FOCO NA REGIÃO

Portugal: os melhores destinos na pátria-mãe

Se Portugal para os europeus é um país cheio de atrações exclusivas, imagine para nós, brasileiros, que temos laços com a pátria-mãe. O pequeno país é repleto de pontos turísticos de todos os tipos: praias, penhascos e vinículas; castelos, palácios e fortalezas medievais; arquitetura romana, moura e gótica; cidades portuárias, metrópoles e até vilarejos com muita vida noturna; isso sem falar das referências culturais que com certeza vão tocar o coração do brasileiro apaixonado por história. Confira agora o especial da Revista Digital da Spïcy pelas cidades portuguesas.

O centro com Lisboa, Cintra, Évora e arredores

A capital portuguesa foi estabelecida na região da foz do Rio Tagus e entre sete montes e morros, o que faz com que a cidade seja vista de diversos ângulos e paisagens. O Castelo São Jorge, por exemplo, fica no topo de um morro e é visto por quase toda a cidade. A construção possui 18 torres e muralhas que passaram por importantes momentos históricos, como a reconstrução moura do século X, a retomada na 2ª Cruzada (sec. XII) e a morada do rei Alfonso III.

Mas Lisboa é muito mais que história. Seus bairros coloridos, o tradicional fado, os becos charmosos, as lojas típicas e os azulejos azuis da decoração das casas dão as tonalidades da cidade. Além disso, a região tem catedrais góticas, pontes impressionantes e uma série de locais de referência à religião católica (ex.: Mosteiro dos Jerônimos) e à era das Grandes Navegações, como o Museu Marítimo, o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém — construída em 1515 para defender a cidade com um bastião de 17 canhões; a torre possui uma famosa estátua da Nossa Senhora do Bom Sucesso e é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco.

A cidade de Évora guarda muito da arquitetura Romana, pois foi um centro promissor há mais de dois milênios. É uma pequena cidade fundada próxima ao rio Alentejo, e seu centro antigo e cercanias guardam mais de 4.000 estruturas históricas, como as muralhas e o templo, construídos durante o Império Romano. A principal atração é a Capela de Ossos, parte da Igreja Gótica de São Francisco. Paredes, chão e teto são decorados com mais de cinco mil esqueletos, entre eles crânios. A curiosa construção foi a solução encontrada pelos locais no século XVI para a questão dos muitos cemitérios que existiam em Évora.

Cintra, ao pé da montanha homônima da costa lisboeta, possui belos montes verdes e muitas vilazinhas. É um local de realeza, e seus principais pontos turísticos o ilustram bem: o Palácio Nacional de Cintra, o Palácio de Monserrate, o Castelo de Mouros, todos considerados patrimônios da humanidade. Isso sem falar da Quinta de Regaleira e do Palácio Nacional de Pera, cuja arquitetura (moura e manuelina) faz pensar que ele foi criado num conto de fadas.

Para os católicos mais fieis, Fátima é um destino obrigatório. A cidade, a um bate-volta de Lisboa, é o principal santuário católico português e atrai todo ano mais de 4 milhões de fieis. Isso porque em 1917 três crianças observaram aparições da Virgem Maria. Além de beatificadas, houve grande reconhecimento pelo próprio papa João Paulo II, reverente da ordem dos Marianos. A maior visitação acontece em maio, em outubro, e nos dias 13.

Olbidos é uma cidade que fica no alto de morros. Possui uma fortaleza e um castelo de muitos séculos: foram os mouros que ergueram a construção no século VIII, que depois foi reformada em XIV e, recentemente, transformado numa luxuosa pousada. Suas ruas são um labirinto de tempos antiquíssimos, e todo mês de julho acontece uma feira para simular como eram os mercados medievais.

Por falar em luxo, a vila pesqueira de Cascais fica a 32 Km de Lisboa e costumava atrair muitos artistas em décadas passadas. Hoje é um reduto da alta sociedade, com serviços para quem busca uma estadia de luxo.

O norte com Porto, Coimbra e Aveiro

Porto, a cidade localizada na foz do Rio Douro, é famosa mundialmente principalmente pelo vinho do Porto. Logo, uma das principais atrações são as adegas, facilmente encontradas nos locais de fácil acesso. Outra aspecto da cidade refere-se ao próprio nome: a cidade é portuária, e isso é seu principal cartão postal. A alma da cidade está no distrito Cais do Ribeira, com sua famosa zona pedestre de ruas medievais repletas de restaurantes, cafés, bares e típicos vendedores de rua — motivos para a Unesco tomar o distrito como patrimônio.

Mas Porto também é uma cidade ativa, pois se enriqueceu graças à indústria. O que não quer dizer que você possa desfrutar de horas folgadas, como na Igreja São Francisco ou no principal destino de quem quer conhecer muitas adegas: a Vila Nova de Gaia, atravessando a Ponte Dom Luís (outro cartão postal).

A nordeste de Porto fica Guimarães. É uma cidade motivo de orgulho aos portugueses, pois além de também ser tombada pela Unesco, é considerada uma das capitais culturais europeias. Foi lá que Alfonso Henriques travou uma importante batalha para a história da Europa, e sua vitória culminou na fundação do império português em 1153. Além do Castelo Medieval (séc. X) e do Palácio e Museu Ducal (sec. XV), Guimarães possui uma famosa rua, a Rua de Santa Maria, que preserva seus ares medievais de estreitas ruas.

Já a cidade de Coimbra, às margens do rio Mondego, é uma pequena, charmosa e histórica localidade no interior do país. Lá, o fado também é um aspecto cultural bastante presente. Sua principal atração é a Universidade de Coimbra, de estilo barroco, construída em 1290 e uma das mais antigas de toda a Europa. Dentro dela, atrações à parte são a Biblioteca Joanina e a Sala dos Capelos, onde os doutores recebem a titulação no salão do trono.

Coimbra possui um dos dois mais importantes monastérios do país, o Monastério de Santa Cruz. O outro fica a uma curta distância, em Alcobaça, que fica entre Lisboa e Coimbra. O Monastério de Alcobaça manifesta aspectos da cultura do Império Romano e da Igreja Católica (arquitetura gótica). Ele foi fundado em justamente pelo primeiro rei português, Alfonso Henriques, em 1153, ano de início de seu bem sucedido império.

Por fim, Aveiro é uma cidade litorânea que é chamada de “Veneza portuguesa”. Isso porque seus belos canais, suas pontes charmosas, suas gôndolas e casas coloridas são o ponto de encontro dos turistas que frequentam as belas praias da região. É também um local cheio de pontos históricos, e possui uma gastronomia típica.

Algarve, o lado mais Mediterrâneo de Portugal

Ao sul do país fica a região de Algarve, famosa pelas praias, pelo Mar Mediterrâneo, pelos inúmeros vilarejos pitorescos e, sobretudo, pela sua gastronomia. Sua costa, cheia de penhascos, falésias e escarpas, tem ótimos ventos e constantemente sedia eventos de windsurf e iatismo. A Praia da Marinha é uma das mais belas de toda Europa, com águas azuis, praias de areia fina e muitos corais (ótima oportunidade para praticar snorkel).

Sagres, a ponta mais isolada de Portugal, chama atenção por causa de suas praias, penhascos, seu belíssimo pôr-do-sol atlântico-mediterrâneo, além de estruturas históricas, como a Fortaleza de Sagres (sec. XV), a Capela de Sagres (sec. XIV) e o Cabo São Vicente.

Completando a região temos Albuferia, com mais de vinte praias de todos os tipos; Lagos, a melhor cena noturna da região; e Portimão, famoso por seu autódromo internacional e por sua culinária, pois lá é sediado um importante evento gastronômico, o anual Festival de Sardinhas.

As ilhas portuguesas de Madeira e Açores

A Ilha de Madeira é considerada um oásis no meio do Atlântico. Possui pastos verdejantes, restaurantes de culinária local, igrejas históricas e uma sempre bela vista do oceano. Sua capital, Funchal, enriqueceu graças à produção de açúcar. Hoje ela recebe o turista sempre de forma alegre, com muitos resorts à disposição do viajante.

Na costa sulina de Madeira está Cabo Girão, um local com um dos maiores penhascos da Europa. A vista amedrontadora hoje possui até uma plataforma de vidro transparente, para os corajosos que desafiam a vertigem de olhar para baixo e ver o oceano a quase dois mil metros de altura.

Açores é um arquipélago bastante afastado do continente (fica às 4h de vôo de Boston, EUA). São nove ilhas vulcânicas a mais de 1500 Km de Lisboa. O destino é bastante requisitado para amantes da natureza, pois lá é um dos melhores locais do mundo para observar baleias de diversos tipos. Mas os banhos de água mineral e as cidadezinhas isoladas no imenso azul atlântico são também motivos dignos de visita.

Apesar do tamanho do país, o que não falta é atração. E isso porque o blog da Spïcy ainda nem falou dos vinhos e da gastronomia local. Acompanhe os posts deste mês e fique por dentro do que Portugal tem a oferecer para o seu turismo gastronômico. Até breve, ora pois!

 

Fontes:

http://www.touropia.com/

http://www.neverstoptraveling.com/

http://www.tripadvisor.com/

FOCO NA REGIÃO

Áustria: uma joia no coração da Europa

Se você leu o post sobre a Áustria (clique aqui e relembre) e ficou interessado em mais informações, chegou a hora de saber um pouco mais sobre o país que é uma verdadeira joia no centro da Europa. Além de reunir o que há de melhor na cultura clássica, especialmente na música, a Áustria também oferece experiências para esportistas de inverno e amantes da história mundial. Acompanhe agora nossa seleção de atrações, divididas por três temas: a capital Viena, as montanhas alpinas e as paradas históricas.

Vienna: a capital que respira música clássica

Mozart, Strauss, Brahms, Beethoven, Schubert. Familiar com esses nomes? A cidade de Viena é pura música clássica, e conta até com a Mozart House para os curiosos pela vida do famosíssimo compositor. Apreciadores do erudito vão se encantar com tudo aquilo.

A Vienna State Opera é a casa de ópera mais celebrada de todos os tempos, e sua orquestra está entre as melhores do planeta. A instituição oferece com bastante frequência versões clássicas e modernas de ballets. E, apesar da cidade ter um alto custo de visita, os preços para vivenciar um concerto ou ballet não são caros.

Isso sem falar das artes plásticas, pois Viena tem uma das maiores coleções de arte do mundo, como as dos museus Albertina e Kunsthistorisches. E, entre uma galeria e um concerto, pare e descanse num dos coffeehouses que compõem a fama da cidade. São dezenas deles, cada um com um estilo, mas todos com cafés e bolos deliciosos para você experimentar.

Conheça o Hofburg Imperial Palace, que, como o nome diz, é onde moraram os imperadores do ex-Império Austro-Húngaro, como os da dinastia Habsburg. Hoje, é residência do presidente austríaco.

Por fim, o palácio Schonbrunn, pertinho do centro. Sua imponência, que data desde o século XVII, é vista de longe. São 1441 aposentos, já foi casa de verão de imperadores, e é um edifício comparável com o palácio de Versailles. O local fica ainda mais bonito na primavera, graças a seu jardim, ao seu labirinto ao ar livre, à sua casa de verão de mármore, e também ao Prevy Garden, o zoológico mais antigo do mundo.

Montanhas de atrações pelos Alpes

Tirol, divisa com a Itália, é o nome da região onde você vai encontrar atrações de ski e esportes de inverno, com muitas opções de rotas tirolesas — aliás, vem daí o nome “tirolesa” e as tradições relacionadas.

Em St. Anton am Arlberg, por exemplo, além de pistas de ski de todas as dificuldades, existem trilhas (especialmente no verão) para os amantes das caminhadas e belas paisagens. Afinal, o local fica num vale belíssimo.

Innsbruck (literalmente “ponte sobre a pousada”), também em Tirol, é um bom local para se hospedar. Além de diversas opções de pistas de ski e esportes na neve pela região, a cidade possui catedrais, museus e muita história para ser contada. Como, por exemplo, a de seu famoso sino, que há mais de quatro séculos dá suas badaladas.

Seefeld, ainda em Tirol, é um centro de ski localizado numa reserva natural simplesmente espetacular. Se você quer praticar suas habilidades na neve e ser premiado com um tratamento de alto padrão, é ali onde ficam alguns dos mais luxuosos resorts austríacos.

Worthersee é um dos locais mais desejados pelos turistas na Áustria. Esportistas vão se aventurar nas canoas de seu grande lago, ou nas caminhadas por suas cavernas. Mas a cidade é mais do que isso. As catedrais quase milenares também são atrativos para todo tipo de visitantes. Para quem curte carros, a cidade ainda possui atrações com modelos de luxo em estradas feitas para conhecer como é dirigir as máquinas mais desejadas do mundo.

E por falar em carros, vale a pena alugar um automóvel e se aventurar pela bela estrada Grossglockner Alpine Road. É pedagiada, mas o preço compensa: o passeio levará você a paisagens incríveis e ao centro de visitas Kaiser Franz Joseph Höhe, com uma vista privilegiada dos Alpes. Mas a estrada só abre de maio a  outubro, devido ao mau tempo do inverno nos meses restantes.

Já se seu orçamento para viagem não permite altos luxos, experimente ficar em Bad Gastein, na região de Salzburg, num vale e vila que são encantadores (foto). Além de opções mais em conta para pistas de ski, você pode descansar os músculos numa de suas casas de banho quente, atração local.

Apaixonados por História

Graz é a segunda maior cidade austríaca, e é um destino ideal se você tem a mente aberta e se identifica com a energia jovial das universidades. A cidade tem seis delas, com 44.000 universitários perambulando por suas ruas, cafés e museus.

Graz é conhecida como “City of Culinary Delights”, ou seja, também é uma parada obrigatória para ter experiências gastronômicas de primeiro mundo. Aproveite e compre comidas sazonais, que movimentam bastante os seus mercados: óleo de semente de abóbora, salsichas artesanais, além de guloseimas feitas com as famosas styrian apples (maçãs de Styria, região de Graz conhecida por ser rica em diversos sais minerais).

Continuando nossa viagem histórica, a abadia de Melk, na cidade de Melk, se localiza às margens do rio Danúbio. Este é um dos mais famosos monastérios do mundo, residência de Leopoldo II (século XI) e com estilo barroco na arquitetura. Localizado no topo de um morro, oferece ainda uma bela vista da paisagem.

Não longe dali, ainda pelo rio Danúbio, fica o Vale de Wachau, uma parada para apaixonados por vinhos. Ricardo Coração de Leão e o Duque Leopoldo V têm passagens memoráveis no local, e a cidade faz questão de lembrar deles em uma de suas centenas de referências históricas.

Salzburg é outra cidade que merece sua visita. Também tem muito de música clássica, pois a é berço de Wolfgang Amadeus Mozart, orgulho da nação. Faça o tour “The Sound of Music” e apaixone-se por este local cercado pelos Alpes. Além disso, possui um centro histórico apaixonante e uma fortaleza medieval no alto de uma encosta que pode ser vista de qualquer canto da cidade.

Ainda em Salzburg, conheça o castelo medieval de Hohensalzburg, um dos mais bonitos da Europa. Além de uma bela vista das montanhas, possui uma atração especial: o Salzburg Bull, órgão construído com mais de dois mil tubos. Haja percepção musical para tanto som.

Por fim, uma curiosidade: Salzburg significa “fortaleza do sal”. Isso porque a região enriqueceu graças às suas minas de sal, que, à  época medieval, era um dos produtos mais caros do mundo. Uma sugestão de estadia para Salzburg é um resort em  Salzkammergut, cercado de montanhas e lagos que darão à sua viagem uma memória inesquecível.

E não deixe de visitar o vilarejo de Hallstatt, também em Salzkammergut, pois é um local mágico. Sua glamourosa arquitetura barroca, às margens de seus lagos e ao pé das montanhas, dá ao local uma cara de cenário de um filme de época. Possui, além da vista de cair o queixo, uma caverna subterrânea pré-histórica, que é uma das atrações turísticas de maior orgulho para o país.

E a Revista Digital faz questão de terminar o post da Áustria com essa menção porque um especial que vem aí é justamente sobre… o sal! Escreveremos sobre a história do ingrediente, como ele transformou as relações humanas, além de curiosidades a respeito. Fique de olho nos próximos posts, e até a próxima!

 

Fontes:

http://www.touropia.com/

http://www.roughguides.com/

FOCO NA REGIÃO

Suíça: Esportes de Inverno e Seleção de Resorts

No verão, as cidades lotam; no outono as folhas caem com os preços dos hotéis; na primavera, vemos as mais lindas paisagens; no inverno, muita neve e o melhor do esporte no gelo. Em resumo, esta é a Suíça, país que foi tema de alguns posts na Revista Digital da Spïcy em abril. Neste último texto você confere os melhores destinos para praticar esqui, snowboard, outras atividades exclusivas das montanhas alpinas, e algumas curiosidades sobre os esportes populares do país.

Esqui, snow e hóquei: três paixões nacionais

O esqui na Suíça é como o futebol para os brasileiros. Desde cedo — estamos falando de três, quatro anos de idade — os nativos aprendem a esquiar nas centenas de opções de pistas que o país possui. O esporte é também parte da cultura local, pois é uma atividade relacionada à história do país, à consciência nacional e ao mito das montanhas.

As cidades de Zermatt, Verbier, Davos, Laax e St. Moritz são as mais procuradas por visitantes. Nos cantões de Valais e Grisões, onde existem a maioria dos resorts de inverno, o esqui chega a ser importante componente econômico da região.

Os primeiros clubes de esqui surgiram entre 1893 e 1901. Na década de 50, com o advento dos transportes, que passaram a ligar estações de esqui, regiões montanhosas e diversos pontos estratégicos, o esporte se popularizou mundialmente, e o país então passou a ser muito visitado por causa disso.

O snowboard é outra modalidade bastante popular, principalmente entre os jovens. A Suíça possui vários campeões mundiais e medalhistas na modalidade. Pudera: com tantas pistas de treino, não poderia ser diferente.

O hóquei no gelo é outro esporte que mexe com os helvéticos. Seu time mais conhecido é o HC Davos. Existem mais de 1.200 clubes, que disputam em torno de 16.000 jogos por ano, com média de público de 6.600 pagantes. O time de Berna possui um ginásio cuja média de público é de 16.000 pessoas por jogo. Muitos jogadores profissionais suíços jogam na liga de hóquei dos EUA, a NHL.

Outro esporte popular, mas não de inverno, é o tênis. Isso porque Roger Federer popularizou a modalidade graças às suas conquistas. O tenista é o embaixador da Jura, empresa especializada em produzir máquinas de café espresso, como este micro modelo que produz cafés com qualidade de barista. Deu água na boca? Então aproveite a deixa para tomar seu cafezinho, porque agora o que vai dar é a adrenalina nas veias.

Os principais destinos para quem curte as emoções da neve

Abaixo seguem onze dos principais resorts para os turistas de inverno. A maioria se localiza nos cantões de Valais (sul, fronteira com Itália) e Grisões (leste, fronteira com Áustria). Todas as opções oferecem pistas de esqui, portanto listamos apenas aquelas que se destacam também por outros quesitos além das pistas. Confira:

Arosa (Grisões): extensa área montanhosa; no verão é o paraíso das trilhas e, no inverno, dos esportes invernais, com 225 Km de pistas. Bate bastante sol e é livre de ventos fortes, o que faz dela uma estância famosa há mais de um século. Uma vantagem de Arosa é o cartão All-Included exclusivo da cidade, que dá acesso a todas as atividades por preço único.

St. Moritz (Grisões): uma das estâncias mais conhecidas e visitadas. Além de berço de turismo alpino em 1864, o local é estância de águas termais há três milênios, possui uma ótima infraestrutura (como o parque de lazer de inverno) e uma gastronomia de alta qualidade. St. Moritz já foi sede de duas edições dos Jogos Olímpicos de Inverno, o que quer dizer que todas, todas as modalidades de esporte na neve ou gelo serão supridas em sua visita.

Silvaplana (Grisões): por localizar-se num platô, possui estruturas como um completo ginásio de esportes de gelo, pistas de caminhada, acesso a St. Moritz, longos tobogãs de neve e atividades especiais, como a Semana da Noruega, o Festival da Raquete de Neve e a Coppa Romana (evento de curling), todas entre dezembro e janeiro.

Pontresina (Grisões): casais aventureiros e/ou esportistas vão se encantar com esta vila construída no estilo Belle Époque e cercada de paisagens pinheirais típicas de cenário de filme. Lá fica uma das descidas com maior inclinação dos Grisões (86%). Também conta com um parque aquático, atividades de arvorismo e uma montanha panorâmica com uma jacuzzi a 3.000 m de altitude.

Samnaun (Grisões, literalmente fronteira com Áustria): é uma região propícia para trilhas e montain bike, ou seja, vale a pena visitar no verão. Mas é popular também por conta de sua isenção de impostos, o que faz dela um paraíso de compras, inclusive de artigos de esqui e snowboard no inverno.

Aletsch Arena/Riederalp (Valais): snowboard, esqui e esqui nórdico são todos contemplados nessa região com cara de imenso parque temático e próxima a uma famosa geleira. São 35 teleféricos e pistas de todos os níveis de dificuldade, sendo algumas das pistas trajetos que levam diretamente até sua pousada. É o 1º Patrimônio da Humanidade da UNESCO localizada nos Alpes.

St-Luc (Valais): o resort está localizado numa encosta que recebe muito sol e proporciona panoramas espetaculares. Experimente o bungee-jump nessa região e não se arrependa. Tem até um observatório astronômico, e fica próximo de uma vila medieval chamada Fang.

Thyon (Valais): um resort adequado tanto às famílias, por causa dos diversos cursos de esqui destinado às crianças, quanto para os esquiadores, pois a região, que é porta de acesso aos  famosos Quatro Vales, possui mais de 400 Km de pistas e 90 teleféricos. Só Thyon tem dez deles, com alguns que acabam diretamente na vila onde os turistas se hospedam.

Blatten-Belalp (Valais): esta é para quem busca uma opção que agrade tanto à adrenalina quanto aos olhos. Seus vales férteis e o apego dos locais aos costumes e tradições fazem com que a região pareça ser concebida por um artista — e isso inclui seus restaurantes e a bela iluminação noturna das pistas.

Saas-Fee (Valais): outra opção para toda a família, pois possui tobogã noturno, parques temáticos, um famoso restaurante circular, desfiladeiros e centenas de quilômetros de pistas em todos os níveis de dificuldade. Este, que é conhecido como “a pérola dos Alpes”, é um dos quatro vilarejos de Saas, que é cercado por 13 picos com mais de 4 mil metros de altura.

Melchsee Frutt (Lucerna): um resort próprio para famílias, pois fica num local livre de trânsito, à beira de um lago de montanha, e com atrações divertidas para crianças, como o trenó na neve e o carrossel de esqui.

É impossível não se interessar por uma viagem a este país tão organizado e cheio de atrações que vão além do esporte de inverno. Cada local tem uma surpresa, e cada surpresa vai deixar rastros inesquecíveis na sua memória. Continue acompanhando o blog da Spïcy, a Revista Digital, para saber mais destinos inspiradores pelo mundo afora. Até o próximo post!

 

Fontes:

http://www.myswitzerland.com/pt/

https://www.eda.admin.ch/

FOCO NO INGREDIENTE

Spicy Spicy: Um especial sobre pimentas

Aquele garoto é um pimentinha. Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Dar uma apimentada na relação. Quente como pimenta.

De suave a picante, de coadjuvante a protagonista, a pimenta tem um lugar especial tanto na culinária quanto na cultura geral. Não é por acaso que tantas expressões em diversas línguas se referem às tais especiarias, pois, afinal, as pimentas de fato são o puro fogo condensado em forma de alimento.

A maioria das pimentas conhecidas e popularizadas têm origem nas Américas, como Brasil, México e Peru. No entanto, são os tailandeses e coreanos que mais consomem as pimentas no mundo. Por aqui, o consumo médio é de meia grama de pimenta por dia; na Tailândia chega a ser dez gramas por dia, por pessoa.

Apesar de a pimenta thai ser uma espécie do sudoeste asiático, a maioria dos tipos de pimenta chegaram à Ásia por causa das grandes navegações dos séculos XV e XVI. Com o comércio de especiarias, as pimentas ganharam legiões de fãs em todo o planeta, já que elas incrementavam o tempero das refeições e ainda traziam benefícios à saúde. Aliás, será que “especiarias” vem de “spicy”?

Curiosidades técnicas sobre pimentas

As pimentas são as plantas Solanaceae Capscicum, ou simplesmente “capsaicinoides”, e existem em quase trinta variedades distintas. Elas são classificadas de acordo com a Escala Scoville, que surgiu em 1902 com um método bem curioso: a escala mede quantas xícaras de água são necessárias para disfarçar o sabor de uma xícara da pimenta.

Ou seja, uma pimenta de 500 SHU (Scoville Heat Unit) precisa de 500 xícaras de água para disfarçar o sabor picante de uma xícara da mesma espécie de pimenta. Uma pimenta dedo de moça tem de 5 mil a 15 mil SHU; a jalapeño, tradicional no México, varia de 3 mil a 8 mil; a malagueta varia de 50 mil a 100 mil; já as pimentas mais inflamáveis do mundo recebem o nome de Trinidad Scorpion Butch T (1,4 milhões de SHU) e Trinidade Scorpion Morouga (2 milhões de SHU). Estas são tão fortes que, para manuseá-las, é recomendado uso de luvas e máscara para o rosto. No entanto, desafio mesmo acontecem nas manifestações: os sprays de pimenta têm concentração de 2 a 5 milhões de SHU.

Outra informação interessante é que “apimentado” não é um sabor, como o doce, o salgado, o azedo e o amargo. Na verdade, apimentado é uma sensação, pois as pimentas possuem substâncias que ativam os nociceptores polimodais, que existem não só na boca e nariz, mas no corpo todo. Estes receptores enviam ao cérebro a informação que o corpo está se queimando, e por isso começamos a suar e sentir acelerar o batimento cardíaco.

É por isso também que o ser humano torna-se resistente à pimenta: o cérebro vai descobrindo que aquela sensação na verdade é um alimento, não um perigo. Não é à toa que brasileiros e mexicanos são mais resistentes às pimentas.

Mostarda e wasabi também têm sabor “apimentado”, no entanto suas moléculas de picância (isotiocinatos) são menores e mais leves que as das pimenta (alquilamidas), e por isso o nariz costuma sentir seus efeitos.

A pimenta do reino não é de fato uma pimenta, e sim uma planta “apimentada”, pois é do gênero piperina.

Benefícios da pimenta

Quando consumidas frescas, as pimentas proporcionam boas doses de vitamina C, vitamina E, carotenoides (que estimulam a produção de vitamina A), além da capsaicina, substância típica das capsaicinoides e que é termogênica.

A combinação de nutrientes e a quantidade encontrada nos tipos mais comuns de pimenta é o suficiente para afirmar que as pimentas Solanaceae capsicicum são:

  • antimicrobianas
  • antiinflamatórias
  • anticancerígenas (em especial contra câncer de próstata)
  • auxiliares da digestão
  • termogênicas (aumentam o metabolismo e ajudam a emagrecer)
  • combatentes da hipertensão
  • afrodisíacas

Elas só não são recomendadas para quem sofre de hemorroidas e gastrite. O consumo  diário, portanto, deve ser avaliado de acordo com seu organismo.

As pimentas mais populares no Brasil

A Revista Digital listou os tipos mais conhecidos entre os brasileiros, de acordo com a potência da pimenta.

  • pimentão muitas vezes nem chega a ser apimentado; ao contrário, é adocicado;
  • A pimenta biquinho é tão suave que pode ser consumida pura e inteira na boca;
  • cambuci (chapéu de frade) é um tipo adocicado e muito consumido no país;
  • jalapeño e sua versão ressecada e mais picante, que é a pimenta chipotle;
  • A pimenta dedo-de-moça é levemente picante, e é utilizada no preparo da calabresa;
  • A pimenta bode, que varia de média a muito picante;
  • pimenta-de-cheiro, que varia tanto na cor quanto na sensação (suave até picante);
  • cumari-do-pará e a cumari verdadeira são umas das brasileiras mais picantes;
  • tabasco (que possui variações mais fracas e outras bem apimentadas);
  • e a pimenta malagueta, muito usada no preparo do acarajé, prato que faz parte da cultura baiana.

Hoje, graças a diversas técnicas de gastronomia e manuseio, as pimentas podem ser preparadas em conservas, molhos, azeites, geléias, bombons, trufas e até chocolates. O limite é a sua criatividade: experimente preparar um alho moído com pimenta para ver o sabor que vai ficar na carne.

 

 

Fontes:

http://gq.globo.com/

http://www.bonde.com.br/

http://www.minhavida.com.br/

FOCO NA REGIÃO

Cidades e roteiros: a Suíça apaixonante

A Suíça é um país charmoso, belo e muito civilizado. Duas de suas melhores cidades são Zurique e Geneva, que de tão humanizadas estão na lista das cinco melhores cidades para se viver, segundo ranking de 2013. Mas a Suíça ainda tem muito mais. Embarque nesse especial e confira os locais que mais valem a pena de se visitar em sua viagem ao país helvético.

(Este post dá continuidade à série sobre a Suíça. Confira os textos anteriores aqui [link do 1º texto] e aqui.)

Trens: tudo (e somente) o que você vai querer para se locomover

O trem é a principal forma de transporte na Suíça. Impecáveis, pontuais e confortáveis, eles cobrem mais de 5 mil quilômetros de trilhos, o que faz com que a Suíça tenha a segunda maior malha ferroviária do mundo, em proporções relativas ao tamanho do país e área abrangida.

Mas para o turista, o principal atrativo dentre os trens são as rotas cênicas. Alguns passam por vales, pastos ou contornando lagos; outros sobem as montanhas, e é nos trechos mais íngremes que as cremalheiras (rodas dentadas) entram em cena. Uma aventura e tanto, mas sempre segura. Listamos sete trechos abaixo para você considerar em seu roteiro quando for de uma cidade a outra.

  • Glacier Express: o mais famoso, vai de Zermatt a St. Morits (8 horas de viagem)
  • Bernina Express: de Chur a Tirano (4 horas)
  • Golden Pass Line: de Montreux a Lucerna (5 horas)
  • Guilherme Tell Express: de Lucerna a Lugano (5 horas)
  • Palm Express: de St. moritz a Lugano (3 horas e meia)
  • Pre Alpine Express: de St. Gallen a Lucerna (2 horas)
  • Regio Express Lötschberger: de Berna a Brig (2 horas)

Parte Francesa

Geneva (ou Genebra) é famosa por ter, em seu lago, a maior fonte de água do mundo. Mas a charmosa cidade, de arquitetura romanesca, também atrai atenção pelos restaurantes, museus e cena artística. No centro antigo, visite a Catedral de São Pedro e tenha, do alto de uma de suas torres, uma bela vista da cidade, das montanhas e de seu belo lago glacial. Outras atrações: Museu Etnográfico, Museu do Relógio; Grande Teatro de Geneva; Jardin Anglais; e a Fábrica de Relógios (Watch Industry).

Não longe dali, a apenas um cruzeiro de lago de distância, está Montreux, que, como dito no post anterior, tem em suas proximidades o Castelo de Chillon. A pequena cidade atrai muita gente tanto em julho, durante o seu conhecido Festival de Jazz, quanto em dezembro, para os eventos de Natal (Montreux Noel Christmas).

Em Lausane você deve visitar o Museu Olímpico, a Catedral de Lausanne, o Palácio de Runine e o Teatro da Cidade. Ainda na parte francesa, há alguns festivais locais bem animados, como o Marches Folkloriques, em Vevey, e o Foire de Martigny, na região de Valais.

Basileia (ou Basel) é a cidade mais acessível para quem vem de trem pela França. Estando lá, aproveite para conhecer a universidade antiga e o urbanismo da cidade que tem um importante papel mercantil na história da Europa. Basileia tem bastante inspiração artística (vá ao Art Museum), em especial na primavera, quando acontecem feiras de arte ao ar livre. Conheça também: o Museu da Música; a Ponte Mittlere; o Museu de Arte Antiga; o Zoológico; a Catedral da Basileia; e o festival Fasnatcht, carnaval que atrai milhares de pessoas festejando em fantasias na segunda-feira após a quarta de Cinzas.

Berna é uma cidade mais central, e portanto é destino de muitos roteiros que cruzam a Suíça. E mesmo se não fosse próxima, ainda teria motivos: a cidade é uma das preferidas pelos turistas pois além de ter sido construída em tempos medievais (século XI), suas ruas arcadas são belíssimas, consideradas patrimônio histórico pela Unesco. Seu principal apelo é histórico, pois suas maiores atrações são museus: o Museu Histórico; o Museu de História Nacional; o Museu de Belas Artes; o Museu Alpino Suíço; e a Casa de Einstein.

Parte Alemã

Zurique é a maior cidade suíça. Seu estilo arquitetônico gótico é bem interessante de ser apreciado nesta cidade tão cheia de civilidade. Um dos melhores passeios dela é a caminhada em torno do lago da cidade, além de Lindenhof, que oferece uma bela vista da cidade. Visite o centro antigo e sua catedral (Grossmünster), o Museu de História Nacional, o jardim botânico e, se for um apreciador das artes, o museu de arte contemporânea (Kunsthaus).

St. Gallen é uma cidade antiga que possui um centro com ares bastante medievais. Sua catedral, sua arquitetura e os afrescos de diversas construções são uma verdadeira imersão no tempo. A Abbey Library é famosa pelo estilo rococó e foi tombada pela Unesco. Uma das partes mais interessantes no norte do país.

Parte Italiana

Ticino é uma das cidades “italianas” da Suíça mais visitadas. Lugano e Locarno também têm seu próprio charme, mas é em Bellinzona que você vai apreciar uma verdadeira experiência ítalo-suíça: o festival de risotos e salsichas, que acontece em fevereiro. A parte italiana é a menos acessível do país, no entanto vale a pena conhecer esta faceta se você dispõe de tempo para visitar a região.

Sugestão de roteiro

Segundo o site de dicas turísticas Viaje na Viagem, a receita simples para quem quer conhecer a Suíça em poucos dias é: 1) uma cidade de beira de lago, como Geneva e Zurique; 2) um vilarejo de montanha; 3)Berna; 4) e o trajeto deve ser feito de trem panorâmico ou de trem de montanha, para que o percurso também seja a atração principal da viagem. Tendo tempo para mais uma cidade, prefira conhecer uma que seja de regiões diferentes (uma da parte francesa, e outra alemã, por exemplo).

Outra sugestão, e do site Segredos de Viagem, é uma viagem que começa em Basiléia (1 dia), vai a Zurique (3 dias, um dedicado a St. Gallen), depois Lucerna (2 dias, um dedicado ao Monte Pilatos), depois passando por Interlaken (dois dias de vistas maravilhosas), voltando para Berna (1 dia) e finalizando em Geneva (3 dias, sendo um para conhecer Montreux de barco).

Observação: o uso do Swiss Pass, que é um bilhete que serve para trem, bonde, ônibus, barco e transporte público, só vale a pena dependendo da quantidade de dias e pessoas que viajarem com você. A conta na ponta do lápis é complexa e tem muitas variáveis, como a época do ano e a antecedência da compra, mas existe uma matéria dedicada só para isso. Confira abaixo um link externo que leva para uma página com informações completíssimas sobre as vantagens da aquisição.

No próximo artigo da Revista Digital você conhecerá as principais atrações de inverno para quem quer ir à Suíça praticar esqui e outros esportes de neve. Aguarde!

 

Fontes:

http://segredosdeviagem.com.br/

http://www.viajenaviagem.com/

http://www.viajenaviagem.com/2013/09/roteiros-trem-suica-swiss-pass/

FOCO NA REGIÃO

Muito mais sobre a Suíça

Relógio suíço, chocolate suíço, queijo suíço, banco suíço. O país pode até ser pequeno, mas, onde a Suíça vira especialista, deixa sua marca registrada. O país helvético, porém, reserva diversas atrações para o turista que pretende visitá-lo na próxima viagem. Com tantos lagos, montanhas e vida cultural, existem razões de sobra para você encher seu roteiro de atividades, não importa se você vai sozinho, a dois ou com crianças em família. Quer saber mais? Continue a leitura.

Suíça: linda de natureza

Há exatamente um ano a Revista Digital fazia um especial sobre a Suíça, sua geografia, estilo de vida, cultura e os segredos de seu famoso chocolate (confira artigo aqui). Uma das principais características do país localizado na região dos Alpes é a paisagem. Se você ainda não se convenceu de que a mãe natureza é fantástica, é na Suíça que você se converterá. Qualquer trecho entre cidades, ou mesmo qualquer resort, vai proporcionar vistas incríveis de lagos, montanhas nevadas, pastos e vilazinhas.

As fotos que você vai tirar dispensam filtros; e seus pulmões vão se sentir renovados com a qualidade do ar fresco dos vales e montanhas. Com tanta paisagem bonita na Suíça, os passeios ao ar livre, como caminhadas e trilhas, não devem ser subestimados nem pelos turistas mais jovens e noturnos. Experimente a trilha do lago Zermatt, Graubunden ou a trilha histórica do lago Lucerna. Amantes da natureza devem conhecer o Swiss National Park, que, além de reunir lindas montanhas, lagos, florestas e pastagens, ainda chama atenção pela vida selvagem preservada.

Outra opção mais expressa para conhecer tanto deslumbre é pegar um trem que cruze certos trechos do país. Como dito antes, qualquer um deles renderá vistas inesquecíveis. Mas se você quer mesmo se surpreender, pegue um Glacier Express ou Bernina Express. Estas companhias oferecem trens com janelas panorâmicas e retardam o passeio justamente para dar tempo de você esgotar seu cartão de memória da câmera.

As montanhas alpinas são outro forte atrativo, mesmo que você não esteja lá para esquiar, como boa parte dos turistas. Existem opções para passeios de trenzinhos, teleféricos e até escaladas de todas as dificuldades. Uma das montanhas de neve mais populares e versáteis em termos de oferta de atividades é a do Monte Pilates (2.120m). Já para os mais ousados, o Matterhorn, em Zermatt, é o pico mais alto dos Alpes (4.478m); ele também possui um teleférico, atividades com ou sem esqui, além de reservar dois motivos extra para a visita: a cidade não possui carros, e a vida noturna é movimentada.

A maior queda d’água da Europa fica na Suíça. São as Rhine Falls. Além da vista estonteante das cachoeiras de água glacial, existem outras opções que pegam carona no atrativo da paisagem: trilhas, tours, e também a visita ao castelo local, em Schaffhausen.

Os lagos glaciais são outra delícia do país. Existem diversas companhias que oferecem o passeio de barco, então não tenha medo de tomar um mini-cruzeiro. O lago Geneva é um dos locais com maior oferta de cruzeiros. Você pode inclusive fazer parte do trajeto por meio dos lagos, como indo de Geneva a Montreux. Existem opções customizadas, que podem incluir roteiros históricos, como a viagem de Guilherme Tell em Lucerna, ou com paradas gastronômicas com as visitas a vinículas que margeiam os lagos.

Um dos principais passeios do lago Geneva é a visita ao Castelo de Chillon. Além de ter um visual imponente, vale a pena passar o dia descobrindo, em seus tours específicos, os afrescos, a arquitetura, a decoração, a mobília e até os calabouços do castelo.

Retiros e spas

O forte contato com a natureza faz com que a Suíça possua uma grande oferta de spas e resorts. Um dos retiros mais conhecidos é o da menor cidade suíça: a vila Chateau d’Oex, próximo ao lago Geneva. É o repouso ideal para almas que gostam de atividades outdoor e também balonismo, que é praticado na região. Outras opções de retiros: Wengen, Murren e Gandria.

O viajante que dispõe de mais recursos poderá esbanjar luxo em St. Moritz. Este é um verdadeiro “playground”, um resort que oferece todo tipo de atividade que você pode esperar na Suíça: esqui, esportes de inverno, banhos em águas minerais glaciais, terapias com lama das montanhas, spas, além de restaurantes finos e vida noturna agitada. Prepare a carteira.

Queijos e vinhos: conheça o país com gastronomia no pacote

Anote essa dica: a Suíça possui muitas boas e ótimas vinículas locais, com rolhas que não são exportadas. Aproveite, em especial as que margeiam os lagos, como em Ticino, Valais, Vaud e ao longo do lago Geneva.

E por falar em experiências gastronômicas, a Suíça faz bom proveito de seus atrativos. É claro que você vai provar uma das especialidades do país, que é o foundue. Se você passar por Friburgo, não deixe de provar a variação do prato: o queijo é feito num mágico amálgama entre gruyére local, vinho, toques de outros queijos, além de temperos, como o alho macerado, que libera sabores mais delicados da especiaria. (Confira neste link um espremedor de alho importado de marca suíça feito para atender à mais alta qualidade das receitas típicas, sem ter que descascar o dente de alho, ou seja, sempre útil ter no seu rol de utensílios de cozinha.)

Para quem quer imergir numa experiência chocólatra, este é o país ideal, pois só na Suíça o chocolate business é levado a sério, seguindo uma receita que chega a ser arte. A visita mais conhecida é na fábrica da Nestlé (Calier Factory), mas as chocolaterias Sprungli e Teuscher (Zurique), Poyet (Vevey) e Martel (Geneva) vão oferecer uma experiência mais gourmet. Mas fica o alerta: depois de um chocolate suíço, só um belga para fazer páreo.

Vai viajar com crianças? Então visite uma das fazendas e leve-as para conhecer as vaquinhas mais bem-de-vida do mundo: elas são bem alimentadas e tratadas para produzir o melhor leite possível. Muitas fazendas, mesmo pequenas, agendam visitas e tours guiados. Uma simpatia para os pequenos viajantes.

Outro atrativo do país é a facilidade de encontrar museus, galerias e opções para fruir da arte contemporânea. Mas esse é um assunto para o próximo post, onde a Revista Digital fará uma descrição mais detalhada das cidades e seus altos pontos turísticos. Se você quer saber mais sobre a Suíça, incluindo seus esportes de inverno, continue acompanhando o blog da Spïcy nesse mês da Páscoa. Fique de olho nas atualizações das próximas semanas!

Fontes:

http://www.fodors.com/

http://www.expatica.com/

http://www.worldtravelguide.net/

http://www.timeout.com/

FOCO NA REGIÃO

Holanda: tolerância, desenvolvimento e muito charme

Os Países Baixos têm esse nome porque metade de seu território atual tem altitude abaixo da linha do mar, portanto já foi ocupado pelo Mar do Norte. Mas os holandeses, que estão entre os melhores engenheiros hídricos do mundo, conseguiram expandir suas terras e protegê-las das águas; não por acaso os moinhos de vento são um dos símbolos do país.

Hoje, as áreas “conquistadas” são bastante povoadas e urbanas, com excelente sistema de transporte e infraestrutura. A Holanda é um dos países mais desenvolvidos do mundo, sempre no topo dos índices econômicos e sociais, e com maioria de habitantes que também falam o inglês.

É por isso que ela vale a visita. Mesmo sendo um país pequeno, possui atrações exclusivas, seja na vida noturna, na cultura, nas atividades familiares ou mesmo no bucolismo de algumas de suas paisagens. O interessante de descobrir na Holanda é que o apego às tradições locais é grande; cada cidade tem uma cara, e este é um dos países com maior número de sotaques para a mesma língua.

Confira agora com a Revista Digital os locais que você deve conhecer em sua viagem ao país que é muito mais que Amsterdã e o time que veste cor laranja.

Amsterdã: principal motivo para a maioria dos turistas

A cidade não é apenas o ícone cosmopolita holandês. É bem verdade que ela atrai muitos jovens em busca da experiência dos coffee shops, mas a capital holandesa, mais que um pólo de turismo europeu, representa a visão mais progressista e tolerante do continente.

Por exemplo, no transporte. A cidade, que é plana, prioriza as bicicletas; nas ruas passam bondes, ônibus, bikes, motos, pedestres e carros, sendo que os automóveis são a última prioridade de passagem.

Lá as liberdades individuais também são muito respeitadas; aparentemente o sexo e o comércio de drogas (em pequenas quantidades) não é tabu entre os holandeses da capital, que possui até um Museu do Sexo. E por falar em ausência de tabus, com a mesma naturalidade são aceitos um Red Light District (zona de prostituição a céu aberto) e também um charmoso Begijnhof (vilarejo católico repleto de história, inclusive de milagres). O movimento gay também é bastante presente e aceito. Amsterdã é uma lição de civilidade e tolerância.

A cidade possui uma vida noturna bastante intensa, com diversos bares e clubes. Vale conhecer os bairros de De Pijp e Jordaan, bem movimentados. No entanto, ela não se resume a bebedeira e albergues jovens. Há muitos restaurantes finos e hoteis interessantes.

Amsterdã possui museus de coleções ou temas exclusivos, como o museu de Anne Frank, o de Van Gogh e o Rijkmuseum. A cultura também é bastante valorizada, e a cidade possui uma das cenas mais contemporâneas das artes da Europa.

Outras regiões dos Países Baixos

Mas se engana quem acha que visitar Amsterdã é o bastante para conhecer a cara da Holanda. Há muitas outras cidades com charme muito próprio, como Haarlem, Delft, Roterdã e The Hague. Estas são cidades que ocupam o oeste do país. Roterdã, por exemplo, tem o Mercado Municpal (já mencionado no post anterior), um zoológico incrível e uma bela arquitetura para ser apreciada.

Ao norte dos Países Baixos a principal atração são as Frisian Islands. Elas separam o Mar do Norte da “costa” holandesa. É um local bucólico, cheio de resorts, e que fica repleto de famílias durante o verão. Nesta região, a cidade de Groningen se destaca por sua atividade cultural.

Ao sul se localizam as cidades históricas e alguns locais mais antigos. Nijmegen, curiosamente, reúne essa característica com o ar jovial dos universitários locais. Arnhem é outra cidade interessante de conhecer. É nessa região também que fica o parque nacional Hoge Veluwe (mais detalhes abaixo).

E para quem gosta de grandes obras da humanidade, no extremo sul do país há o museu do Delta Project, que é o complexo sistema de engenharia que protege as terras baixas das águas do mar. Nas proximidades ficam as cidades de Eindhoven (sede da Philips) e Maastricht, uma cidade bastante cosmopolita.

As principais atrações da Holanda

A Revista Digital selecionou as atividades que vão dar a verdadeira experiência holandesa. Se seu objetivo é gastronomia, confira os posts anteriores dedicados ao tema. Abaixo, uma lista dividida conforme o tipo de atração: cidades, passeios ou museus.

Museus:

  • A cidade de Den Haag (The Hague) tem restaurantes AA, é a sede do governo holandês e possui dois museus interessantes: The Binnenhof e Mauritshuis.
  • Frans Hals Museum, em Haarlem, possui uma bela coleção de obras dos pintores da Era de Ouro, como Rembrant.
  • Anne Frank Museum (Amsterdã) é dedicado à vida da copeira que virou símbolo da resistência judia contra os ataques nazistas.
  • Van Gogh Museum (Amsterdã) é simplesmente o maior e melhor acervo do pintor que é um dos maiores nomes do Impressionismo. Imperdível.
  • Kroller Müller Museum fica no Hoge Veluwe National Park. Trata-se de uma galeria de arte e esculturas num belíssimo jardim a céu aberto.

Passeios

  • O Hoge Veluwe National Park possui bosques de florestas e é o local ideal para pedalar com a família.
  • The Biesbosch é um local pantanoso, mas muito agradável, cujas principais atrações são os passeios de bote e canoa.
  • As Frisian Islands, ao norte, são cheias de dunas com trilhas ideais para quem busca belas e inusitadas paisagens.
  • Ali mesmo nas Frisians Islands há o Wadlopen, uma atração que com certeza a criançada não vai esquecer. Trata-se de uma caminhada literalmente na lama, durante a maré baixa de Mainland.
  • Também ao norte, no inverno, acontece o The Elfstedentocht. Alguns canais ficam congelados e permitem as famosas corridas e competições de ski sobre o gelo.
  • Keukenhof Gardens é o local onde você vai se encantar com as mil cores dos campos de flores, com os famosos narcisos e tulipas. A época ideal é primavera, em especial nos meados de abril. Uma das visitas obrigatórias da Holanda.

Cidades

  • Passeio nos canais de Amsterdã. Contrate o serviço de um dos canoeiros ou barqueiros espalhados pela cidade e conheça a região de um outro ponto de vista. Aproveite e faça um piquenique no próprio barco, e não deixe de visitar a região mais a leste, onde é possível apreciar grandes obras arquitetônicas da cidade.
  • Ciclismo em Amsterdã. Esta é uma das cidades europeias mais amigáveis à bicicleta. Você pode fazer passeios tanto por dentro da cidade quanto saindo da zona urbana, uma vez que a região é bastante plana.
  • A arquitetura da bela cidade de Roterdã, sua vida noturna e o Mercado Municipal valem a visita do viajante.
  • Utretch também possui canais para passear, e ótimos restaurantes para experimentar um bom prato holandês; é uma opção mais relax para quem quer esse tipo de atividade evitando o agito de Amsterdã.
  • Em todas as cidades é possível provar a cozinha indonesiana. Depois da própria Indonésia, a Holanda é o melhor país para experimentar sua peculiaridade.
  • Maastricht é uma cidade ao sul que possui uma atmosfera bastante tradicional, sem perder a modernidade holandesa.
  • Delft possui um dos melhores mercados europeus, e não à toa recebeu muitas elegias do pintor Vermeer.

É por esses e outros motivos que a Holanda é uma joia a ser visitada pelo viajante que vai à Europa. Mas na Revista Digital ainda falta um texto sobre os Países Baixos. Confira na próxima semana o especial sobre um filme que se passa no país e que já inspirou muita gente nos cinemas. Até lá!

 

Fontes:

http://www.holland.com/br/turismo.htm

http://www.roughguides.com/

FOCO NA REGIÃO

Holanda: Circuitos Gastronômicos na terra do Gouda

A Holanda é um país que também se chama Países Baixos, pois boa parte de seu território está a nível abaixo da linha do mar. No entanto, é uma das regiões mais densamente povoadas e urbanizadas da Europa. Mas além das curiosidades históricas, quais são as curiosidades gastronômicas do local?

Em março a Revista Digital faz um especial sobre a Holanda trazendo informações sobre turismo, cultura e gastronomia. Neste primeiro post você vai conhecer algumas atrações essenciais para quem busca experiências com a comida local ou com a alta gastronomia dos Países Baixos. Fique de olho nos próximos, que vão cobrir mais temas de seu interesse.

A cultura gastronômica dos Países Baixos, por cima

A Holanda pode não ter o peso da cultura gastronômica italiana, espanhola, francesa ou alemã, no entanto a cozinha holandesa tem avançado e desenvolvido uma cara própria, com reconhecimento de pratos clássicos e referências do campo do paladar, como o caso da Heineken em cervejarias, gouda em queijos e a torta holandesa em sobremesas. O reflexo disso está nos mais de cem restaurantes holandeses com estrela Michelin, e também na quantidade crescente de chefs e bons restaurantes surgindo em cada cidade.

Além do queijo, outros alimentos de boa procedência podem ser adquiridos facilmente em seus mercados a céu aberto, o que mostra a preocupação com a qualidade da comida que circula na região. Suas maiores cidades têm bastante variedade de restaurantes, inclusive com características étnicas, devido à influência da Indonésia, sua ex-colônia. Isso sem falar dos famosos coffeeshops, locais onde se vende e consome maconha, pois a droga lá é legal.

Em geral a cozinha dos Países Baixos é rica em proteínas: além de sopas feitas com legumes e carnes, consomem-se bastantes bifes, frango, porco e peixe, como no caso do haring (arenque servido com pão, cebolas e picles). Seu principal snack é a batata frita, como no típico patatje met (batata frita com maionese).

Principais experiências gastronômicas (que seriam legais em outros países)

O grande festival gastronômico da Holanda acontece em Maastrich no fim de agosto, há mais de trinta anos. Seu nome é Preuvenemint, que literalmente significa “ocasião para experimentar”. Ele reúne mais de cem mil pessoas que passam por trinta estandes, ouvem música ao vivo e ainda aproveitam para conhecer e provar as principais receitas culinárias dos Países Baixos.

Nijmegen é a cidade mais antiga da Holanda, mas consegue harmonizar seu charme histórico com a paisagem local, repleta de montes, florestas e rios, e com a modernidade urbana, que surge em seus diversos cafés e restaurantes. A cidade ganha cara especial durante seu festival Marcha dos Quatro Dias. Nijmegen entra na lista das atrações gastronômicas simplesmente porque, se ela fosse um prato, seria uma cidade bem gourmet.

Já outra cidade curiosa tanto para a memória quanto para a boca é cidade de Haia. Ela chama atenção pela quantidade inimaginável de cafés e terraços de todos os tipos: elegantes e casuais, caros e baratos, clássicos e modernos, calmos e com música ao vivo. Além disso, é uma bela cidade, conhecida também por ser protegida por dunas.

A Heineken Experience acontece em Amsterdã e é uma de suas principais atrações turística em geral. Trata-se de um “Museu Heineken” localizada numa antiga fábrica da cervejaria. Lá os fãs da marca (e de cervejas em geral) passam por uma experiência multimídia que explora os sentidos e que dura em torno de 1h30. Além de ver, cheirar e ouvir, no final cada participante (maior de idade) pode apreciar o resultado.

O Mercado Municipal de Rotterdã é o maior aberto do país, com área coberta do tamanho de um campo de futebol. Lá estão instaladas delicatessens, vendas e lojas de peixes, carnes, vegetais frescos, queijos, pães, aves, flores e plantas. E, é claro, alguns restaurantes, para quem quiser fazer uma pausa nessa aventura de comida!

Edam e Gouda são cidades famosas pelos queijos que levam seus nomes. O Mercado de Queijo de Gouda, por isso, também é outra experiência de apreciação e compra de alimentos que vale a pena conhecer. Lá você pode inclusive acompanhar a pesagem de diversos tipos de queijos na Casa da Pesagem, que é aonde as peças do alimento chegam direto das fazendas. Ali os queijos são analisados, pesados, precificados e vendidos. E consumidos.

É claro que você vai provar uma torta holandesa na Holanda. Mas se você tiver tempo de visitar esta região, faça a experiência na província de Limburgo. O Vlaaien de Limburgo é uma torta feita com massa com fermento, não massa de torta. Ela possui traços elaborados, como raspas de amêndoas, chantillly, camadas de frutas ou de cremes, e recheio de arroz de leite (rijstevlaai). É um dos muitos tesouros culinários da região.

Mas o artigo com os pratos típicos da Holando será o próximo. Continue acessando o blog da Spïcy, a Revista Digital, para continuar conhecendo mais sobre países do mundo. Cada mês será um diferente, com posts especiais toda semana. Até a próxima viagem!

Fontes:

http://www.holland.com/br/turismo.htm

http://www.roughguides.com/

FOCO NA REGIÃO

As Comidas Típicas da Holanda

No post anterior a Revista Digital indicou locais para você visitar e conhecer a gastronomia da Holanda, país que fica  a noroeste da Europa, próximo à Alemanha, Bélgica e França. Hoje você vai descobrir os pratos típicos do país.

Não que a cozinha holandesa tenha grande destaque perto de seus vizinhos e concorrentes tradicionais. Mas ela tem suas curiosidades. Por exemplo, os cafés costumam servir refeições o dia todo. No almoço e jantar é servida a opção do dagschotel (prato do dia), que geralmente é carne ou peixe com batata, vegetais e salada.

Mas a cozinha holandesa obviamente não se limita a isso. Há nas maiores cidades diversos restaurantes de outras culturas culinárias, como chinesa, índica, mediterrânea, turca e surinamesa. Além disso, traz algumas surpresas até mesmo no consumo de fast food. E, anime-se: fora a alta gastronomia, em geral os pratos holandeses são bem servidos.

Pratos típicos na Holanda

O café da manhã costuma ser simples, mas reforçado: nos hotéis ou cafés será comum começar o dia com folhados, pães, queijo, ovos cozidos, geleia, mel ou pasta de manteiga de amendoim.

Durante o dia os snacks vão surpreender você: os holandeses costumam comer batatas perfeitamente fritas com maionese, em especial a vlaamse, “flemish style”, que tem especiarias; ou também fricandel (legumes a la Frankfurt), kroketten (croquete), shwarna (doner kebab). Também vale ressaltar os bitterballen, pequenas bolas de ragu de carne fritas, ótima opção para acompanhar uma cerveja branca num terraço.

E peixes! Os peixes são muito consumidos, e neles vale a investida até mesmo em barracas pela cidade. O fast food com peixes ou frutos do mar são servidos durante o dia todo e valem por uma refeição leve. O haring (arenque) é o mais popular, e pode ser consumido com pão, cebolas e picles, ou da maneira tradicional (flemish style), que é segurando o peixe pela cauda.

Uma opção bastante comum nas refeições completas servidas nos restaurantes é o rijsttafel: é composto de arroz servido com dez a doze acompanhamentos, além de um molho. Serve duas pessoas ou mais, dependendo do estabelecimento.

Outra curiosidade da Holanda é que um de seus pratos “fim de noite” (para quem sai, passa a noite com amigos e decide matar a fome antes de voltar pra casa) se tornou tradição gastronômica. Ele é o uitsmijter, que nada mais é que pão com manteiga servido com ovos fritos, com uma camada de rosbife (ou presunto, ou queijo).

Duas cozinhas de ex-colônias chamam atenção na variedade holandesa: a indonesiana e a surinamesa. A indonesiana costuma ser apimentada, lembrando a tailandesa e vietnamita. Já a cozinha de Suriname traz bastante influência da cultura criola, como no prato chamato roti (pão tipo sírio servido com curry, ovos cozidos e vegetais).

Bebidas, doces e guloseimas.

Doces são bastantes consumidos na Holanda. Além da conhecida torta holandesa, os mais comuns são as panquecas, os waffles e os oliebollen (doces tipo dounuts, de massa frita). No caso dos waffles, experimente o stroopwafel, tradicionalmente servida com melaço para acompanhar o café ou chá. Já no caso das panquecas, vá de poffertjes, uma versão mais grossa e doce que é servida com açúcar e manteiga (e por isso muito popular entre crianças; uma dica se você tem filhos).

O doce alcaçuz (gominhas doces e azedinhas) é muito consumido por lá. Mas na Holanda ele pode ser tanto doce quanto salgado. Outro “prato” adorado por todas as idades é o hagelslag, um sanduíche com chocolate granulado. Por fim, é costume celebrar o nascimento de uma criança comendo muisjes; eles são confeitos de anis servidos sobre pão, com uma camada de açúcar colorida.

Fique de olho: os bolinhos e biscoitos vendidos em todo canto em Amsterdã e outras cidades, chamados “space-cakes”, não são sobremesas comuns: são recheados com a maconha. Consideramos importante alertar isso, pois depois de duas horas de aparente inofensividade, enquanto seu organismo digere, vêm uma sequência de dez horas de estado alterado.

Assim como na França e Bélgica, a cerveja na Holanda é consumida em doses menores, em taças de 250 mL. Em especial as cervejas “brancas”, geralmente muito refrescantes e servidas com limão ou lima, ou as cervejas sazonais, que dependem de safras e frutas de épocas específicas, mas que quando surgem se tornam preciosidades cervejeiras.

Mas a preferência nacional é a lager tipo pilsener, como a Heineken, Amstel e Grolsch. Para quem gosta de tomar cerveja, mas não quer uma bebida pesada, uma opção é a donkerbier, que é mais fraca em teor alcoólico. Já para quem não toma cerveja, a opção típica da Holanda é o licor holandês e o gim holandês (jenever), que é mais fraco e oleoso, mas leva aroma de frutas.

Experiências gastronômicas nos Países abaixo de zero

O inverno na Holanda traz às mesas duas experiências típicas da estação. Uma delas é a oferta e consumo de sopas e alimentos “de frio”, como:

  • sopa de ervilha (erwtensoep)
  • purê de batata e legumes (hutspot)
  • licor de ervas (krindenbitter)
  • leite de anis (anijsmelk)
  • biscoito com temperos (pepernoten)
  • e a tradicional sopa de ervilhas com salsichas e bacon defumado servida com pão preto de centeio (snert).

Mas a principal atração acontece por causa do Natal. Assim como em muitos países se consome o panetone, na Holanda o mais popular são os docinhos natalinos: o gevulde speculaas (biscoitos crocantes), boisplaat (doces de açúcar) e os adorados krindboten. Estes podem parecem meros biscoitinhos amanteigados sem atrativo para os olhos, mas são bastante complexos em relação a seus traços palativos, pois seu sabor envolve anis, canela, pimenta branca e gengibre. Uma delícia inspirada pelo Natal.

Apesar de a Holanda possuir, de típico, mais snacks e doces, ainda assim é um país para apreciar achados culinários. Não devemos esquecer que os queijos gouda e edam são crias holandesas, e mesmo um prato simples do dia pode ser servido de maneira bem especial, dependendo do café ou restaurante.

Mas o fato é que a gastronomia tem crescido nos Países Baixos e mais de cem restaurantes já foram estrelados no Michelin; considerando o tamanho do país, é um número razoável. Já existem até algumas marcas holandesas no ramo dos acessórios culinários que estão, depois de um tempo juntando tradição, ganhando destaque no mercado. Um exemplo é a Brabantia, que produz estas belas capinhas para utensílios de cozinha.

Continue com a Revista Digital na próxima semana e confira um pouco mais dos pontos turísticos do país famoso por seus moinhos de vento.

Fontes:

http://www.holland.com/br/turismo.htm

http://www.roughguides.com/

FOCO NA REGIÃO

Praias francesas: muito além da famosa Riviera

No último texto sobre a França o Blog Spicy vai listar outras possibilidades de praias do país para você curtir com sua família ou acompanhante. Afinal, por mais que o país seja uma atração irresistível para os apreciadores da boa gastronomia, a gente também precisa, digamos, arranjar o que fazer entre uma refeição e outra; e a França também tem suas surpresas paradisíacas de frente ao mar. Confira agora uma lista de locais pra você ficar de olho e fincar seu guarda-sol.

As regiões litorâneas

A França possui basicamente cinco regiões litorâneas, cada uma com suas peculiaridades. Ao norte, no Canal Inglês entre a Bélgica e a região da Bretanha, fica a Normandia, com frias águas e praias de cenário cheios de penhascos. A oeste, de frente ao Oceano Atlântico, fica o Golfo de Biscaia, que vai da Bretanha até Biarritz, que faz fronteira com a Espanha.

Mesmo menor que ambas acima, a costa francesa mediterrânea é separada em duas pelo Rio Rhône: ao sudoeste, no golfo de Lyon, fica Languedoc-Roussilon, próximo à região basca da Espanha; já a sudeste está a famosa Riviera Francesa, de Provence e Côte-d’Azur, onde fica Nice, Cannes e St. Tropez. A quinta região é a ilha de Córsega, que possui algumas das praias mais belas do Mar Mediterrâneo.

Boa parte das praias francesas não possuem a areia que a gente encontra no litoral brasileiro. Selecionamos as mais interessantes de acordo com as regiões, para você não errar o pé quando viajar pra lá.

Praias do Norte

Apesar de seu mar gelado e dos ventos do canal que separa a França do Reino Unido, o litoral norte francês possui praias que atraem muitas famílias. Urville-Nacqueville, na Normandia, tem praias de areia fina (raridade por lá) e fica perto de paisagens do campo. Ou seja, atrai famílias por causa tanto do clima litorâneo e das condições propícias para o surfe, windsurfe e vela, como pelas atrações bucólicas das fazendas, o que inclui atividades como a de cavalgar.

Etretal, também na Normandia, vai fazer você se lembrar do Dia D (mas sem tristeza), já que as praias ficam localizadas entre colinas e penhascos, com possibilidade tanto de curtir o sol quanto de caminhar sobre as rochas e avistar um belo horizonte.

Praias do Oeste

É a região que se estende da península da Bretanha, que teve influência celta em sua formação, e Biarritz, próximo à divisa espanhola e onde se destaca Cóte des Basques. Entre esses dois extremos fica Vendée, destino frequente de famílias francesas.

Por causa da grande baía em que se localiza, a região de Vendée possui praias maiores e com estrutura para acampamentos, onde muitas famílias passam as férias. É uma região também boa para pesca, visto que, mais próxima da Bretanha, cheia de rochas, cascalho e penhascos, há maior incidência de peixes.

A praia de Saint-Marine, na Bretanha, no entanto possui uma agradável areia fina. O rio que deságua na região torna a paisagem ainda mais adorável, ideal para famílias. O mesmo pode-se dizer sobre Trégastel, com suas areias douradas e algumas praias que mais parecem um grande playground natural para pais e filhos.

Duas ilhas merecem atenção nesta região. A Île d’Oleron possui bem menos turistas, portanto é a opção para quem busca belas praias com maior sossego, como em Plage de Gatseau. A outra é Île de Ré, da praia Conche des Baleines. Lá, a areia também é boa, mas um diferencial é a proximidade de bosques de pinheiros — ótimo para fazer aquele piquenique da tardinha, além de percorrer trilhas com bicicleta que ligam a praia até as charmosas vilas da ilha.

Praias do Sudoeste

Languedoc-Roussilon é a parte sul do litoral francês que é menos requisitado (a outra é a riviera francesa). Isso não quer dizer que há poucos turistas, mas ao menos os preços ficam mais acessíveis. Uma cidade próxima à Espanha e que atrai turistas em busca de charme é Perpignam, que dá acesso a diversas praias interessantes ao norte e sul.

Uma delas é a região de Gruissan, em Languedoc. É aquela praia que além de ser bem agradável ainda oferece um plano B turístico: fica próximo de um castelo, de vinhedos e vinículas. Caso você se esqueça que na França se produzem bons vinhos, é só dar um pulo antes ou depois da curtir a areia.

Bem próximo dos Pirineus e com leve influência basca fica Argeles-sur-Mer. Além de possuir praias bem tranquilas para curtir com a família, há na região um interessante parque aquático para levar as crianças.

Próxima à riviera francesa fica Saint Maries de la Mer. Ela possui dois grandes campings que atraem famílias de toda a Europa com seus trailers. Por ficar numa região com tradição de cria de cavalos (Camargue), no verão há mostras e até rodeios. Não muito longe fica a cidade de Arles, conhecida por ter grande influência romana na arquitetura e urbanismo.

Riviera Francesa

O sudeste do litoral francês, mais conhecida como Cote d’Azur e Provence, possui nada menos que o Mediterrâneo à frente e os baixos Alpes ao fundo. Famoso por sua Riviera, ele abriga Nice (a “capital” da região, mas com praias de pedras), Cannes (onde acontecem premiações de cinema e propaganda) e Mônaco (principado famoso pela prova de automobilismo).

Não podemos deixar de falar da lendária praia de St. Tropez, reduto de famílias literalmente milionárias, cheias de gente bonita padrão top-model. Hoje ela quase que exclusivamente se destina a quem possui maior poder aquisitivo, já que está dominada por clubes particulares que restringem o acesso às praias e cobram caro pelos serviços (um aluguel de guarda-sol pode sair por 25 euros por pessoa, por exemplo).

Por isso, quem quer aproveitar de verdade a sua viagem ao litoral mais famoso da França deve buscar locais mais alternativos, como Cavalaire, Porquerolles e Notre-Dame. Cavaleire-sur-Mer, em Provence, tem o mesmo mar, a mesma areia e a mesma paisagem de St. Tropez, mas sem lista VIP. Você ainda pode curtir uma praia mais selvagem não longe dali, ou experimentar um mergulho e outras atividades aquáticas, já que a região é rica nesse tipo de oferta.

Menton é outra praia charmosíssima que une a paisagem dos Alpes, belas praias, vilazinhas agradáveis e um clima que lembra a Bélle Epoque. Curiosamente, a região possui um museu dedicado a Jean Cocteau, caso a praia não baste ao turista.

Ilha de Córsega

As duas partes mais interessantes de visitar em Córsega é o sul e a região próxima ao deserto de Agriates. Ao sul da ilha ficam Palombaggia e Santa Giulia. A primeira se destaca pela areia branca, pela água azul-turquesa com costas para florestas de pinheiro. É a praia mais bela, segundo diversos guias de turismo, e também é bastante aproveitável fora da estação. Já Santa Giulia também tem areia branca e águas cirstalinas; a vantagem é que você pode caminhar no mar por muitos metros antes de alcançar o nível do umbigo. É um bom local para kitesurfing e atividades similares.

No noroeste da ilha fica Saleccia é um dos locais de maior dificuldade de acesso (12 Km de trilha percorríveis apenas a pé ou de 4×4), mas vale a pena a visita, porque possui areias finíssimas e águas também cristalinas. É uma praia que encerra o pequeno deserto de Agriates. Se não puder ir pra lá, tente Ostriconi, mais fácil de chegar e com mais natureza para curtir no caminho.

A Revista Digital está cada vez melhor para quem se interessa por viagem, cultura e gastronomia. Nos próximos meses vêm aí especiais temáticos, com postagens relacionadas a países escolhidos, como os quatro artigos sobre a França. Confira no blog da Spïcy e aguarde esse prato cheio.

Fontes:

http://www.telegraph.co.uk/

http://www.tripadvisor.com.br/

FOCO NA REGIÃO

Turismo Francês: os costumes dos locais no verão da França

Você já pensou em curtir suas viagens à Europa com os costumes do povo local? Ou seja, em vez de “turistar” como todo mundo visitando os cartões postais do país, já imaginou as experiências divertidas que a tradição local pode oferecer a você?

Confira então nessa matéria especial alguns dos costumes de veraneio da França. Se você tem um conhecido por lá, aproveite em suas férias para ele mostrar ainda mais detalhes dessa viagem no mais puro espírito francês.

Alguns costumes da estação

Na França, o jeito de aproveitar o verão passa despercebido por quem não é dali. Os franceses, e principalmente parisienses, evitam os locais muito turísticos, e por isso seus reais costumes nem sempre são notados por quem visita o país.

O próprio hábito alimentar muda nesta estação: os franceses consomem com mais frequência os produtos frios, como saladas de tomate com basílico, tabule, carpacio e frutas da estação, como damascos, pêssegos e morangos. Como sempre muito saudáveis.

Jogos e piqueniques da capital

Em Paris, quem trabalha e não pode viajar durante o verão sempre arranja um jeito de espairecer. Uma dessas grandes atrações de fim de semana é a Caça ao Tesouro. As subprefeituras criam um desafio cheio de enigmas, num jogo cujos participantes (moradores e amigos locais) montam equipes que saem em busca de pistas em seu próprio bairro. E eles levam bem a sério essa busca! Cada pista leva a outra, e geralmente são trocadilhos e jogos de palavras que indicam o próximo check-point. O objetivo é descobrir, ludicamente, os esconderijos do próprio bairro (restaurantes, lojas, pequenos comércios, pontos históricos). Quem completa o desafio tem direito a participar de um sorteio municipal que premia em forma de bens de consumo, viagens ou mesmo dinheiro.

Outro costume muito forte e amado, e não só por parisienses, é o piquenique. Ao longo do Sena já é possível avistar casais e grupos de amigos com toalhas estendidas, cestas repletas de petiscos, lanches e vinho. Mas nos canais menos turísticos a atividade fica bem mais evidente. Os jovens parisienses adoram passar o fim da tarde ao longo dos canais comendo, bebendo vinho, jogando conversa fora ou, simplesmente, jogando. Jogos de cartas e de adivinhações são os mais populares. Os piqueniques acontecem ao longo dos canais, parques, praças, ruas ou, no caso de Paris, nas “praias de Paris” — bancos de areia dispostos ao longo de rios e canais espalhados pela cidade. Qualquer cantinho serve, já que é raro um morador de Paris ter o luxo de possuir uma sacada ou um jardim em sua residência. Nos encontros, muitas vezes os grupos de amigos ficam coladinhos uns aos outros, dada a quantidade de pessoas que buscam esta forma de lazer. Existe até um verbo em francês que equivale a “piquenicar”.

Por falar em jogos de cartas, os franceses são grandes fãs. É bem comum encontrar bares descolados que alugam gratuitamente caixas e kits de jogos para passar o tempo, como o nosso “Imagem e Ação”, “Personalidade” e outros de adivinhação e conhecimentos gerais. É sempre uma atração para o jovem parisiense que não tem dinheiro para viajar, mas quer aproveitar o calor fora de casa.

Festivais e Tour de France

No verão, e não só na França, acontecem festivais de todos os tipos: música, teatro, gastronomia etc. O maior festival de teatro da Europa, por exemplo, acontece durante o mês de Julho em Avignon, no quente sul da França, com peças internacionais realizadas em espaços públicos (pátios de escolas, casas de ópera e até em palácios) e centenas de peças nacionais disputando todos os dias a preferência dos milhares de turistas. Aliás, os festivais costumam acontecer entre maio e setembro, em épocas de clima quente ou ameno, para aproveitar a maior movimentação turística interna e vinda de fora do continente.

E quem nunca ouviu falar do Tour de France? Este é o circuito de ciclismo mais famoso do mundo, com etapas disputadas tanto em cidades de planícies bucólicas quanto em montanhas de estradas íngremes. É uma tradição tão grande que, durante todo o percurso das dezenas de provas (que acontecem quase todos os dias do mês de julho), muitos franceses e turistas europeus ficam na beira das estradas aguardando a passagem dos competidores.

Outro festival pontual, mas muito festejado na França inteira, é o feriado nacional de 14 de Julho, celebrando a Tomada da Bastilha que levou, em 1789, à Revolução Francesa. É uma data recheada de paradas militares, festas de luzes (retraite aux flambeaux) e muita queima de fogos de artifício.

As atividades mais procuradas pelos franceses

Contemplar todas as atrações que os franceses buscam em suas férias de verão seria uma longa tarefa. No entanto, a Revista Digital pesquisou algumas atividades específicas que sempre têm forte apelo. Agora você vai saber como é que os locais aproveitam suas folgas:

  • – Ciclismo na Normandia: atividade física em praias históricas;
  • – Velejar na Bretanha: na região, que é quase uma península, os ventos são favoráveis para quem quer aprender o esporte;
  • – Cavalgar no Vale do Sena: diversas fazendas afastadas dos centros urbanos oferecem a atração; no sul da França (Camargue) há uma grande tradição de cria de cavalos de raça;
  • – Atividades históricas em Vendée: são passeios que visitam pontos marcados pela influência de diversas culturas na formação francesa, como as invasões romanas, vikings, e mesmo guerras entre ingleses e franceses;
  • – Trilhas em Languedoc: são montanhas baixas e propícias para quem ama explorar a natureza; o Vale Royal em Provença também oferece esse tipo de atração.

 Mas, em geral, quem pode viajar durante o verão costuma ir para três lugares:

  • – Explorar as montanhas francesas (para trekking, nas baixas, ou ski, nos Alpes);
  • – Curtir o mar nas regiões e balneários costeiros, principalmente na costa mediterrânea;
  • – Ou mesmo ir à Espanha, já que a crise barateou a viagem para os franceses.

Este é um tema para a última postagem da série especial sobre a França, que vai explorar as principais praias do país. Confira em breve na sua Revista Digital.

Fontes:

http://www.telegraph.co.uk/

Alice Berger, parisiense.

FOCO NA REGIÃO

Je Suis Cuisine: os pratos mais tradicionais da culinária francesa

O blog da Spicy continua a série especial sobre a França, e no seu segundo post a Revista Digital fala sobre os pratos que fizeram o país ficar conhecido por sua gastronomia. Além dos pratos típicos, você também vai conhecer as sobremesas e algumas curiosidades que vão além do preparo das refeições. Confira, o texto está delicioso.

Regiões e categorias

Parte da culinária francesa, ou melhor dizendo, da culinária que se desenvolveu na região que hoje é a França, tem suas origens em séculos atrás, como no Império Romano ou nos palácios da Era Moderna. Naqueles tempos a comunicação e a troca de ideias não eram tão comuns quanto hoje, portanto, muito antes da França tomar as fronteiras que tem hoje, a culinária de cada região se desenvolveu e fortaleceu tradições sem grandes influências umas nas outras.

É por isso que mesmo um país pequeno como a França permite que as suas tradições da cozinha sejam díspares, já que cada região tem um prato e culinária típicos.

A região da Normandia, por exemplo, por ser costeira, tem bastante uso de frutos do mar. Mas também tem muito de leite: o próprio leite, o creme de leite fresco, além dos diversos queijos, como brie, camembert e roquefort.

As regiões de Loire e Bretanha utilizam muito salmão pochê, enguias na manteiga e carpas. Provença é de clima mediterrâneo, portanto leva muito azeite, alho, ervas, saladas e peixes. E a de Champagne, como você deve imaginar, tem na sua principal tradição o vinho que leva seu nome.

A cozinha francesa tem categorias de classificação. A Cozinha Clássica Francesa, ou simplesmente Cozinha Burguesa, são pratos que começaram regionais, se tornaram populares e hoje são ícones da culinária francesa, como o ratatouille e os escargots.

Já a Cuisine Nouvelle (Nova Cozinha) são refeições leves e rápidas de fazer, numa tentativa ao longo das últimas décadas de adaptar as tradições ao novo estilo de vida francês.

A Cuisine du Terroir é regional e prioriza os ingredientes de alta qualidade encontrados na própria região, como no caso do uso do azeite no estilo mediterrâneo da gastronomia do sul da França.

Já a Haute Cuisine (Alta Cozinha) utiliza mais elementos que a Cozinha Clássica. Seus pratos são consumidos somente em ocasiões especiais, mas mesmo assim foram os responsáveis pela fama francesa de ter pratos refinados, decorados e de alto bom gosto.

Curiosidades da refeição francesa

A típica refeição francesa, no entanto, é muito bem servida. Geralmente é composta de quatro partes:

  1. 1. Entrada ou aperitivos (que pode também ser uma salada);
  2. 2. Prato principal, geralmente com carne;
  3. 3. Acompanhamento (queijo e baguete são os mais comuns);
  4. 4. Sobremesa.

A cozinha francesa é famosa pela utilização de diversos ingredientes, do aperitivo à sobremesa. Os itens abaixo são os alimentos mais comuns:

* Queijo, os mais diversos tipos, seja no prato principal, no acompanhamento, na salada ou até na sobremesa;

* Vegetais, como alho poró, beringela, batata, cebola, cenoura e abobrinha;

* Tortas que contém tomates, pêssegos, damascos, frutas vermelhas, maçãs ou uvas;

* Carnes, tanto as comuns de galinha, frango, boi e porco, como as de coelho, carneiro, sapo, caracois, codornas e até pombos(!);

* E, é claro, vinho à mesa.

Os franceses mais tradicionais acreditam que o tempo de uma refeição deve ser igual ao tempo de preparo dela. Já os franceses mais entusiasmados com o prazer de comer ficarão bastante tristes se a baguete acabar antes do queijo, ou o contrário. Um outro dado sobre a França é que lá o vegetarianismo é bastante incomum; o país parece gostar mesmo é de carne, nem que seja de invenções feitas com sapos, pombos ou caracóis.

Os pratos que são a cara da França

Confira agora a seleção de pratos que representam a rica gastronomia francesa.

Aperitivos

* Escargots: são os caracóis cozidos e servidos com muitas ervas na própria concha do animal. É um clássico francês e existe até um talher específico para consumir o estranho alimento.

* Foi Gras: significa fígado gordo. Trata-se de fígado de pato ou de ganso engordados artificialmente, e que tem sabor amanteigado e suave. Apesar das pressões dos ativistas contra esse tipo de criação de animais, o foi gras tem grande apelo na França inteira e é servido inteiro, em forma de mousse, de parfait ou de patê (mais popular).

* Sopa de cebolas: pode não ser tão conhecida, mas tem uma legião de fãs e consumidores frequentes. Sua origem foi em Lyon, mas seu toque final (a parte gratinada da cebola na sopa) é invenção parisiense.

Pratos Principais

* Blanquete de Veau: é a vitela de carne branca preparada com cenoura e manteiga. Blanquete é o molho branco guisado.

* Cassoulet: é a feijoada francesa. É uma mistura de feijão branco e partes de carnes de frango e porco.

* Coq au vin: é o “galo ao vinho”, outro clássico da história francesa, e que leva bacon, cogumelos, ervas e outros itens. É uma receita tão antiga, que sua lenda remota ao Império Romano. Júlio Cesar, seu imperador na época, mandou criar um prato em comemoração à invasão de Roma na região da Gália, onde fica a atual França.

* Cruisses de Grenouille: é simples de descrever: coxas de rã. Pode parecer muito exótico, mas, quem gosta, ama.

* Quiche Loraine: são os deliciosos quiches com sabores deliciosos: presunto e gruyère, alho francês, legumes, pesto ou roquefort. Os fãs desse prato costumam acompanhar a refeição com vinho Pinot Noir d’Alsace.

* Ratatouille: famoso pelo filme da Pixar, é um prato surgido na região provençal e tem uma forma de preparo bem rústica (seu nome vem do verbo que significa “picar”). Ela é uma mistura feita à base de legumes, sendo a beringela e o tomate os ingredientes que não podem faltar.

* Salmão poché:  é o salmão cozido aos pouquinhos numa água com temperos (court bouillon), técnica de preparo que mantém o sabor do peixe e ainda acrescenta o toque das iguarias.

Sobremesas

* Bolo mil folhas: bem conhecido no Brasil, é o bolo com diversas camadas de massa folheada com recheio de creme. Sua primeira aparição num livro de culinária data de 1615!

* Madeleine: são típicos bolinhos amanteigados com forma de concha. São tão tradicionais na França que elas até já foram eternizadas por Marcel Proust em sua obra Em busca do tempo perdido, em que ele relata longas memórias enquanto toma seu chá e degusta sua madeleine.

* Profiterole: é uma sobremesa feita com massa adocicada recheada com creme, sorvete e uma calda. Ela foi criada a pedido de Catarina de Médicis, uma iguaria real desde o século XVI.

* Tarte tatim: pode parecer apenas uma torta de maçã, mas é preparada com ordem inversa dos ingredientes, como se fosse feita a torta ao contrário. A ideia surgiu de um erro de preparo, mas o resultado se tornou num dos doces preferidos da França.

Outras sobremesas ou doces típicos que você encontra em qualquer café francês: croissant, pain au chocolat, macarons e petit gateau. Viajar à França e não provar cada um deles é digno de entrar na lista de arrependimentos da vida.

Continue com a Revista Digital e confira as próximas postagens sobre os costumes do país que é um símbolo da boa (e também da alta) gastronomia. Bon appetit!

Fontes:

http://www.mundoemsabores.com.br/

http://culinarianomundo.blogspot.com.br/