesa, vale a pena experimentar bichermüesli, que é feito com flocos de aveia, suco de limão, leite condensado, maçãs raladas, avelãs e/ou amêndoas. Há também a sobremesa típica de Berna, que é a tortinha de merengue. Além do chocolate, é claro, também servido com appenzell (pão de gengibre).

Estão sobrando motivos para você planejar sua viagem à Suíça. Com as dicas do blog da Spïcy você vai descobrir o país que, se na política é neutro, na gastronomia, de neutro não tem nada. Boa viagem e bom apetite!

Fonte: www.myswitzerland.com

FOCO NA REGIÃO

Viagem à Suíça, parte I – O país e o chocolate!

Mês de Páscoa é mês de chocolate. Em especial a isso, o post da semana vai falar sobre o país onde mais se consome chocolate no planeta. E não é à toa: lá eles têm um dos melhores chocolates do mundo, se não o melhor. Isso explica o consumo anual de quase 12 Kg por pessoa (no Brasil a média é 2,5 Kg). Estamos falando da Suíça, o pequeno país localizado nas lindas montanhas dos Alpes. Embarque nessa.

Fatos e curiosidades

A Suíça faz fronteira com a França, Itália, Áustria, Lietchtenstein e Alemanha. Falam-se quatro línguas. Dependendo da região, é alemão, francês ou italiano; mas a maioria da população sabe se comunicar em inglês pelo menos basicamente. Sua moeda é o franco suíço, hoje equivalente a R$ 2,50.

Os esportes mais praticados são hockey e esqui na neve. Se você for lá para esquiar, não se sinta humilhado pelos suíços: eles começam a praticar o esporte com 3 anos de idade e qualquer criança é capaz de deixar no chinelo um principiante brasileiro. Lá, esqui é como futebol pra gente.

É um povo que vive muito bem. São conhecidos por serem acolhedores, respeitosos e confiáveis, como seus relógios. E estáveis! Uma piada internacionalmente conhecida é dizer que os suíços são neutros. Isso porque o país nunca tomou lados nas mais recentes guerras e conflitos militares. Tudo porque a Suíça tem a segurança de suas cordilheiras, o que reflete na sua estabilidade econômica e na própria personalidade.

Viagem à Suíça

Aqui vão algumas dicas para você conhecer a Suíça muito além do relógio e do canivete. Em primeiro lugar, uma recomendação valiosa: procure um vôo que chegue à Suíça durante o dia. A vista dos Alpes de cima é uma das paisagens mais impressionantes que existem no planeta.

Uma vez lá, não deixe também de fazer uma viagem de trem, e pelo mesmo motivo: as paisagens. Além de montanhas, vales e geleiras, você pode ver lagos e lindos campos, em especial na primavera. O passeio de trilhos mais famoso é o Zarmatt – St. Moritz, e tem até slogan: “o mais lento trem expresso do mundo”, por causa da duração de 7 horas.

Outra opção que costuma agradar é o passeio de barco, seja pelo rio (o maior é o Reno), seja pelos lagos, indo de uma cidade à outra.

Cidades e temporadas

Existem duas épocas mais propícias para viajar à Suíça. A primeira é o inverno, de dezembro a fevereiro. Nessa época todas as montanhas ficam cheias de neve, inclusive as mais baixas — o que é ótimo para você pode aprender esqui ou snowboard com facilidade e em resorts mais em conta. Mas prepare-se para o frio se você não está acostumado!

A outra é a primavera, de março a maio, pois as temperaturas são amenas, as vistas são lindas e não é uma época cheia. Evite o verão, especialmente julho, pois as cidades ficam abarrotadas. Tudo fica lotado, nos restaurantes faltam lugar para sentar e, portanto, os passeios acabam gastando tempo e dinheiro.

As cidades mais bonitas na parte francesa da Suíça são Genebra, Basileia, Montreaux e Lausanne. O lado alemã conta com Zurique, Lucerna e Berna. Menos conhecida, a parte italiana esconde surpresas com Lugano e Bellinzona. Se você vai com dias contadinhos, foque nas cidades de Genebra, Zurique e, por que não, a charmosa Zermatt? O importante é que, mesmo com pouco tempo, você não tente concentrar muitas atividades num mesmo dia, pois pode ser cansativo e você não vai curtir o momento. E que momento!

Chocolates

Chocolate é uma sobremesa e por isso deixamos para o fim. Aliás, será mesmo sobremesa? A maioria das crianças na Suíça vai concordar que pão e chocolate (mais este do que aquele) são o principal snack da tarde. Porque a Suíça é quase sinônimo de chocolate e desde cedo eles aprendem a honrar essa fama.

Se você gosta de história, saiba que os suíços são pioneiros na produção de chocolate. Após Colombo voltar da América com o cacau, descobriu-se que era possível fazer com seus derivados a iguaria que todo mundo ama. Mas o chocolate ao leite que conhecemos hoje, e também o consumo em barras, foram invenções de Henri Nestlé, que é suíço.

Por falar em honrar a fama, dizem que um dos motivos que fazem com que o chocolate suíço seja tão bom é o fato de que no país os produtores se negam a usar óleos vegetais na composição: utilizam somente a manteiga extraída do próprio cacau. Mas isso é bastante polêmico, já que tal manteiga é cara e as barras de chocolate por lá são muito baratas. Uma de Lindt custa em média dois francos suíços, o equivalente a R$5.

Há outras duas explicações, e mais coerentes: o cacau se desenvolve melhor em locais de clima temperado e frio, como é o caso da Suíça. A agricultura de lá é bem avançada, o que contribui para o cultivo. Também há o fato de que o leite de vaca de lá é considerado o melhor do mundo. Com o melhor cacau e o melhor leite, não é por acaso que na Suíça até mesmo o chocolate da marca do supermercado, como Coop e Migros, seja tão bom pra nós, brasileiros.

Mas pra quê discutir isso, se é melhor experimentar o motivo da discussão? Anote agora: as principais marcas suíças de chocolate, além da mutinacional Nestlé, são Lindt, Toblerone e Cailler. Não pare por aí. É altamente recomendado provar também as iguarias da Teuscher (de Zurique), Frey, Maestrani e Alprose.

E se é para fazer uma degustação completa, não deixe de arriscar as trufas, pralinés, bolos e muffins. Dê uma de suíço e consuma com um café expresso, vinho, whisky ou conhaque.

Deu água na boca? Espere só até ler nosso próximo post, sobre fondue de queijo suíço e muito mais da culinária suíça!