CONHEÇA

Cinegastronomia: “Chocolate” e “A Grande Noite”

Vianne Rocher (Juliette Binoche) é uma mãe solteira que se muda com sua filha para uma pequena e conservadora cidade no interior da França. A princípio ela precisa lidar com a resistência e preconceito dos moradores e principalmente do prefeito, mas graças às iguarias de sua chocolateria e principalmente ao seu tato com a sensibilidade dos locais, pouco a pouco ela vai derretendo os mais duros antipáticos.

Certo dia chega à cidade um grupo de barqueiros, liderado por Roux (Johnny Depp), com quem Vianne Rocher se envolve numa relação de pura sedução sensorial. Vianne e seu comportamento de aceitação para com os estrangeiros acabam sendo uma lição de tolerância para com o próximo, em todo o povoado.

Em termos de textura, a sutileza genial de Juliete Binoche harmoniza bem com a sensualidade do personagem vivido pelo versátil Johnny Depp tal qual uma receita de chocolate belga ou suíço. Não é à toa que Chocolate inspira chocólatras, fãs da sétima arte, pessoas sensíveis a experiências com os sentidos e também os emotivos. Quando for assistir, tenha certeza de estar num ambiente confortável, estimulante e próximo de uma boa garrafa de vinho ou caixa de chocolates finos.

Título original: Chocolat

Ano: 2000

Diretor: Lasse Hallström

Com Juliete Binoche, Judi Dench e Johnny Depp

Cinegourmet: A Grande Noite

Dois irmãos emigram da Itália aos EUA para abrir um restaurante, mas acabam encontrando grandes entraves financeiros. Primo é um chef brilhante, mas é irascível e determinado a não desperdiçar seu talento em pratos rotineiros e banais. Secondo é mais suave nos modos, e tenta manter o restaurante movimentado para pagar as contas.

Um amigo de outro restaurante oferece então uma solução: trazer um grande músico do jazz para tocar no estabelecimento dos irmãos, como num evento beneficiente em prol do próprio restaurante. É a chance de Primo preparar sua obra-prima (sem trocadilhos) e trazer suas merecidas cinco estrelas.

A Grande Noite é um dos maiores clássicos do cinema que falam de gastronomia, pois suas cenas deliciam ao mesmo tempo que tocam aquele sutil acorde que nos liga a quem mais amamos. A cena de Primo e Secondo conversando livremente na cozinha, por exemplo, é longa porém marcante. Definitivamente uma obra que vale a pena cada suor empregado pelo fascinado ator, co-autor e co-diretor Stanley Tucci.

Título original: The Big Night

Ano: 1996

Diretores: Campbell Scott, Stanley Tucci

DICAS E TÉCNICAS

Especial sobre pizzas, saindo do forno

Dentre os pratos mais famosos do mundo, ela está no rol dos preferidos, lembrados e pedidos. É um dos símbolos da cultura italiana. E ainda tem gente que consome suas sobras direto da geladeira, quando bate a fome apressada. E tudo bem. Porque, afinal, quem não gosta de uma boa e acalentadora pizza? Desse prato, que magicamente nos remete a uma relação afetiva com a comida? Deve ser por causa do carma afetivo que as mammas italianas imprimiram em sua origem.

Acompanhem agora nosso especial sobre Pizzas. A Revista Digital fala de sua origem, de dicas de preparo e também das opções gourmet que você pode encontrar na cidade de São Paulo, a capital brasileira da pizza.

Origem da redondinha

Talvez o berço nem seja italiano. Os chineses, muito antes da região da bota, mas em data incerta, já consumiam o produto da massa assada. “Geneticamente falando”, o origem da pizza é o próprio pão, já que muitos povos antigos consumiam a massa achatada com o acréscimo de coberturas e ingredientes típicos dos costumes locais.

No século XVI veio a intervenção italiana. No sul da região alguns povoados pobres começaram a incluir tomates; não muito tempo depois veio o queijo, já que a região italiana era a maior produtora desses dois itens.

A mais antiga produtora de pizzas, que é a Antica Pizzeria Port’Alba, foi criada em 1738 em Nápoles, e quase um século depois foi transformada em pizzaria de fato. No século XIX o sul da Itália tornou-se rota turística devido à forte e presente cultura da pizza na alimentação.

A imigração italiana foi um dos maiores difusores da cultura pizzaiola pelo mundo. A 2ª Guerra Mundial também teve seu papel: as tropas norte-americanas, em campanha no sul da Itália, precisavam reabastecer as energias nos povoados. Tiveram contato com a pizza, adoraram e trouxeram a ideia de volta ao continente americano, onde houve também muita imigração italiana. Dali, graças à influência cultural dos Estados Unidos, logo o prato caiu na cultura popular mundial.

No Brasil, o berço da pizza é o bairro do Brás, em São Paulo, um dos principais redutos da história da imigração italiana. É também da cultura paulista a origem da expressão “acabar em pizza”, num episódio diplomático que conciliou dirigentes da Sociedade Esportiva Palmeiras após uma acalorada discussão. Hoje, como foi dito acima, São Paulo é a segunda maior “capital da pizza” no mundo: mais de 1 milhão de pizzas consumidas por dia, com 5 mil pizzarias abertas. Só perde, mesmo, para Nova York.

A verdadeira, segundo os puristas

Existem diversas maneiras de preparar a pizza, mas hoje vamos nos focar no que a tradição pede. Alguns itens de fato fazem diferença na consistência e na percepção do paladar, mas há outros itens que são puro ritual. Pelo menos dá uma graça a mais na hora que você for fazer a pizza no seu próprio forno.

Forno a lenha com fogo a 485º C é o ideal para que a massa asse de forma correta. Quanto mais próximo do modelo napolitano de forno, melhor o resultado. Se tudo estiver em ordem, a pizza deve ser deixada no forno por 60 a 90 segundos.

A massa deve ser feita à mão, não com rolo, e espalhada com delicadeza. Isso promove uma textura mais fina, no sentido palativo. Quando a massa for aberta, as dimensões ideais do disco são de 35cm de diâmetro e 3mm de espessura no centro.

Se você quer tradição mesmo, os tomates tipo San Marzano, colhidos nos pés do Monte Vesúvio, têm um sabor inconfundível. Anote a dica para quando for preparar a pizza mais especial da sua vida. E quando isso acontecer complete com o ritual que muitos pizzaiolos ainda seguem: distribuir o azeite no sentido horário. Só pra dar aquela graça a mais.

Brincadeiras à parte há três dicas essenciais para que sua pizza, mesmo amadora, se pareça com as mais dignas de aplausos. A primeira é que o tomate pelado é ideal para fazer o molho, pois é mais adocicado. A segunda é que a farinha deve ser do tipo 00, pois dá mais liga. E você deve usar pouca farinha na hora de abrir a massa.

Na cobertura, apenas alguns produtos devem ser evitados, como frutas e maionese, pois reagem mal com a substância da massa. De resto, você pode ir pelas receitas clássicas ou apelar para a criatividade, como alguns restaurantes têm feito ao redor do mundo. Quer conhecer alguns deles?

Prazer sou a pizza do chef

Seguindo as tendências que acontecem com muitas comidas populares — hambúrguer gourmet, sorvete gourmet, food truck gourmet — a pizza já possui muitas versões mais finas e que inovam o conceito de harmonização de ingredientes com a massa. Estamos falando de pizzas que levam salmão, pera, gruyère, amêndoas… Confira agora algumas opções de pizzarias paulistanas que proporcionam essa experiência.

A Soggiorno fica no Alto da Lapa e possui muitas opções que vão fazer seu paladar entrar em êxtase. A pizza Favorita leva queijo brie derretido, mozarela de búfala fresca, rúcula e presunto cru. Juquehy tem massa crocante, alface americana, queijo brie, palmito, tomate-cereja e molho à base de mostarda e mel. Tem até pizza light, com carpaccio, alface americana, rúcula, cenoura ralada, palmito e parmesão.

A pizzaria Forno da Vila tem foco no conceito de pizza gourmet e fica na Vila Mariana. A pizza Alho Negro leva ricota fresca temperada, mozarela de búfala, tomate-cereja, alho negro em lascas e pistache torrado. Peru e Burrata posssui peito de peru defumado, mozarela amanteigada e queijo parmesão. Destaque para a pizza que leva queijo brie, amêndoas torradas e mel. Como ela se chama? Brie e Amêndoas.

A lista ainda pode aumentar. A Forneria do Santa, em Moema, serve uma pizza exótica com nome auto-explicativo: Pera com presunto de parma. e a Veridiana é a pizzaria que tem num de seus pratos mais exclamatórios a Napoli in Toscana, feita de mozarela com trufas negras em lasca.

Depois de encher a boca de água, será que dá para acabar esse post em pizza? Corra até a cozinha e comece a fazer a sua, e até a próxima postagem.

Fontes:

http://revistacasaejardim.globo.com/

http://www1.folha.uol.com.br/comida/

http://economia.uol.com.br/

http://didspizza.tumblr.com/

DICAS E TÉCNICAS

Especial Azeites: benefícios, escolhas e dicas de chefs

Ele é o principal ingrediente da cozinha espanhola, e um dos principais da mediterrânea. O azeite, que significa “o sumo da azeitona”, está entre os óleos mais generosos que a natureza oferece, pois além de dar sabor imediato aos alimentos ele proporciona sólidos benefícios à saúde em longo prazo. Saiba mais abaixo, com o especial sobre azeites que a Revista Digital da Spicy preparou para você.

O azeite na história

O uso do alimento é milenar: já faz de cinco a seis mil anos que a humanidade, em especial os povos do atual Oriente Médio próximos ao Mar Mediterrâneo, descobriu os benefícios tanto culinários quanto práticos do óleo. Mas foram os gregos (e, posteriormente, os romanos) que levaram o azeite para a Europa, e, no século XVI, na colonização espanhola, para a América.

O que poucos sabem é que antes do homem ver deslizar pelas panelas aquecidas e escorrer o azeite pelos alimentos, o extrato foi muito utilizado para diversas outras funções: na medicina para acelerar a cura de feridas e compor de remédios; nos esportes para evitar assados e melhorar a performance; em expedições polares como isolante térmico quando passado na pele; em metais como lubrificante; e até para iluminação, pois a lamparina levava azeite como combustível.

A ciência tratou de aperfeiçoar todas essas técnicas. Mas a culinária ainda persiste: azeite continua sendo um dos grandes itens alimentícios multiuso no mundo todo.

O processo de extração

O azeite de verdade é feito 100% de olivas e é um dos raros casos da natureza em que o óleo é extraído da fruta, não da semente. Existem mais de 270 tipos de azeitonas, no entanto apenas 24 delas são utilizadas para produzir azeite; as mais comuns são a Galega (Portugal), Picual (Espanha) e Arauco (Argentina). Uma oliveira produz anualmente 20 Kg de azeitonas, o que gera aproximadamente 4L do produto. Então imagine como é cheio de oliveiras na Espanha, que utiliza azeite praticamente em tudo: paellas, tapas, gazpachos, fabadas asturianas, tortillas de patatas, cocidos… Será que é por isso que são os maiores produtores e exportadores de óleo de oliva do mundo?

O azeite pode ser classificado em três tipos (não contamos “azeite composto” como azeite): o extra-virgem, o virgem e o puro. O extra-virgem é extraído por prensagem da azeitona e possui menos de 1% de acidez; o virgem também se tira por prensagem, mas a acidez fica entre 2 e 3%; já o puro é uma mistura de azeite virgem com azeite refinado, ou seja, que passa por processo químico, e a acidez fica abaixo de 1,5%.

Como escolher o bom azeite

A acidez não tem nada a ver com o pH, como muitos pensam. O índice de acidez no azeite reflete a quantidade de ácidos graxos livres, e portanto não pode ser notado pelo paladar e nem está exclusivamente relacionada à qualidade de óleo.

Se a química escrita no rótulo não é guia tão fiel para a escolha, nossos sentidos são. Basta experimentar o azeite para saber de sua qualidade. Quanto melhor for o líquido, mais suave, “doce” ele será; do contrário, terá um amargor característico. O sabor adocicado está diretamente relacionado à azeitona que foi utilizada. As verdes produzem sabor amargo, enquanto as mais maduras possuem o sabor que buscamos, suave na língua.

Mas, em termos gerais, caso você não perceba as sutilezas das marcas, em geral o nível de acidez pode refletir o sabor do azeite. A dica é experimentar. Comece com um azeite de 0,5% de acidez, depois um de 0,3%, e depois um (raro) de 0,15%.

Por falar em números, ao contrário do vinho, o melhor azeite é o mais novo. Isso porque naturalmente os compostos do alimento perdem suas propriedades conforme o tempo passa. Exposição à luz e ao calor aceleram essa perda, pois o azeite é termo e fotossensível. Os azeites mantidos em vidros escuros ou latas são os que mais aguentam os efeitos naturais do tempo na química. Em todo caso, valem as regras: quanto mais novo, melhor. Tolere no máximo azeites com 18 meses de idade, e na hora de comprar alcance as garrafas do fundo da prateleira.

Benefícios do azeite (se é que você já não conhece)

A dieta mediterrânea é famosa. Ficou conhecida a partir dos anos 1960, quando foi notado que nos países europeus ao redor do Mediterrâneo, sobretudo na Grécia e em sua ilha de Creta, os índices de doenças cardíacas era até 90% menor que em outros locais da Europa e do mundo.

Esta dieta possui alguns pilares de comportamento, como os exercícios regulares, mas o azeite é um dos principais ingredientes dessa receita de saúde. Na dieta mediterrânea a maioria dos óleos vegetais são substituídos por ele, como, por exemplo, a torrada e o pão, que em vez de ser consumida com margarina, é embebida com o óleo de oliva.

É por isso que nutricionistas e cientistas passaram a estudar a fundo os benefícios do azeite na alimentação. Para o coração, por exemplo, ele controla os níveis de colesterol, reduzindo o mau (LDL) e aumentando o bom (HDL). Sua composição, rica em ácidos graxos monoinsaturados, também é anticarcinogênica, evita a desmineralização dos ossos, é antioxidante (o cérebro é o principal beneficiado), além de muitos outros benefícios sutis. O consumo indicado diário é de 30g (duas colheres de sopa). Isso deve ser considerado antes do exagero, pois, apesar de todos os benefícios, o óleo é muito calórico: essas mesmas 30g possuem 265 Kcal. A dieta mediterrânea retira cerca de 35% das calorias diárias dos azeites, e o restante dos carboidratos e açúcares.

Dicas dos chefs

O uso do azeite possui vantagens sutis, mas que podem fazer a diferença. Por exemplo, nas saladas, despeje os fios de azeite antes dos outros temperos, pois isso aumenta o tempo que as folhas levam antes de começar a murchar. Nas grelhas, o azeite evita que a carne perca sucos que dão o sabor. Além disso, o azeite é ideal para conduzir o sabor dos temperos.

Mas os especialistas da cozinha mediterrânea não titubeiam no uso do azeite nem mesmo para as frituras. Muitas pessoas acreditam que o azeite deve ser consumido apenas frio. De fato, a melhor maneira de consumi-lo é in natura, na finalização dos pratos, mas com ele podemos ir além. Se utilizado em temperatura média, o azeite continua sendo o óleo ideal para uma cozinha mais saudável, pois, ao contrário de outros óleos, ele não penetra fundo nos alimentos (o que, além de tudo, mantém o sabor deles após fritá-los). Seus componentes químicos resistem a temperaturas de até 230ºC antes de fumegar e perder as características; a título de comparação, o óleo de soja aguenta apenas 180ºC.

O segredo da imersão em azeite é o controle de temperatura. Uma técnica utilizada por quem entende de fritura é a do pãozinho. Mergulhe um pedacinho de pão no azeite quando estiver esquentando. Se o pão afundar, o azeite está frio; se afundar e subir lentamente, está ótimo: 160ºC; se afundar e subir rapidamente, quer dizer que está próximo dos 180ºC; se não afundar, evite a imersão: o azeite está quente demais.

No caso de fritar várias vezes, sempre filtre o azeite logo após a retirada do alimento, para evitar que os resíduos anteriores alterem o sabor do próximo. O número máximo recomendado de uso do mesmo óleo é, para os chefs, cinco vezes.

E esse é o número máximo de parágrafos que escreveremos sobre azeite sem dar um pulo à cozinha, cortar uma pão italiano, dar aquela molhadinha básica com azeite e aproveitar a delícia que isso pode nos proporcionar. Então, até a próxima semana, quando falaremos de mais dois filmes de dar água na boca, com o Cinegastronomia da Revista Digital.

Fontes:

www.bbel.com.br

www.oliva.org.br

www.borgesalimentos.com.br

FOCO NA REGIÃO

As experiências gastronômicas de São Paulo

São Paulo é a cidade de maior referência de gastronomia no Brasil. Em diversas regiões você encontra não somente restaurantes de primeira classe de certas cozinhas, em especial por causa da imigração de diversas nacionalidades, como também feiras diversificadas, festivais e outras experiências culinárias inesquecíveis.

Como prova, de julho até aqui diversos festivais e feiras aconteceram, tanto pela iniciativa privada quanto governamental: Achiropita, O Mercado, o Festival de Sopas do Ceagesp etc. E vem mais por aí.

Neste post a Revista Digial da Spïcy vai te levar para as principais feiras e experiências gastronômicas típicas e/ou culturais da capital paulista, como as feiras de rua, e em breve, aqui mesmo no blog, você saberá sobre os festivais que a terra da garoa oferece. Vamos lá?

Centro e Bairros Imigrantes

Existem bairros que concentraram imigrantes ao longo dos dois últimos séculos na formação da cidade. Por causa disso, grandes surpresas gastronômicas, típicas dos países representados, podem ser descobertas até em locais bem escondidos.

Um exemplo é o bairro da Libertade, no centro da cidade. Concentra imigrantes japoneses, chineses e sul-coreanos, e por lá trabalham não somente famílias que mantém as tradições da cozinha à risca, como também novos chefs que experimentam modernizar o sushi, o temaki, o yakissoba e cia. Na Feira de Arte, Artesanato e Cultura da Praça da Liberdade (mais conhecida como Feira da Liberdade), você vai encontrar a verdadeira mescla entre a tradição oriental e a comida de rua. Tem a semana toda, mas de sábado a oferta (e principalmente a procura) é maior. Dica: fique de olho no calendário festivo, como o Ano Novo Chinês, e busque visitar o local numa dessas datas.

região do Bixiga, não muito longe do centro histórico, tem inúmeras cantinas italianas, e em muitas você vai degustar verdadeiras pastas ao som das modinhas típicas da Itália, não raro cantadas pelos donos e familiares do estabelecimento. É lá onde acontece a Achiropita, feira de comida italiana que atrai gente de toda a cidade nos fins de semana de agosto.

Pólo alimentar: Mercadão e Zona Cerealista

Ainda no centro, num bairro onde a diversidade imigrante é gigante, você encontra o Mercadão e a Zona Cerealista. O Mercado Municipal de São Paulo, depois da reforma de alguns anos atrás, ficou ainda mais atrativo. Além da arquitetura, são diversos motivos para você visitar o local:

  • *Você encontra ofertas de frutas nacionais raras, como as do cerrado, do nordeste e do norte, e também importadas do mundo inteiro. Já experimentou as mini uvas? Ou o kiwi sem acidez, o “kiwi banana”? Os feirantes alardeiam a novidade e oferecem aos interessados bons pedaços para degustação. Já vale um mini café da manhã;

  • *Empórios onde você vai alucinar com a oferta de queijos, conservas, temperos e azeites (por exemplo: facilmente você acha produtos com acidez abaixo de 0,3%);

  • *Isso sem falar da parte de peixes, das cachaças, dos doces típicos, tendas de famílias imigrantes tradicionais etc;

  • *Muita gente vai ao Mercadão para provar os gigantescos lanches de mortadela e os tradicionais pasteis de bacalhau; ainda que o número de vendedores seja grande, as filas na hora do almoço dobram os corredores do mercado tanto no térreo quanto no mezanino; o Bar do Mané é um dos responsáveis pela tradição, e por isso um dos maiores concentradores de fila.

Ao lado do Mercadão, mas do outro lado do rio Tamanduateí, fica a Rua Santa Rosa/Rua Mercúrio, a zona cerealista. Antigamente era uma região voltada para o atacado, mas após a repaginação de inúmeras lojas, hoje coloridas e simpáticas, ela abrange também os consumidores de varejo. Lá os preços são mais em conta, e a qualidade dos alimentos, frescos, é geralmente superior. Mas não são apenas cereais que você encontra: temperos, especiarias, queijos, alimentos orgânicos, massas integrais… tem de tudo, principalmente para quem busca variedade para uma alimentação mais saudável. Fica próximo ao metrô D. Pedro II, mas se você pretende voltar com muitas sacolas, vá de carro.

Feiras de Rua fora do centro

Selecionamos seis feiras que acontecem fixamente ou com certa frequência na cidade de São Paulo. A maior parte está relacionada aos food trucks, cada vez mais presentes na cidade. Mas esqueça a ideia de que são comidas de baixa qualidade: as feiras são comandadas por chefs, portanto são uma opção divertida para experimentar novos sabores, levar a família ou os amigos para uma experiência ao ar livre.

Butantan Food Park — é um local com mais de 1.600 m² onde food trucks, barracas e tendas vendem comida de rua por até R$25. Funciona todo dia, das 11h às 20h (22h, nas sextas e sábados). É o “herdeiro” da antiga Feirinha Gastronômica da Vila Madalena, que desde junho acontece aqui. Para ser um vendedor, existe um processo seletivo, e quem organiza tudo é a chef Daniela Narciso. O local é o novo ponto de encontro dos amantes da boa comida. Rua Agostinho Cantu, 47, Metrô Butantã.

Feira Gastronômica Mercado Pop — De conceito alternativo, o Mercado Pop é um espaço multicultural de Moda, Arte, Design e Música. O Piso Lisboa é seu espaço destinado à gastronomia, com especialidades de grandes restaurantes e chefs. Fica na Praça Benedito Calixto, que tem sua tradição entre o público da cidade que é alternativo e exigente. Esquina da Teodoro Sampaio com a Rua Lisboa, na altura da Henrique Schaumann.

Pátio Gastronômico Casa Verde — Organizado por Rolando Massinha, um dos pioneiros do food truck em São Paulo, a feira acontece nos fins de semana e também traz chefs comandando vans e barracas para todo tipo de gosto. Além da música, há uma cervejaria Mr. Beer e outras atrações para passar o tempo de forma completa. Opção para quem mora na zona norte. Fica na rua Relíquia, 383.

Feira Orgânica do Ibirapuera — Sábado é seu dia de aproveitar o parque Ibirapuera e de quebra levar alimentos de alta qualidade para seu almoço ou jantar. São 30 barraquinhas que vendem produtos orgânicos, in natura ou processados, e ainda você conta, durante o evento de café da manhã orgânico, com chefs que dão dicas de como integrar a culinária natural ao seu cotidiano. Abre das 7h às 13h, próxima à entrada Curitiba do parque.

Panela na Rua — Também na Benedito Calixto, a feira de food truck acontece toda quinta à noite e domingo no almoço. As barracas e food trucks ficam sob comando de chefs, portanto você pode esperar por boas surpresas neste evento semanal que ganha cada vez mais admiradores.

Taste of Centro — Aos sábados e domingos você pode participar de um tour pelos pontos históricos do centro antigo. O “passeio” atrai tanto turistas quanto os próprios paulistanos que querem uma imersão na cultura tradicional da cidade. A vantagem aqui é que você pode degustar as receitas de alguns restaurantes, bares, barracas gastronômicas e um café. Custa R$89 por pessoa; crianças abaixo de 5 anos não pagam.

Festivais Gastronômicos

Estes são pontuais e acontecem num dia, semana ou mês específico do ano. Neles, você não somente encontra pratos incríveis, como também pode comprar itens incomuns na nossa mesa, e a preços mais acessíveis que em empórios. Exemplos: O Mercado, dos chefs Checho Gonzales e Henrique Fogaça, o Comida de Rua Né, organizado pelo restaurante japonês Sakagura A1, e o Chefs na Rua, que entrou na programação da Virada Cultural deste ano.

Esse tema rende outro post inteiro. Portanto, hoje vamos revelar apenas dois eventos próximos, para você não perder a oportunidade e já se programar.

Festival Gastronômico Sabor de São Paulo é organizado pelo governo do Estado, e acontece já já, nos dias 27 e 28 de setembro, no Parque da Água Branca. Vá e não se arrependa, pois o objetivo do festival é consagrar e reconhecer os maiores frutos da culinária paulista.

Festival Gastronômico Orgânico de São Paulo – Sustentabilidade e Vegetarianismo: também no Parque da Água Branca, nº 455, mas nos dias 16 a 19 de outubro. O evento tem como objetivo difundir ideias práticas sobre o tema do título. Vale a pena visitar.

Agende-se, siga a Revista Digital e não perca os próximos conteúdos.

Fontes:

http://gq.globo.com/

http://www.hypeness.com.br/

http://www.animamidia.com.br/

http://guia.folha.uol.com.br/

PRIMEIROS PASSOS

Especial Utensílios de Cozinha: Os Essenciais

Continuando o especial sobre utensílios de cozinha, o foco da semana agora será: os itens essenciais seu arsenal culinário. É claro que a variedade de utensílios varia principalmente de acordo com o quanto que você cozinha, o tipo de prato que costuma preparar, quanto tempo você dispõe no fogão, além, é claro, de seus próprios caprichos. Mas existem objetos que devem estar sempre à mão, pois, além de servirem para funções que só eles fazem, economizam um precioso tempo durante o preparo da refeição.

Só para ver como a lista pode ser imensa, fazendo uma breve pesquisa (*) você descobrirá que, para quem cozinha em nível básico ou amador, a quantidade de itens já é bem grandinha. Confira:

abridor de garrafa de vinho, abridor de lata, batedor de ovos (fouet), cafeteira, conjunto de copos medidores, conjunto de colheres medidoras, cortador de pizza, descascador de legumes, espremedor de batatas, espremedor de laranjas, faca de chef grande, faca de pão, faca pequena, forma de bolo redonda, forma de pudim com furo no meio, frigideira ou grelha grande, jogo de panelas de inox, liquidificador, martelo de cozinha, moedor de alho, moedor de pimenta do reino, moedor de sal, panela de pressão, pinça grande para pegar alimentos quentes, pincel de silicone, ralador comum triangular, ralador de queijo de cilindro (daquele que vai à mesa), rolo de massa, sanduicheira, tesoura de cozinha, torradeira, duas peneiras de inox, tábuas de plástico, assadeiras de tamanhos variados, tigelas para misturar alimentos, espátulas de silicone, forminhas para bolachinhas, ítens para pia (escorredor, apoiador de detergente e esponja, rodo), jarras e garrafa térmica, potes com tampa para armazenar alimentos prontos na geladeira, potes herméticos para guardar alimentos secos na dispensa, refratários de diversos tamanhos.

UFA! E isso foi só o nível básico. Para quem vai morar sozinho pela primeira vez e não conta com ajuda de alguém para aconselhar, existem sites bem didáticos que ensinam o quê e em que ordem ir comprando as coisas básicas, como o blog Bbel. Conforme o tempo você vai descobrindo as necessidades e aumentando seu rol de utensílios. Fuçar na variedade de produtos da OXO no site da Spïcy também vai te encher de ideias para transformar a cara da sua cozinha. Link da marca:http://www.spicy.com.br/oxo

A título de curiosidade, aqui vai a lista de itens que os chefs em geral acham prioridade numa cozinha gourmet. Lembre-se que isso depende do tipo de experiências você gosta de fazer no seu laboratório culinário:

balança digital para receitas de confeitaria e panificação, batedeira planetária ou profissional, bico de confeiteiro, chaira e uma pedra de afiar facas, faca de sushi, faca elétrica, forma de cheesecake com lateral removível, forma de pão retangular, forma de torta com fundo falso para fazer quiche, frigideira grande, frigideira pequena, antiaderente para panquecas, maçarico, mandolin, paelleira, panela alta de capacidade mínima de 5 litros, processador de alimentos, ralador específico para raspas de cítricos, secador de salada, termômetro para medir temperatura interna de cortes de carnes inteiras, bandejas de gelo para congelar caldos, barbante culinário, formas de bolo diversas, formas individuais diversas, mini ramequins para suflês, panelas especiais para macarrão (tipo Le Creuset), pedaços de pano ou gaze para fazer sachets de temperos.

Itens que não são considerados essenciais, mas deveriam

Não vale a pena falar aqui da importância das panelas, copos, talheres e itens óbvios, não é mesmo? Em vez disso, que tal saber um pouco mais de itens que você, depois de ler, vai se perguntar: por que é que eles também não são itens obrigatórios em toda cozinha?

Por exemplo, a colher de bambu. Diferente da colher de pau, que prolifera bactérias, a colher de bambu naturalmente é autodesinfetante (!) e não deve em nada aos benefícios da madeira comum, como o fato de não riscar a panela e ser resistente ao fogo. Além disso, é ecologicamente correta. O mesmo vale para a tábua de bambu, que não retém cheiro, como as de polietileno, e não desgasta as lâminas das facas, como as tábuas de vidro. A única diferença é que os utensílios de bambu devem ser untados com óleo mineral, que é vendido em qualquer farmácia, a cada seis meses.

pilão, no post anterior, foi dado como um utensílio que caiu em desuso. Na verdade, devemos a ele uma errata: além de útil no preparo de molho pesto, o pilão também vai servir para quebrar nozes e outras oleaginosas, como castanhas e amêndoas; também é bom para macerar ervas e frutas, além de triturar alho como ninguém. Deu até pra sentir o gostinho da pizza áleo e óleo, não? Ele só não substitui o processador de alimentos, essencial para purês e temperos, um batedor (fouet) para o preparo de caldas, claras em neve e misturas, e oliquidificador, que dispensa comentários.

descascador de legumes não só economiza seu tempo comparando com o uso da faca, como também tem uma grande vantagem: ele raspa a casca de frutas e legumes bem fininho. Também serve para tirar lasquinhas de queijo e vegetais. E por falar em lasquinhas, não deixe faltar na sua bancada uma faca própria para cortar pão (para

fiambre), para não detonar aquela baguete ou ciabata da padaria que você mais gosta.

Uma faca de chef também deve constar na sua cozinha, pois corta alimentos maravilhosamente bem. Você deve tomar cuidado na hora de comprar: ela deve ter um bojo para proteger seus dedos, e deve ser de lâmina única ou de lâmina que entra no cabo (as lâminas que não entram no cabo quebram fácil).

Tigelas, tigelas! Tenha uma grande, de vidro, bem bonita, para servir saladas, e outras de tamanhos variados em inox, que é um material bem mais leve que o vidro na hora de preparar alimentos, e não pega cheiro como as tigelas de plástico. Ainda na ala dos utensílios grandes, quem gosta de fazer bolos e tortas deve ter fôrmas de fundo falso (removível), pois ajuda a desenformar sua obra-prima sem perigo de quebrar.

Apesar de muita gente não estar muito aí para a precisão, um conjunto medidor padrão pode fazer a diferença na sua receita. Afinal, colher de chá não é colher de açúcar, e caneca não é xícara. Em todo caso, guarde os números: uma colher de chá tem 16 mL e uma xícara tem 240 mL. Outras medias costumam ser variação dessas proporções.

Tenha na gaveta um pincel de cozinha, que pode ser tanto de silicone quanto de cerdas comuns. Além de distribuir o óleo na superfície do alimento muito mais uniformemente, o pincel de cozinha ajuda a reduzir no mínimo pela metade a quantidade de óleo utilizado (ou pasta, manteiga, margarina etc.). Aposto que você já pensou na dieta. Nota:escumadeiras também ajudam a tirar o excesso de óleo das frituras e a água dos cozidos. E já que falamos no material da moda, as espátulas de silicone estão cada vez mais em voga: além de não riscarem o fundo da panela na hora de raspar o tacho, elas aguentam bem as altas temperaturas; você só precisa fazer uma forcinha extra com cuidado, já que o material é flexível.

Por fim, um espremedor de laranja. Para quem mora em três ou mais pessoas, é um grande economizador de tempo no preparo do suco que é o preferido do brasileiro. E não tem nada melhor que uma laranjada feita na hora pela manhã, não é mesmo?

Utensílios que ajudam a decorar a cozinha

Existem objetos que, por ficarem sempre à mostra, também fazem parte dos itens de decoração da cozinha. O porta-papel (alumínio, plástico ou toalha), por exemplo, deve estar num lugar estratégico, visível e de fácil alcance, e em cores e material que combinem com os móveis e eletrodomésticos. O mesmo vale para os panos de copa e cozinha e seus devidos penduradores. Os utensílios de copa (geralmente de mesa, café da manhã e servidor de alimentos) também são valorizados pelo design, apesar de aparecer apenas nas refeições e em outro ambiente, dependendo do formato da cozinha.

Você já pensou como um saleiro pode dar um charme para o cantinho de condimentos ou o centro da mesa? Pense nisso quando for pesquisar o seu na Spïcy. Já na pia, os utensílios de guardar detergente, sabão, esponja e rodinho também podem ser comprados em conjunto, para ornar com o seu arredor.

Porta-facas, escorredor de louça, pendurador de panela, fruteira… muita coisa pode servir para dar ainda mais charme ao reduto dos chefs de sua casa. Portanto, no próximo post você vai saber mais sobre como pensar no design e organização da cozinha através dos utensílios. Até lá!

(*) Fontes:

http://www.dedodemoca.net/

http://gnt.globo.com/

http://bbel.com.br/

PRIMEIROS PASSOS

Especial Utensílios de Cozinha: A História

Este é o primeiro de três textos que a Revista Digital da Spïcy preparou no Especial Utensílios de Cozinha. Neste post você vai saber mais da história do uso dos instrumentos que determinaram ou foram determinados por nossa maneira de se alimentar.

A história da cozinha, e também de sua arquitetura, é praticamente a história da evolução do fogo e do fogão. Já a história dos utensílios são reflexos das dificuldades nutricionais, gostos e necessidades que cada civilização teve ao longo do tempo.

De acordo com os estudos arqueológicos, há evidências de que os recursos naturais que os homens primitivos tinham à mão determinaram a cultura culinária das civilizações. Por exemplo: povos que viviam próximos ao mar utilizavam conchas e cascos de tartaruga como cumbucas primitivas, o que delineou suas preferências alimentares. Os asiáticos, tão bem providos de certos tipos vegetais, utlizavam copos feitos de bambu; da mesma forma, os americanos pré-Colombo tinham diversas tigelas feitas de pedra.

Um dos aspectos mais interessantes da história dos utensílios de cozinha é a prova de que existe um “darwinismo gastronômico”, nas palavras da pesquisadora Bee Wilson. A especialista, em seu livro Consider The Fork, observou que na cozinha a tecnologia só sobrevive quando é útil, ou seja, o que é prático nunca sai de cena. Exemplos: a colher de pau e a própria panela. Estes sobreviventes foram capazes de moldar costumes tanto à mesa quanto no uso do fogão.

No entanto, é possível dizer que a história dos utensílios de cozinha tiveram maior desenvolvimento em três momentos da humanidade:

  • *A descoberta do fogo, graças ao qual foi possível fundir metais e produzir utensílios mais precisos, pois até então a pedra era o principal material culinário;

  • *A descoberta da cerâmica, que possibilitou moldar panelas e recipientes mais resistentes ao calor;

  • *E a primeira Revolução Industrial, que popularizou utensílios metálicos e facilitou a disseminação de hábitos de mesa da nobreza europeia.

O caso da cerâmica é ainda mais interessante. Por ser menos porosa, com este material o homem conseguiu fazer panelas rudimentares e pela primeira vez utilizar a água no preparo dos alimentos, que, até então, era basicamente cereais moídos e carnes assadas. Só para ver o quanto isso impactou na história dos costumes culinários do mundo, pense que foi graças aos primeiros ensopados que o homem conseguiu separar a gordura, utilizada a partir de então para refogar, guisar e fritar carnes e vegetais.

Os utensílios ao longo das Eras

Na Idade Média era comum cozinhar com fogo aberto, e os utensílios eram feitos de barro, ferro ou bronze; na época já existiam as panelas, frigideiras e caldeiras, além de facas, colheres, espetos e tesouras. No Renascimento surgiram as balanças, garfos e grelhas.

No século XVII, com a Revolução Industrial, pela primeira vez houve uma melhora significativa dos materiais e utensílios de cozinha. Nesta era, utensílios de maior qualidade puderam ser produzidos e vendidos por menores preços, o que ajudou a difundir certos costumes pela Europa afora; exemplo: o uso do garfo para comer macarronada. Além disso, graças à melhoria dos meios de transporte, os alimentos perecíveis puderam cruzar maiores territórios. Foi quando o consumo de pescados se intensificou, e novos pratos e modos de preparo foram inventados pelos chefs da época. Acompanhando o surgimento de novos pratos, vieram novos utensílios de corte e preservação.

A partir da Revolução Industrial, as mudanças de costumes e surgimento de novos utensílios seguiram uma cadência exponencial. No século XIX novos materiais figuraram nas cozinhas e mesas: cobre, novos usos do ferro, panelas de alumínio, cerâmicas de maior qualidade. Uma curiosidade: acultura francesa era muito valorizada na Europa e suas colônias, e por isso os utensílios, costumes e pratos de sua cozinha foram copiados mundo afora.

Em relação aos utensílios de cozinha, o século XX foi a era do plástico e seus derivados. Com a descoberta do material (que se deu, na verdade, em 1850, mas só mais tarde foi popularizado), utensílios pesados foram pouco a pouco sendo substituídos. Depois dos anos 1950, os lares foram invadidos por novos e inovadores produtos, impulsionados pela industrialização e da força propagandeada do “sonho americano”.

Curiosamente, apesar de o século XXI possuir muitas opções de materiais, tamanhos etc., há cada vez mais uma nostalgia por utensílios retrô; exemplo: batederias manuais. Uma prova dessa vastidão de oferta é a marca OXO, que possui inúmeros produtos tanto clássicos quanto inovadores. Ela surgiu no fim do século XX e já conquistou o coração dos chefs não só nos Estados Unidos, mas em todos os países onde a marca está presente. Confira a linha completa no site da Spïcy:http://www.spicy.com.br/oxo

Sobreviventes e aposentados

Os utensílios que mais sobreviveram ao tempo são os que vêm à mente toda vez que pensamos em cozinha: garfo, faca, colher e panela. Esta surgiu em 10.000 a.C. na América do Sul e representou uma revolução nutricional à humanidade: se antes os povos utilizavam conchas, cascos de tartaruga e até mesmo estômago de animais para preparar os alimentos, foi graças à panela rudimentar que o homem percebeu que podia usar a água para cozinhar, esquentar e amolecer o consumo de alimentos até então não duros demais para serem consumidos.

faca, de origem etíope, surgiu antes mesmo do fogo. Era multiuso, pois além de servir de arma, cortava em pedaços os alimentos que os dentes não podiam triturar. Curiosidade: algumas das leis da etiqueta à mesa surgiram na França para evitar que acidentes acontecessem no manejo da faca nos banquetes da aristocracia.

colher surgiu provavelmente três séculos antes da era cristã. Antes dela eram utilizados galhos e conchas para se alimentar de líquidos e substâncias pastosas.

garfo seria o caçula deste time de sobreviventes, pois apareceu apenas no século XI, já na Europa. Havia muito preconceito quanto ao seu uso, já que seu formato é análogo ao tridente do diabo, e a Idade Média levava mais a sério os símbolos religiosos. A superstição caiu abaixo quando os italianos passaram a utilizar o garfo para a macarronada, e o costume foi logo associado à nobreza: costumava-se comer macarrão com a mão, o que, após a popularização do garfo, ficou associado às classes baixas.

Mas nos anais da história culinária também há utensílios aposentados, sejam por motivos de obsolescência ou mesmo fracasso. Por exemplo: em 1940, um australiano criou o spork (spoon + fork), uma mistura de colher e garfo. Apesar da boa intenção, na prática o utensílio não cumpria nenhuma das duas funções, e não resistiu ao desuso.

batedor de ovos manual, que surgiu no fim do século XIX nos Estados Unidos e foi popularizado para produzir bolos, claras em neve e outras misturas, teve vida de mais ou menos cem anos, pois em 1971 surgiu a batedeira elétrica. No entanto, o mercado prova que o batedor manual pode voltar à vida, em especial aos amantes nostálgicos da cozinha.

Por fim, o pilão. O utensílio surgiu há 20 mil anos na África com fins de triturar cereais e ervas, o que foi a causa da sensível melhoria nutricional e medicinal das tribos. Nas cozinhas de hoje ele não costuma ser utilizado, a não ser para fazer molho pesto ou servir de decoração, já que os processadores de alimentos cumprem a função em tempo muito inferior.

Não perca na próxima semana a continuação do Especial Utensílios de Cozinha, com mais curiosidades e fatos para você que é apaixonado por gastronomia..

Fontes:

http://www.antiquariocasarao.com.br/

http://revistaepoca.globo.com/

“Memórias Gastronômicas de Todos os Tempos” (Ed. Zahar)

FOCO NA REGIÃO

Viagem a Roma

Roma é conhecida por sua história, arquitetura e cultura. É um das opções obrigatórias para quem vai à Europa pelas muitas opções de museus, praças, igrejas e monumentos. Além disso, conforme a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a Itália abriga 70% do patrimônio histórico e artístico do mundo.

Existem muitos pontos turísticos para visitar e alguns dos principais são:

  • Coliseu – Listada entre as Novas Maravilhas do Mundo pela UNESCO desde 2007. Diz a história que gladiadores lutavam na arena e que o Coliseu, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões. A entrada custa por volta de 12 euros.
  • Vaticano – Sede da Igreja Católica e residência oficial do papa, é um dos países mais ricos do mundo! É possível encontrar várias obras de ilustres artistas, como Leonardo da Vinci, Caravaggio, Rafael etc.
  • Piazza di Spagna – É um dos mais deslumbrantes locais de Roma. Possui esse nome, pois a região pertenceu à embaixada espanhola no século XVII. É um ponto de encontro diurno e noturno dos romanos e turistas. Tem uma escadaria monumental em três seções. Na seção central possui outras escadas que sobem nas laterais e levam à igreja de Trinità dei Monti.

Incrível, né? Ainda existem MUITOS outros pontos turísticos, mas vamos falar um pouco sobre a comida italiana? Por que não começar falando da pizza?  Os principais temperos de lá são: orégano, manjericão, salsa, alecrim e sálvia. Não podemos deixar de falar do queijo, um alimento muito apreciado! São produzidos mais 400 tipos! Uau! Sem contar que o vinho e o pão estão sempre na mesa nas refeições principais. Se quiser uma sobremesa, procure um gelato (sorvete italiano). Mas vá em busca daqueles artesanais que são os mais gostosos. Os vendidos perto dos pontos turísticos costumam ter o mesmo sabor do sorvete daqui. 😉

Que vontade de ir para Roma, não é mesmo? É uma viagem que vale muito a pena. Se programe e vá conhecer esse lugar tão encantador!

DICAS E TÉCNICAS

O Design na Cozinha: Tendências, Cuidados e Sugestões

O mês de julho na Revista Digital foi dedicado inteiramente à cozinha, a especialidade da Spïcy. Para encerrar com sobremesa, o tema do post da semana é aquilo que mais encanta numa casa bem decorada: o design, justamente deste cômodo tão especial. Confira abaixo algumas tendências, cuidados no planejamento e sugestões de arquitetos e decoradores para você ter mil ideias de como criar a cozinha dos seus sonhos mais gourmet.

Tendências e sugestões

Na opinião de especialistas, as cores vibrantes chegaram para ficar de vez, mas desde que sejam apenas complementares. Por exemplo: armários amadeirados e/ou brancos são mais sóbrios; se os armários tiverem frisos em laca em tons vermelhos, bordô, azuis ou mesmo verdes, eles quebram a sobriedade do ambiente. As cores vivas não podem ser predominantes, especialmente em áreas pequenas, pois cores vibrantes causam a ilusão óptica de reduzir o espaço.

A contramão dessa ideia, mas igualmente na moda, é arriscar uma cozinha em preto e branco, intercalando bancada, tampões, armários, eletrodomésticos e detalhes nas cores. Fica a dica para quem preza por elegância acima de tudo.

Cozinha simples ou sofisticada? Independente do gosto, a cozinha que é planejada para os dias atuais precisa unir beleza e praticidade. Um exemplo dessa máxima é a presença cada vez mais comum, independente da cara do ambiente, de puxadores embutidos e corrediças telescópicas (com amortecedor). Elas facilitam o dia-a-dia e ainda valorizam o ambiente, deixando tudo à mão sem deixar partes dos móveis expostos a esbarrões.

Quanto ao estilo da cozinha, fique atento às dicas do seu designer para unir seu gosto pessoal com as expectativas que você tem do ambiente. Exemplo: uma cozinha simples, porém moderna, pode ganhar esses ares se uma das paredes for decorada com os adesivos próprios para parede. Os adesivos especiais podem ser de temas de alimentos, cozinhas gourmet, ou mesmo personalizados ao seu estilo de vida, como imagens relacionadas a música ou cinema.

Outra sugestão, porém mais sofisticada, é incluir plantas ao ambiente. Uma grande mesa de cumaru ou similar (de preferência de madeira reflorestada), bem visível, não apenas quebra a modernidade dos eletrodomésticos, como ainda inclui o elemento madeira ao ambiente, relacionado, no Feng Shui, à prosperidade e à família. As plantas, ervas e temperos naturais podem ficar em vasinhos no centro da mesa, harmonizando o verde das folhas ao marrom da madeira.

Para quem gosta de ares ultramodernos, industriais ou de cozinhas de alto padrão de restaurantes, estão em voga as bancadas feitas com inox sob medida. O aspecto fica ainda mais valorizado com portas e tamponados também em inox, além de eletrodomésticos e utensílios no estilo. Escolha uma cor para aqui e ali quebrar com o ar metálico, para não sobrecarregar sua impressão visual.

Uma dica para quem aprecia o estilo inox e quer incrementar a cozinha, é conferir a linha de produtos da WMF. É uma marca exclusiva da loja e de vendedores premium de algumas cidades alemãs, suíças ou francesas — e da Spïcy, no Brasil. Não oferecemos apenas produtos nesse acabamento, mas, de panelas a infusores de chá, de facas profissionais a eletrodomésticos, o inox definitivamente é o tema destaque da WMF. Confira aqui: http://www.spicy.com.br/wmf

Cuidados ao planejar o espaço

O sistema de iluminação embutido nos móveis também embeleza o ambiente, pois você pode focar a luz apenas onde pretende usar. Luz geral não valoriza os detalhes e as sub-áreas da cozinha. Além do mais, para quem prefere a cozinha tipo americana, a iluminação embutida ainda facilita para que a luz de um espaço não interfira no bem estar do outro. Só não se esqueça de planejar a fiação e o ponto elétrico para os interruptores.

Aliás, atenção ao posicionamento das tomadas, ligação de gás, tamanho dos eletrodomésticos e à dimensão dos móveis. No caso desses dois últimos, é bom que você, ao planejar a cozinha, tenha os eletrodomésticos antes de encomendar os móveis; ou ao menos tenha em mente um modelo do aparelho que pretende comprar muito em breve, para saber suas medidas antes de sentar com o decorador ou arquiteto. Seria muito frustrante sair quebrando algo que você acabou de construir porque a geladeira não coube, ou ainda ver que o microondas ficou dançando no armário.

Quanto às ligações de gás, lembre-se que o forno de embutir deve estar próximo a ela, e que a entrada é pela lateral do aparelho. Já os modelos convencionais de fogão de piso têm a entrada de gás por trás. E se sua cozinha é ou será de bancada, é importante que ela tenha bocas de tomada embutidas no frontão ou na parte superior. É aconselhável que uma das tomadas seja 220V. De resto, é aproveitar a praticidade desta cozinha, onde todos os eletrodomésticos têm vez a qualquer hora.

Cozinhas Pequenas

O essencial numa cozinha pequena é aproveitar os espaços e valorizar o ambiente. Armários embutidos são a solução na maioria dos casos. Fique atento à quantidade de armários, porque, falando de design, a presença de muitas portas e tampas dão impressão de sufocamento e não passam elegância à cozinha. Ou seja, para cozinhas pequenas você também terá que selecionar muito bem quais os utensílios essenciais que irão figurar no espaço, pois não vale a pena encher todos os cantos com armários e compartimentos.

Temos que ficar de olho para que o excesso de móveis “para aproveitar o espaço” não obstrua ou dificulte a passagem. O ideal é ter 120cm de passagem (duas pessoas lado a lado), mas, na falta de opção, deixe pelo menos 60cm. Já o balcão (dica que vale para qualquer cozinha) deve ter próximo a 90cm de altura e 60cm de largura. Uma outra saída, se você tem como ajustar a casa para as mudanças, é tentar integrar a cozinha à sala de estar, fazendo da bancada (que vai servir de mesa) a divisória entre o espaço da cozinha e a sala — criando uma cozinha americana, que vale uma dedicatória especial nesse post.

Cozinha Americana: ser gourmet é também ser social

A cozinha tipo americana é aquela em que possui um balcão ou ilha central e que não separa com parede fechada o ambiente da sala. Nas bancadas ficam as bocas do fogão embutido ou as bocas do cooktop. Começou a figurar nas casas modernas há cerca de uma década porque, culturalmente, o ato de cozinhar tornou-se mais que o preparo da refeição: virou uma ocasião social. E é mesmo. Com o design da cozinha americana o(a) chef não deixa de sociabilizar com os amigos enquanto tempera o queijinho, prepara um aperitivo ou cuida da refeição principal, pois continua ouvindo e vendo os amigos ou familiares que estão na sala de estar curtindo vinho, conversando ou vendo TV. No entanto, ao projetar o design dos ambientes, dê contraste entre eles, para que não se tenha a impressão de que é um cômodo só.

Com o design da cozinha americana o centro das atenções definitivamente vira o fogão. Por causa da localização do fogo, que está no centro do ambiente, e também para evitar que o cheiro da comida agrida o ambiente da sala de estar, é essencial ter um depurador de ar ou coifa capaz de dar conta do recado. Para complementar, ao redor da bancada você deve instalar banquetas que combinem e dêem estilo à mesa (no caso, a bancada, quando a refeição for mais casual). Dependendo de como você organizar os utensílios e a disposição dos eletrodomésticos, os convidados vão ficar com a boa impressão de que a sala de estar possui uma área gourmet integrada.

Ideias, ideias, ideias. Se nossa equipe, que trabalha com cozinha e design todos os dias, já ficou fervilhando com as sugestões da Revista Digital, imagina você, que chegou nesta página justamente para se inspirar. Mas se sua cozinha já está prontinha e você não quer mudar tão cedo, confira na loja Spïcy os produtos que por si só mudam a personalidade do ambiente. Confira.

(*) Fontes:

www.vidaeestilo.terra.com.br

www.cozinhadesign.in78fo

PRATOS PRINCIPAIS

Curry de Camarão

INGREDIENTES

1 cebola pequena
5cm de gengibre fresco
½ colher (chá) de sal
½ colher (chá) de açúcar
¼ de xícara de óleo vegetal
1 pimenta dedo de moça
200ml de leite de coco
500 gramas de camarões grandes (limpos)

 

MODO DE PREPARO

Descascar a cebola e o gengibre e cortar em pedaços grandes. Levar a um processador com o sal, o açúcar e o óleo vegetal. Bater até formar uma pasta. Levar a mistura a uma frigideira quente e refogar até que comece a dourar. Adicionar o masala e a pimenta dedo de moça picada, deixando refogar por mais dois minutos. Cobrir com o leite de coco e deixar engrossar um pouco, até que, ao passar a colher, seja possível ver o fundo da frigideira. Adicionar os camarões e cozinhar por cerca de 3 minutos, até ficarem rosados. Servir imediatamente o Curry de Camarão, acompanhado de arroz branco, jasmin ou basmati.

FOCO NA REGIÃO

Gastronomia em New York

Ao falar de gastronomia, Nova York daria uma dinâmica enciclopédia. Isso porque a cidade possui, ao todo, cerca de 23 mil restaurantes, e muitos deles estão com frequência se renovando. Culinárias do mundo inteiro se encontram nesta metrópole, o que faz de NY a capital gastronômica mundial.

Para quem visita a Big Apple e quer uma verdadeira experiência gastronômica novaiorquina, existem algumas dicas básicas. A primeira é: reserve sua mesa. Mesmo com tantas opções, os locais lotam facilmente. Os points da moda exigem o planejamento de reservar mesa semanas antes; felizmente, na maioria dos casos alguns dias de antecedência são suficientes para garantir lugar. Aproveite a ligação de reserva para perguntar se o local exige traje específico e, principalmente, se aceita cartão de crédito.

Outra dica é: os restaurantes enchem entre 19h e 21h. Saber disso é importante ao planejar seu roteiro e tentar combinar horários, como, por exemplo, antes ou depois de ver um musical. Se você faz questão de ir a um restaurante famoso para sentar-se entre celebridades, vale a pena pensar em jantar mais cedo ou mais tarde, quando as mesas estão mais disponíveis.

Sugestões cinco estrelas na Big Apple

A lista que a Spicy preparou abaixo contempla a diversidade culinária da cidade, mas foca na experiência gastronômica que você busca em NY. A maioria dos restaurantes é cinco estrelas, baseado nos próprios rankings de sites especializados, como a NYC, RG, Zagat e TimeOut. Atenção: grandes chances de você sentar numa mesa ao lado de sua celebridade favorita.

Nobu 57 (40 W 57th Street) é o restaurante do venerado chef Nobu Matsuhisa, responsável por revolucionar o conceito de sushi em NY. Suas mesas são tão disputadas que existe até um Next Door Nobu (105 Hudson Street), feito para turistas desavisados, mas com pratos (e preços) igualmente deliciosos. Vale a investida no sushi de pele de salmão e no tempura de pitu com ponzu.

Indo de Japão para França, a Balthazar é a brasserie tipicamente francesa mais famosa da Big Apple. Fica na 80 Spring Street e é bem frequentada especialmente nos brunchs de fim de semana. Duas sugestões: a especialidade da casa, prato de frutos do mar de três andares, e o frisée aux lardons, que deixa as pessoas sonhando o resto do dia com frango assado e purê.

Aquavit (Park Avenue Tower, na 65 East 55th Street) oferece serviço cinco estrelas com ótimas comidas nórdicas, na mistura ideal entre respeito às tradições da região e o uso de novas técnicas culinárias. E também tem uma grande carta de vinhos que vale a pena conferir.

Aureole desde 1988 é um dos mais finos restaurantes dos EUA. Seu dono, o chef Charlie Palmer, foi um dos responsáveis por colocar a cozinha americana na lista da alta gastronomia. Sua localização, na 135 West 42nd Steet, é ótima, com mesas com lindas vistas panorâmicas da cidade. Uma mistura de elegância e contemporaneidade urbana.

No Le Cirque você irá fruir de um dos mais amados restaurantes de NY. Seu dono, Sirio Maccioni (que já foi tema de documentário na HBO), trouxe ao local um ar nouvelle vague. Uma verdadeira mistura de cozinha francesa com culinária contemporânea na 151 East 58th Street. Também francês, o bistrôOdeon (145 West Broadway) é ainda mais moderno,  e por isso bastante disputado na movimentada região dos teatros musicais.

Il Buco (47 Bond St) não só é charmoso, como é um dos preferidos por turistas que buscam uma experiência gastronômica refinada, completa, mas simples. Para um jantar romântico, reserve uma das mesas no terraço.

Employees Only é o local para visitar até altas horas, mesmo na madrugada. Você pode até não dar muita coisa pela decoração local, mas quem entra no 510 Hudson Street poderá experimentar não só pratos interessantíssimos, mas drinks preparados com requinte pelo próprio co-proprietário Jason Kosmas.

Peter Luger (178 Broadway) não está nessa lista por causa do serviço, que não é cinco estrelas, mas por causa de sua especialidade: o corte de carne porterhouse, bem passado por fora e  vermelho por dentro. Praticamente uma iguaria.

Pizza também não é uma experiência de requinte, mas a Lombardi’s, na 32 Spring Street, merece entrar na lista simplesmente por ser a pizza mais antiga numa cidade que é famosa por seus pizzaiolos. Experimente a de pepperoni ou a de almôndegas com tomate.

Também falando de cozinha italiana, o Il Mulino (86 West 3rd St) é é muito famoso pelos surpreendentes pratos que os irmãos Gino e Fernando Masci preparam para seus famosos clientes.

A cereja do bolo de NY é, atualmente, o aclamadoPer Se. O restaurante, que fica no 4º andar do Time Warner Center, é o atual #1 da Zagat (especialista em restaurantes gourmet), e por duas vezes consecutivas. Esqueça a conta final: o Per Se é seu momento de indulgência em NY. Da entrada ao café, a experiência é longa, se estendendo por até 9 pratos, como a panacota de couve-flor, a lagosta na manteiga e o cone de salmão. Cada prato é uma verdadeira joia culinária. Há pessoas que ficaram mais tempo no telefone tentando reservar mesa do que no restaurante. Mas, se valeu a pena? Ninguém nega.

Uma tendência na cidade

Em Nova York, jantar está mais relacionado a sair de casa do que se alimentar. Por isso, o que tem acontecido bastante ultimamente é o surgimento de restaurantes gigantescos que, se por um lado oferecem pratos com porções reduzidas, por outro são garantias de capricho ao comando de chefs consagrados.

Nessa leva, um dos exemplos que a revista TimeOut NY aponta são o Stanton Social (99 Stanton Street), restaurante de três andares bastante movimentado que oferece cerca de 50 pratos no menu, entre eles os miniburgers de Kobe e as ostras crocantes Rockfeller.

PS 450 (450 Park Ave S), é um restaurante e também lounge com mais de mil metros quadrados, onde os pratos são basicamente petiscos, como taquitos de pato; os coquetéis, em compensação, vêm em jarras. Buddakan ocupa um antigo depósito em 75 9th Avenue; tem uma decoração inesquecível e oferece, como carros-chefe, pratos da culinária chinesa.

E se o tour for mesmo inesquecível?

Depois dessa experiência na Big Apple, ao voltar para casa seus sentidos estarão mais aguçados para mais e mais experiências gastronômicas — feitas, inclusive, por você. Para isso, será necessário ter uma cozinha equipada com utensílios cujo material seja propício para seus experimentos e genialidades.

Ao passar na Spicy, aproveite a inspiração novaiorquina e confira os produtos da norteamericana Cuisinart. Mesmo sendo uma marca relativamente nova (35 anos), a evolução de sua linha não passou apenas por projetos no papel e computador. Famosos chefs testaram cada lançamento e implementaram melhorias ano após ano, o que faz da Cuisinart uma referência para quem se arrisca ou domina a alta cozinha.

Link da marca: http://www.spicy.com.br/cusinart

Conforme foi falado, Nova York possui infindáveis opções de restaurantes, e a lista neste blog é quase simbólica. Se você quer ir atrás por si das suas preferências, crie seu próprio roteiro em NY utilizando os sites especializados que a Spicy consultou.

RG NY divide os restaurantes de acordo com o distrito novaiorquino. A Zagat possui ferramentas de busca muito precisas sobre tipos de cozinha, localidade, preço e inúmeros critérios. ATimeOut oferece listas dos melhores restaurantes de acordo com a especilidade: os melhores sushis, pizzas, etc. Por fim, a New York Serious Seats montou roteiros temáticos, como “clássico”, “Kids” e “Just Good food”. Escolha o seu e delicie-se nesta cidade inesquecível.

Fontes:

http://rg-ny.com/

http://www.nyc.com/

http://www.zagat.com/

http://newyork.seriouseats.com/

http://www.timeout.com/newyork/restaurants

FOCO NA REGIÃO

Viagem a Nova York – o melhor da Big Apple

Ela nem é capital do país, mas geralmente é a cidade mais lembrada pelos brasileiros quando querem viajar aos EUA. Nova Iorque, ou Nova York, ou mesmo Big Apple, recebe anualmente uma quantidade de turistas suficiente para repopular a cidade de São Paulo, sendo que cerca de 700 mil desses visitantes são brasileiros.

Mas o que faz dela tão especial? Depende da pessoa. É por isso que neste post sobre Nova Iorque a Spicy dividiu o texto de acordo com certos perfis de turista, ou tipos de atrações turísticas: loucos por museu, turista de carteirinha, comprador fanático, cantando na Broadway e apreciador da boa culinária. Ou será que você é tudo isso e mais um pouco? Confira abaixo.

Loucos por Museu

O louco por museu é aquele que não vê as horas passarem dentro dos enormes salas temáticas, sejam esses temas as artes modernas, a botânica ou a história de Napoleão. Quem gosta, tem que dedicar uma manhã ou tarde inteira para cada museu, e mesmo assim não vai dar pra ver nem 10% de tudo. O louco ainda volta na próxima viagem!

Se você aprecia a boa arte, visite o Guggenheim Museum, cuja arquitetura em si já é uma atração; ele possui um grande acervo de obras de arte, como Picasso, Kandinsky, Monet e Van Gogh. Para ver arte mais moderna, a parada principal é o MoMA, Museum of Modern Art, que tem mais de 150.000 obras, entre pinturas, esculturas, fotografias, design contemporâneo etc.

O Museu de História Natural é para os curiosos por ciência; lá você verá desde ossos de dinossauros de 27m a um grande acervo de vida marinha e botânica; sem contar o show do Planetarium, uma viagem entre os astros de nosso universo, e os artefatos primitivos, que, no total, somam-se aos 32 milhões de itens que o local oferece.

O Metropolitan Museum of Art, que completa 140 anos em 2014, é a maior galeria de arte dos EUA. O acervo inclui itens de culturas do mundo inteiro, como a egípcia, a grega, a islâmica e a japonesa. The Cloisters é uma atração alternativa do MET, pois se dedica à arte medieval, com artefatos da nobreza europeia da era entre o século IX e XVI.

Turista de carteirinha

Na check list do turista de carteirinha estão todos os lugares que são cartões postais da cidade, geralmente vistos toda hora nos filmes do cinema norte-americano. E para começar por cima, a parada obrigatória dele é subir no mirante do 102º andar do Empire State Building. A fila é sempre grande, mas a vista, no fim das contas, vale a pena, principalmente à noite, porque o elevador fica aberto até depois da meia-noite. Uma alternativa para ver a cidade de um mirante é no Top of The Rock, no Rockefeller Center.

Outro local que você vai encara filas é para visitar a Estátua da Liberdade. É preciso adquirir bilhetes que incluem a passagem da balsa (ferry boat), ou você pode chegar lá de water taxi. No entanto, para subir até o mirante da estátua você paga uma outra taxa adicional.

A Times Square não tem filas, mas obviamente tem muitos transeuntes pelas ruas enfileirados. É um local de confluência de duas grandes avenidas e 12 cruzamentos, o que a torna ainda mais movimentada. E muito iluminada, graças à tantos anúncios eletrônicos e neons dos edifícios. Aproveite e tire uma selfie com aqueles letreiros de fundo.

Já se você prefere o sossego (se é que podemos dizer que em NY há sossego!), há, obviamente, o famoso Central Park, o oásis no meio da metrópole com 1 Km de largura e 4.1 Km de extensão. É tão grande que existem, ao longo dele, 7 estações de metrô. No inverno suas pistas de patinação são bem famosas. Também há, alternativamente, o High Line, um parque elevado que cruza uma milha inteira em meio aos prédios da cidade.

A Ponte do Brooklyn possui 2 Km de extensão e é outro cartão postal imperdível. Você pode atravessá-la a pé ou de bicicleta, e ainda aproveitar e almoçar na região do Pier 17. O melhor trajeto a se fazer é partindo do Brooklyn, já que, assim, você aproveita a vista skyline da ilha.

Outros locais que valem a visita: o Marco Zero (memorial ao World Trade Center), Dakota Building (onde John Lennon foi assassinado), China Town (o bairro da Liberdade de lá), a Wall Street e o Charging Bull (o símbolo da bolsa de NY, sempre presente em filmes de Hollywood), a sede da ONU (que possui visitas guiadas até em português) e o Museu de Cera Maddamme Tussauds, que não é exclusividade da cidade, mas é bem divertido.

O comprador fanático

Nem chega a ser uma categoria, afinal, quem é que não volta com mais bagagem de uma viagem aos EUA? A diferença é no tipo de compra que você busca: roupas de marca e eletrônicos são os mais comuns.

Aproveite a ausência do tributo de importação: aqui é o lugar para adquirir equipamentos eletrônicos, como iPads, câmeras e laptops. A loja B&H Photo Video é sempre um paradeiro de 10 em 10 turistas que visitam NY. A dica é passar lá logo no 1º dia, assim você já se equipa para o resto da viagem. Apenas fique atento à quantidade de itens que você pode trazer na bagagem de volta.

A Macy’s da Herald Square é a maior loja de departamento da Big Apple. Na verdade é a maior loja do mundo, conforme sua fama. Pense numa loja que tem de tudo. É lá. Prepare-se para enlouquecer com tanta variedade de produtos, em especial roupas. Já a loja Barney’s é uma versão mais luxuosa da loja de departamento, pois traz em seu rol uma série de marcas de estilistas e designers. Mas se este for o seu foco, o ideal é escolher a marca e buscar o endereço das lojas próprias em NY. Ou, ainda, reservar um dia para visitar a outlet Woodbury Commons, que fica fora da ilha de Manhattam.

Na contramão dos gastos, a loja Jack’s 99¢ Store (Jack’s World) é como um supermecado onde tudo é vendido por 99 centavos de dólar. E não são produtos de má qualidade; só vendo pra crer. É outra loja que vale a pena visitar no 1º dia, assim você tem uma noção do que pode economizar na sua viagem inteira, de doces a utensílios domésticos.

Quem vai viajar com crianças não pode esquecer de ir à maior loja de brinquedos, a Toys ‘R’ Us, e também à M&M’s World, um verdadeiro arco-íris dos famosos confetes de chocolate. Por outro lado, se a intenção é fazer crianças, vale a visita à loja de lingerie Victoria’s Secret.

Cantando na Broadway

Outra atração imperdível são os musicais da Broadway: tem que ver pelo menos um. Rei Leão, Homem Aranha, Cats, Chicago, O Fantasma da Ópera, Os Miseráveis, Rent, Wicked, Grease, pode escolher, pois é um melhor que o outro. E essa lista é só a ponta do iceberg.

Em geral os espetáculos são tão, digamos, espetaculares, que as casas estão sempre cheias. O preço pode assustar: US$150 pelos melhores assentos, US$80 por poltronas nas laterais. Porém, quem vê, não se arrepende, até mesmo vendo de longe. A boa notícia é que há um jeito de economizar metade desse dinheiro.

Apesar de encherem, raramente as sessões lotam. Agumas empresas são autorizadas a vender os tickets restantes para o show da mesma noite com preço reduzido, oferecendo 25% a 50% de desconto sobre o preço cheio. A mais conhecida, TKTS, possui guichês na Times Square e no Pier 17, onde as filas são menores; dá pra comprar também pela Seasons of Savings, Broadway Box, Theater Mania e Play Bill. Dar uma olhada em sites como eBay também pode render bons descontos. Por fim, há a possibilidade de comprar Standing Tickets (assistir de pé ou sentado no chão) direto na bilheteria, no dia da apresentação. E sempre tem gente vendo de pé, para ter uma noção de como o musical vale a pena. Só o que não pode é voltar ao Brasil sem ter visto ao menos uma dessas grandes produções.

Dicas essenciais de economia

Para se transportar, adquira logo no 1º dia, assim que chegar, em qualquer estação de metrô, um Metrocard, que vale para uso ilimitado de viagens em metrô, ônibus e bonde por um certo número de dias (7 ou 30). A economia é gigantesca se você for usar o transporte público várias vezes ao dia — o que é bem provável, já que as quadras de NY não são tão próximas quanto a gente imagina.

Se você pretende ir em várias atrações turísticas, pense com carinho em adquirir um NY City Pass ou um New York Pass. As vantagens são semelhantes. No primeiro caso, por exemplo, você paga US$109 e tem direito a ir em até 9 dias em quase todas as atrações (o que sairia, no total, mais de 140 dólares). Mas isso só vale a pena se você é desses que quer ver tudo e tem à disposição uns bons sete a dez dias de passeio.

Em NY você vai passar bons pedaços do seu dia em filas para as atrações turísticas. A do Empire State Building, por exemplo, é a maior de todas, e são três: a de ingresso, a da entrada e a da segurança. Para pular parte dessas filas, é bom negócio adquirir os bilhetes pela internet. O City Pass e NY Pass também cortam a fila da bilheteria.

Há também dias específicos, geralmente às sextas-feiras à tarde, em que as atrações, como museus, são gratuitos. Mas isso só vale a pena se você estiver viajando com orçamento apertado, pois o ideal é visitar o museu no dia que estiver chovendo, ou seja: é melhor deixar pra decidir no próprio dia, em vez de engessar seu roteiro.

No começo do texto falamos que dividimos as atrações em Museus, Turismo, Compras, Broadway e Gastronomia. Mas é claro que a Spïcy, especialista em cozinha, vai se dedicar muito mais aos restaurantes de NY. Na próxima semana teremos um texto só pra isso e vamos deixar você satisfeito com tanta informação boa. Reserve a sua mesa!

Fontes:

http://www.timeout.com.br/

http://www.viagemparanovayork.com.br/

http://rg-ny.com/dicas/descontos.htm

BEBIDAS

Melancia e Tequila com borda de Chilli Salgada

INGREDIENTES

1 Melancia
400ml de Tequila
2 Pimentas Chili
1 Limão tahiti
Sal

 

MODO DE PREPARO

Amasse a melancia, bata no liquidificador com a tequila;
Coe o líquido, e reserve. Prepare as taças passando um gomo de limão em volta de cada boca de taça, depois as vire sob um prato com pimenta chilli em pó e sal;
Sirva o líquido nas taças.